Os dados de um relatório inédito divulgado na Feira do Livro de Londres nesta terça-feira (11) revelam um aumento na receita de livros de ficção, enquanto as vendas de não ficção estão em declínio em muitas regiões do mundo. Romances e títulos de fantasia tiveram um desempenho particularmente positivo, de acordo com o estudo da GfK Entertainment e a NielsenIQ BookData que reuniu números e informações de diferentes partes do globo, incluindo o Brasil. O sucesso dos romances mais vendidos (bestsellers) e a contínua alta nos preços dos livros ajudaram a compensar parcialmente o desempenho mais fraco do segmento de não ficção. Esse é um dos principais achados do relatório sobre os mercados internacionais da Nielsen para 2024. De acordo com os dados, 16 dos 18 territórios pesquisados registraram um crescimento significativo na receita de ficção: Índia (+30,7%), México (+20,7%), Brasil (+16,4%), Espanha (+12,0%) e Portugal (+11,4%) tiveram aumentos de dois dígitos. Por outro lado, os livros de não ficção cresceram em apenas seis regiões e, mesmo assim, de forma mais moderada. Já os livros infantis e juvenis tiveram um ano instável, mas conseguiram registrar crescimento de receita em nove territórios. "É preciso observar essas tendências globais com atenção às particularidades de cada país", observa o Research Director da Nielsen BookData, Luiz Gaspar, ao PublishNews. "No caso do Brasil, gêneros como ficção e infantojuvenil tiveram forte aumento do faturamento, porém é um crescimento que ocorre mais por uma recuperação dos preços e inflação dos insumos do que por um crescimento de unidades vendidas. Por outro lado, os livros de não-ficção, em especial os de CTP, apresentam uma tendência de queda global, em grande parte devido à digitalização dos conteúdos desse gênero". Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Se algum país pode ser considerado vitrine para a indústria mundial de audiolivros, sem dúvidas, são os EUA. Há boas razões para isso: mais da metade dos americanos já escutou um audiolivro; o formato cresce há 12 anos consecutivos no país; personalidades conhecidíssimas, de atores hollywoodianos a políticos, narram audiolivros; e, claro, seu faturamento é bilionário. Por isso, o Audie Awards, premiação organizada pela indústria americana de audiolivros que reconhece os melhores narradores e produções, é um evento importantíssimo para quem atua ou se interessa por esse segmento. Neste artigo, falaremos sobre tudo o que aconteceu na premiação de 2025 e traremos opiniões de figuras influentes no mercado mundial de audiolivros, que responderam com exclusividade a algumas perguntas. Teremos também uma versão em podcast deste artigo, em inglês, com as respostas nas vozes dos próprios entrevistados, trechos dos audiolivros citados e muito mais, numa produção oferecida pela Narratix. A trigésima edição do Audie Awards, realizada no último dia 4 de março em Nova Iorque, foi emblemática desde o início. Conduzida por Michele Cobb, diretora executiva da Audio Publishers Association (que organiza os chamados “Audies”), a cerimônia aproveitou a marca histórica de 30 edições para homenagear alguns dos pioneiros da indústria dos EUA, entre narradores e profissionais de estúdios de produção. Clique no Leia mais para conferir a cobertura completa realizada por André, que conta ainda com depoimentos de especialistas no segmento.

