O 13º Painel de Varejo de Livros no Brasil de 2024, pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e que analisa as vendas das principais livrarias e supermercados no país, confirmou as expectativas do setor e registrou um bom resultado. As vendas entre 2 e 29 de dezembro contribuíram para que o ano de 2024 apresentasse dados positivos em valor e volume, cifras que remetem ao período pré-pandemia. Na comparação com o mesmo período de 2023, a variação foi de 18,92% no volume e 18,36% no valor, em números reais, foram 6,18 milhões de livros comercializados contra 5,2 milhões no período 13 de 2023. Em receita, o setor arrecadou R$ 329,28 milhões no 13T2024 e R$ 278,19 milhões no 13T2023. O número de ISBNs caiu -9,17%, saindo de 155,4 mil em 2023 para 141,2 mil em 2024. Já a variação no preço médio foi mínima: 0, 46%, atingindo R$ 53,25 em 2024. “Tivemos um aumento em volume neste ano de 2024, o que por si só é uma excelente notícia, especialmente comparado aos resultados do ano anterior, quando houve uma queda de mais de 7%”, comentou o presidente do SNEL, Dante Cid, ressaltando ainda que, em valor, também tivemos crescimento acima da inflação. “A forte queda no ano anterior, aliada a outros dados do mercado nos preocupava bastante. Esta reação no final do ano nos traz esperança de que tenhamos uma retomada mais sustentada do crescimento em 2025”, analisou. O ritmo do último período contribuiu para que o setor fechasse no positivo. Clique no Leia mais para acessar a íntegra do Painel.

Referência incontornável quando o assunto é literatura infantojuvenil, Marina Colasanti morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela FTD e pela Global, editoras que vinham publicando a maior parte de suas obras. De acordo com o g1, o velório será no Parque Lage, onde a escritora morou. A cerimônia ocorre das 9h às 12h desta quarta-feira (29). Em 2024, a escritora foi a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti e finalista do Prêmio Hans Christian Andersen 2024, a mais importante distinção da literatura infantil no mundo – em 2023, ela venceu o o Prêmio Machado de Assis, considerado um dos mais importantes prêmios literários do país, concedido pela Academia Brasileira de Letras a nomes que se destacam pelo conjunto da obra. Com mais de 70 obras publicadas por diferentes editoras (além da FTD e da Global, Record, Melhoramentos e Ática tinham livros seus no catálogo), direcionadas tanto ao público infantil quanto adulto, Marina é um dos grandes nomes da literatura brasileira dos século 20 e 21. Além de escritora, foi também jornalista, artista plástica e tradutora. "Não deveríamos ter de nos acostumar a perder alguém tão singular como Marina Colasanti", escreveu a Global Editora nas redes sociais. Emocionado, Luiz Alves Júnior, fundador da Global, lamentou a perda: “Entre as maiores escritoras vivas, hoje perdemos uma grande amiga e uma brilhante escritora, sem igual em todas as suas obras!". "Imensa, profunda tristeza", lamentou o presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi. "Acabo de saber da morte da admirável escritora e amiga radical Marina Colasanti. Uma perda para a legião de leitores, que reuniu vida afora, a partir de suas qualidades tanto gêneros literários. Uma das maiores escritoras do Brasil e da Itália. Triste". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nos últimos anos, Marcelo Moutinho despontou como uma das lideranças de uma geração de cronistas brasileiros que precisam viver entre a volatilidade de formatos na era digital e a agilidade da crônica enquanto gênero literário – são nomes, além dele próprio, como Luís Henrique Pellanda, Tati Bernardi, Socorro Acioli, Antonio Prata, Joaquim Ferreira dos Santos e Henrique Rodrigues, entre outros, devidamente citados no novo livro O último dia da infância (Malê). O volume é uma reunião de crônicas guiadas por um fio: a estrutura familiar do autor – que, como narra na primeira crônica do livro, sofreu uma alteração brusca com um acidente levou a vida de sua mãe. Do outro lado da morte, surge a vida, representada pela filha que agora lhe empresta a visão de enxergar aspectos novos em funções antigas. Em meio a essa reflexão profunda sobre o passar do tempo, o autor entremeia temas clássicos da crônica brasileira – dos bares e ruas aos pássaros e ao futebol – para construir um retrato ao mesmo tempo certeiro e particular de uma época, ultra-contemporânea, no coração do Rio de Janeiro. Depois de um lançamento no Rio neste fim de semana, o autor vem a São Paulo nesta quinta-feira (30) para o lançamento do livro, na Livraria Simples (Rua Rocha, 259 - Bela Vista, São Paulo / SP), às 19h, com bate-papo do autor com Fabrício Corsaletti, mediação de Ana Lima Cecílio e sessão de autógrafos. Marcelo Moutinho respondeu a três perguntas do PN. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

A Amazon Brasil divulgou os finalistas da 9ª edição do Prêmio Kindle de Literatura. São eles: Desafogo, de Lucas França; da morte sua, de Bruno Crispim; Histórias escritas na água: Romance, de Sonia Zaghetto; O ano do Nirvana, de Walther Moreira Santos; e Destinas, de Yara Fers. Realizada em parceria com o Grupo Editorial Record, Audible e TAG Curadoria, a premiação tem o objetivo reconhecer autores e autoras independentes do Brasil cujas obras são publicadas no Kindle Direct Publishing (KDP), a ferramenta gratuita de autopublicação da Amazon. Os cinco finalistas serão avaliados agora pelo júri especializado composto por João Silvério Trevisan, Cidinha da Silva e Andréa Del Fuego. O vencedor – que será conhecido no dia 17 de fevereiro – receberá um prêmio de R$ 50 mil – sendo R$ 40 mil em dinheiro e R$10 mil em adiantamento de royalties –, terá seu livro impresso por um dos selos do Grupo Editorial Record e será enviada aos assinantes da TAG Experiências Literárias, na modalidade curadoria. Além disso, a Audible premiará todos os cinco finalistas com a produção e publicação de seus audiolivros. Clique no Leia mais para saber detalhes sobre as obras finalistas.

A FTD Educação foi reconhecida com o selo Top Employers 2025 no Brasil. A certificação é concedida pela consultoria internacional, que reconheceu, em 2025, mais de 2,4 mil organizações em 125 países, com 13 milhões de colaboradores envolvidos em todo mundo. No Brasil, 73 empresas foram certificadas. A FTD é a única representante do segmento da Educação e integra o Grupo Marista, que pelo sexto ano consecutivo foi reconhecido com o Top Employer. O programa de certificação do Top Employers Institute se baseia na participação e nos resultados da Pesquisa de Melhores Práticas de RH. Desenvolvida a partir de uma metodologia global, a pesquisa cobre seis dimensões de RH divididas em 20 subtópicos, como Estratégia de Pessoas, Ambiente de Trabalho, Aquisição de Talentos, Aprendizagem, Bem-estar e Diversidade, Inclusão e muito mais. Com 1.840 colaboradores, a FTD Educação teve pontuação máxima (100%) nos tópicos “Estratégia de Negócio” e “Ética e Integridade”. Também teve destaque nos quesitos “Marca Empregadora” (96% da pontuação); “Sustentabilidade” (95%); e “Performance” (92%). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Manole abriu uma vaga para gerente comercial. Para se candidatar é preciso ter graduação em Administração, Marketing ou áreas correlatas; experiência comprovada de no mínimo cinco anos atuando no mercado editorial; rede de contatos estabelecida com livrarias, distribuidoras e outros players do mercado editorial; conhecimento aprofundado do mercado editorial, suas dinâmicas e tendências; conhecimento sólido de plataformas de CRM (desejável Pipedrive); desejável conhecimento do ERP TOTVS Protheus; e disponibilidade para atuar 100% presencial em Barueri/SP. Já as funções do cargo incluem realizar a prospecção e desenvolvimento de novos negócios; desenvolver e implementar estratégias de vendas; negociar contratos e condições comerciais com novos parceiros e clientes; monitorar tendências do mercado editorial para identificar oportunidades de crescimento; colaborar com as equipes de marketing e editorial para alinhar estratégias e garantir a qualidade e cumprimento dos prazos dos produtos; gerir, estruturar e treinar o time de vendas; participar de eventos do setor para promover os livros da Manole. Interessados enviar currículos para rh@manole.com.br com o assunto "Vaga gerente vendas” até 7 de fevereiro.