Uma estatística incrível e amplamente divulgada é que aproximadamente 50% dos britânicos e americanos ouviram um audiolivro. Impressionante por si só. Mas vire-a de cabeça para baixo e os outros 50% são uma fatia importante da população ainda a ser visada enquanto o boom do áudio continua. Mas quem vai ficar com esses 50% adicionais? As editoras de livros sozinhas não são as únicas a perseguir esses novos ouvintes. É a mesma "galinha dos ovos de ouro" para as editoras somente de áudio. E o mesmo pode ser dito das próprias plataformas de áudio. Além disso, os grandes estúdios também estão criando conteúdo original incrível. Tudo isso se alinha com o pensamento subjacente de quem ou o que é uma editora de áudio em 2025? Editora, plataforma, estúdio, um criador individual, IA... A corrida pelos 50% começou! É uma estatística fenomenal que metade dos falantes de inglês nos EUA e no Reino Unido tenham pelo menos experimentado um audiolivro e é indicativo do crescimento inigualável do formato nos últimos anos. No entanto, esse aumento, é claro, acompanha o crescimento meteórico do consumo de podcasts e séries de áudio. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos uma novidade, a obra de Wagner Leal Guimarães. Wagner é um cordelista de mão cheia, um verdadeiro maestro da métrica que se derrama por todo este livro rio, que percorre a trajetória literária do paulistano mais nordestino do Brasil. Homem da matemática contradiz o senso comum recitando o agreste pernambucano em versos fortes de quem tem orgulho de ser nordestino. Em Seleta poética, o poeta dispara todo seu arsenal matemático poético trilhando os caminhos das Septilhas, Décimas, Versos livres, Motes, Sonetos, Galope à beira-mar, Trovas e Sextilhas, abordando temas românticos, políticos, tecnológicos e filosóficos com seu estilo matuto moderno pesqueirense. Enfim, todx aqueles que se debruçarem na leitura deste livro jamais serão os mesmos, pois serão transformados pelas palavras aqui rimadas. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A atriz e acadêmica Fernanda Montenegro atraiu nesta terça-feira (11) um grande público para a sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. Uma fila longa se formou do lado de fora do prédio e o auditório principal ficou lotado para assistir ao recital que abriu a programação cultural de 2025 da ABL. No evento chamado Uma Academia toda prosa, Fernanda leu contos e crônicas acadêmicos atuais e do passado: Ailton Krenak, Ana Maria Machado, Antonio Carlos Secchin, Antônio Torres, Domício Proença Filho, Edgard Telles Ribeiro, Godofredo de Oliveira Neto, Heloisa Teixeira, Ignácio de Loyola Brandão, João Almino, Paulo Coelho, Rosiska Darcy de Oliveira, Ruy Castro e Machado de Assis. Os ingressos para o evento foram distribuídos de forma gratuita no dia 7 de março e se esgotaram rapidamente. A ABL emitiu na terça-feira (11) uma nota de esclarecimento, se desculpando pelos problemas técnicos de quem tentou adquirir o ingresso para o evento. Uma reportagem no g1 afirma que 700 pessoas estiveram presentes no recital de Fernanda. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois editais. O primeiro diz respeito da contratação de empresa especializada no fornecimento de livros didáticos. O valor supera R$ 2 milhões de reais e tem pregão marcado para o dia 24 de março. Já o segundo tem valor sigiloso, refere-se àquisição de livros de leitura, destinados aos alunos do infantil e 1º anos do ensino fundamental e está com a disputa marcada para o dia 21 de março. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Cocar Produções Editoriais, empresa responsável pela realização da I Bienal do Livro do Paraná, publicou um comunicado oficial nas redes sociais do evento afirmando que já apresentou um novo projeto ao Ministério da Cultura após ter sua proposta original arquivada no âmbito da Lei de Incentivo à Cultura. Segundo a produtora, o evento permanece com seu cronograma de execução normal. A I Bienal do Livro do Paraná está marcada para ocorrer de 10 a 19 de outubro. Uma matéria publicada pelo PublishNews nesta segunda (10) noticiou o arquivamento do projeto na Lei Rouanet. Ainda segundo a nota, o arquivamento se deu – conforme orientações do Ministério da Cultura (MinC), por meio do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo às Cultura (Salic) – para correções na ficha técnica do evento. A organização afirmou que a nova proposta preserva a essência original, ao mesmo tempo em que realiza os ajustes requeridos. “Essa medida assegura total aderência às normas culturais vigentes e proporciona um caminho eficiente para a rápida reavaliação e aprovação do projeto”. "A Cocar está empenhada em garantir que a Bienal do Livro do Paraná ocorra com sucesso, respeitando todos os requisitos legais e procedimentos necessários. Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério da Cultura para que a nova proposta seja aprovada com celeridade e mantendo o foco na valorização e difusão da literatura e da cultura do Paraná”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A VII Feira do Livro da Unesp vai ocorrer de 7 a 11 de maio de 2025, no campus da Unesp em São Paulo (Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271). O evento reune mais de 150 editoras oferecendo livros com descontos mínimos de 50% sobre o preço de capa. Além das descontos na aquisição de livros, a feira contará com workshops, bate-papos com autores e performances artísticas, consolidando-se como um ponto de encontro essencial para quem valoriza a literatura e o conhecimento. Editoras interessadas ainda têm a chance de garantir sua participação. Para o diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, Jézio Hernani Bomfim Gutierre, a Feira do Livro reafirma seu compromisso com a democratização da leitura. "A cada edição, reafirmamos nosso objetivo de tornar o livro mais acessível, ampliando suas possibilidades de alcance. Promover um evento desta magnitude contribui diretamente para a formação de novos leitores e a valorização do livro de maneira significativa". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Caravana Editorial está expandindo sua operação para Portugal, e nos próximos meses levará um grupo de autores para promover lançamentos de livros e mesas de conversa em Lisboa, e também em Madrid e Paris. Em Lisboa, de 12 a 16 de março, haverá uma série de mesas e lançamentos coletivos, reunindo artistas de várias partes do Brasil, da África e de Portugal, para pensar a língua portuguesa, suas similaridades mundo afora e, claro, suas diferenças. Logo em seguida, de 17 a 20 do mesmo mês, partem para Madrid com seus títulos traduzidos para o espanhol e, finalmente, em abril, de 16 a 21, voltam à Europa para, na Cidade Luz, lançar seus títulos em francês. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O escritor Éder Rodrigues, natural de Pouso Alegre (MG), participa do Sempre Um Papo Virtual para lançar seu livro de contos Nem todo adeus habita o olhar antes do aceno (Editora Telucazu). A conversa, mediada por Jefferson da Fonseca, será transmitida no dia 12 de março, quarta-feira, às 19h30, no canal no YouTube do Sempre Um Papo. Além desse seu mais novo livro, Éder fala também sobre sua trajetória na literatura e suas outras obras publicadas. Vencedor do “Prêmio Rubem Fonseca” da União Brasileira dos Escritores (UBE/RJ) como um dos Melhores Livros de Contos lançados em 2023, este livro reúne dez textos atravessados pela despedida, pela linha indecifrável do adeus. Trata-se de uma obra que compartilha com o leitor a tarefa árdua de escolher a melhor moldura para cicatrizar o retrato daquilo que jamais caberá dentro. Ou seja, a obra reflete sobre o passado e as memórias distantes, que formam um labirinto de perdas e silêncios. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O livro Litígio (Moinhos, 96 pp, R$ 54) compila 16 narrativas curtas de Mailson Furtado, desnudando vivências dos sertões do nordeste brasileiro, mergulhadas na oralidade marcada em carne viva de tantos personagens que constroem tais lugares como o vendedor de picolés nas ruas vazias guardadas pelo sol, o pescador que conversa com as águas do açude a saber onde lançar suas redes, o contador de histórias à beira das calçadas a inventar os dias, os que evocam a não-realidade em suas ações, e tidos como únicos, estranhos e ao mesmo tempo tão próximo de todos, entre tantos outros. Os contos realçam o vivenciar de um tempo-espaço rico em uma dinamicidade própria, costurado entre o real e o fantástico, que se somam, amplificando o poder simbólico da universalidade a partir de sutis singularidades de tantas histórias guardadas nos sertões do Brasil.