A Editora Central Gospel está à procura de um representante comercial para atuar na prospecção, manutenção e expansão de clientes, promovendo os produtos e serviços da editora. O foco é no cumprimento das metas de vendas e no fortalecimento da marca no mercado. É preciso apenas ter experiência na área. Interessados devem encaminhar currículos para curriculo@editoracentralgospel.com.

A Ipis Gráfica e Editora está à procura de um produtor gráfico que tenha cinco anos de experiência na área de PCP com bom conhecimento em aprovações em máquina. As responsabilidades do cargo incluem prover, desenvolver e executar recursos para enobrecimento livros, revistas, catálogos e etc; realizar a homologação de fornecedores; realizar a avaliação da ordem de produção; coordenar as solicitações de confecção de clichês, facas, aplicação de vernizes e etc; realizar o preenchimento da OPT, contendo todas as informações para a realização do material em empresas contratadas; garantir que todo o material que seja produzido externamente esteja identificado corretamente e que no seu retorno a conferência seja realizada; acompanhar e registrar testes de viabilidade de novos processos de enobrecimento; acompanhar o processo produtivo, entre outras funções. Interessados devem encaminhar currículos para rh@ipsis.com.br.

O professor e pesquisador Guilherme Varella, da Faculdade de Comunicação da UFBA, escreveu o livro Direito à folia (Alameda), que será lançado em Salvador nesta terça (28), no bar Velho Espanha (Rua General Labatut, 88 – Salvador / BA), nos Barris, depois de ganhar destaque em diversas cidades do país. O livro, resultado de sua tese de Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), analisa o crescimento do carnaval, os problemas decorrentes desse crescimento, a dinâmica urbana, a relação histórica entre o Estado e a folia, entre várias outras questões. Com uma abordagem nova na literatura vinculada à interface entre direito, ciência política e sociologia da cultura, a publicação parte da análise do processo que resultou no crescimento exponencial da folia de rua na cidade de São Paulo, levando em conta a problemática dos direitos dos blocos carnavalescos e a compatibilização com os direitos urbanos, que têm nuances diferentes nas diversas partes do país, mas que convergem para questões comuns. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O doutor em Estudos Literários Rauer participa do Sempre um Papo Virtual em uma conversa com Gabriel Pinheiro sobre sua publicação mais recente, Ab ácido: estórias (Pangeia). A conversa com o escritor será transmitida no canal do YouTube do Sempre Um Papo, com estreia nesta terça-feira (28), às 19h30. Em Ab ácido: estórias, ao realizar uma literatura rascante e selvagem, patêmica e rebelde, consolidada em altíssima voltagem, Rauer traz estórias alexandrinistas que bem definem o nosso tempo, em narrativas que mesclam as lições dos grandes mestres da literatura brasileira e universal ao novo, ao inventivo e ao inesperado. Para o escritor, antes de serem metáforas, seu mais novo livro é “linguagem que evoca o mundo em que estamos e que carrega em si invenção, utopia, esperança”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O livro De guerra em guerra: de 1940 à Ucrânia (Edições Sesc, 92 pp, R$ 45 – Trad.: Edgard de Assis Carvalho e Mariza Perassi Bosco) explora as tragédias e horrores das guerras que marcaram o século XX e o início do século XXI, incluindo a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Argélia, a Guerra da Bósnia e, mais recentemente, a Guerra na Ucrânia. Edgar Morin reflete sobre a radicalização dos conflitos, a demonização do inimigo, e o sofrimento que as guerras causam nas populações atingidas. A obra combina a extensa vivência do autor com suas análises profundas, oferecendo uma visão complexa das guerras e suas consequências globais. Morin conclui a obra oferecendo caminhos para a paz. O filósofo, antropólogo e sociólogo Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum, nasceu em Paris em 8 de julho de 1921. Pesquisador emérito do Centre Nacional de la Recherche Scientifique (CNRS), é formado ainda em Direito, História e Geografia. Intelectual de renome, Morin é considerado um dos mais importantes pensadores dos séculos XX e XXI. É autor de mais de trinta livros.