Lilia Guerra conta que criou o neologismo que dá título a este livro depois de perceber o quanto a periferia pode causar desconforto e até repulsa. Essa consciência nasceu na futura autora quando, ainda criança, mudou-se de uma região mais central para um bairro de conjuntos habitacionais que ficava a pelo menos duas horas de ônibus do centro da cidade. Os personagens de Perifobia (Todavia, 160 pp, R$ 59,80), elogiado conjunto de histórias da autora paulistana, partilham desse conhecimento de que habitam zonas negligenciadas (ou até mesmo esquecidas) de nossas grandes cidades. Regiões em que o transporte, a educação, a segurança, a saúde e o lazer parecem tão distantes quanto a vida dos patrões e os postos de trabalho situados a muitos quilômetros dali. Mas se a distância — geográfica e social — da quebrada impõe novas formas de lidar com a precariedade, as mulheres, homens e crianças deste livro transcendem toda e qualquer limitação que porventura tente aniquilá-los. Na obra, os dramas e as glórias dos personagens são vistos de “dentro” — ou seja, por alguém que em muitos casos partilha da vida deles ou a conhece profundamente —, transfigurando-os em literatura. Daí resulta a intensa carga realista de muitas das histórias do livro.

Os contos presentes nos livros de Ruth Guimarães foram extraídos da tradição oral dos povos do Vale do Paraíba, no encontro entre três estados, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A autora seguiu, na produção desses textos, técnicas de coleta folclórica que aprendeu com seu professor, Mário de Andrade, entre os anos de 1942 e 1944. Em Contos de encantamento (Faro Editorial, 224 pp, R$ 59,90), convivem a autora de literatura modernista – romance, conto, crônica –, a pesquisadora de cultura popular e a tradutora de clássicos latinos e franceses. Essa rara e fecunda convivência está presente nestes contos, que trazem vozes do mundo, histórias mitopoéticas e narrativas míticas, de diferentes tradições culturais, elaboradas por séculos, por milênios. Os textos, acompanhados de estudos interpretativos, podem nos ajudar na sensível compreensão de nós mesmos e dos outros, assim como na arte de viver e conviver.

Nas páginas de Sob escombros à luz de velas (Labrador, 160 pp, R$ 45), o leitor encontra pastores, dançarinas, psicólogas, anarquistas, ovos, delegacias, bares. E de todos esses lugares e seres e seus contíguos arroubos, gritos solitários, tragediazinhas, aniquilamentos ou apenas ruínas, vaias, copos amassados, bitucas, sonhos desfeitos e pesadelos realizados se fazem observáveis e são contemplados como a agonia no horto, mas sem jamais tecerem-se-lhes qualquer juízo. Ao autor, Ed Santana, só interessa evidenciá-los. Ed Santana é ator, dramaturgo e poeta. Ele lançou, de forma independente, quatro livros de poesias e contos, entre eles Hoje, a guerra não foi manchete e Riso cariado da boca do mundo. É um dos idealizadores do Sarau Sem Poetas e do Antro Utópico. No teatro, é autor de textos como Sólidas engrenagens, apresentado na Flip de 2016, e O bolo, exibido na Satyrianas e no Antro Utópico, em 2018.

Sacanagem (Cabriolé, 64 pp, R$ 9,90) é a primeira antologia de contos publicada pela editora por meio de um edital. As histórias inéditas apresentam situações inusitadas em que o romance não saiu como planejado. Nesta coletânea de 11 contos, escritos por nove autores, momentos de paixão são interrompidos por visitas inesperadas, mal-entendidos, imprevistos e distrações. Essas histórias mostram que o desejo pode até ser intenso, mas a vida sempre dá um jeito de surpreender. Os autores são: Andressa Prestes, Nicole Ayres, Olívia Alvarez, Patrícia Leite, Rafael Senra, Roberta Santos, Sweet Bee, Tália Mouseion e William R. F. Ramirez. A Cabriolé é uma editora-escola sem fins lucrativos, que visa dar primeiras chances e suporte para novos autores na produção de livros. A editora também visa relembrar contos esquecidos pelo cânone, sobretudo escritos por mulheres.