Nesta verdadeira jornada de exploração arqueológica pela vida intelectual da Grécia arcaica, a acadêmica italiana Maria Michela Sassi busca responder quando, por que e de que forma os gregos dos séculos VI e V a.C. criaram a filosofia. Tomando como ponto de partida o hoje contestado termo "filosofia pré-socrática", Sassi aborda a delimitação de duas épocas distintas no âmbito da investigação filosófica, com a figura de Sócrates representando o ponto de ruptura entre uma investigação primitiva "sobre a natureza" e uma posterior atividade intelectual mais complexa. Com erudição e espírito crítico, a autora aponta a relevância do vasto e variado "empreendimento intelectual" que existiu na época precedente a Sócrates, argumentando que já antes de Platão estava em curso um processo de especialização do saber que teria levado, ainda na Grécia, à autonomia da filosofia como disciplina. Considerado uma das contribuições mais esclarecedoras para o tão debatido tópico acerca do surgimento da filosofia ― e contrapondo a noção que nega um caráter filosófico ao pensamento pré-socrático ―, Os inícios da filosofia na Grécia (Todavia, 376 pp, R$ 109,90 – Trad.: Dennys Garcia Xavier e Bruna A. Paroni) aborda os muitos aspectos centrais dessa discussão: a riqueza do debate intelectual na Grécia, as contribuições das culturas orientais, a relação entre mýthos e lógos, a análise acurada dos modelos cosmogônicos e o papel desempenhado pela introdução da escrita na cultura grega da época arcaica.

Qual é o verdadeiro papel da história em nossa busca por significado? Ela segue uma direção linear, com um propósito definido, ou é apenas um registro fragmentado da experiência humana? Em O sentido na história (Editora Unesp, 368 pp, R$ 96 – Trad.: Luiz Philipe de Caux), Karl Löwith aborda essas e outras questões ao investigar as bases teológicas que moldam a filosofia histórica moderna. Em uma análise que vai além das visões tradicionais, Löwith revela como a tensão entre fé cristã e racionalidade moderna expõe a fragilidade das tentativas de encontrar um propósito transcendente na história. Para Löwith, a tentativa moderna de ver a história como uma sequência progressiva e significativa reflete uma ruptura com as concepções religiosas tradicionais, expondo a fragilidade de um entendimento histórico baseado unicamente na razão e na tecnologia. Sem oferecer respostas conclusivas, o livro coloca o leitor diante de um enigma: seria possível encontrar sentido em uma história que, muitas vezes, parece escapar à lógica e ao controle humanos? Ao propor uma leitura que se afasta da imposição de significados ou finalidades racionais, Löwith convida à introspecção e à busca por um entendimento da história como uma experiência humana – permeada por incertezas, contradições e o eterno desafio de um sentido transcendente.

A Arole Cultural, editora independente especializada em obras sobre tradições espirituais africanas e afro-ameríndias, lança Voudon gnóstico (Arole Cultural, 176 pp, R$ 49,85), o primeiro livro em português sobre a tradição mágico-esotérica do aclamado ocultista Michael Bertiaux. Considerada uma imersão nas intersecções entre o vodu tradicional haitiano e o gnosticismo esotérico, a obra explora os princípios de busca pelo conhecimento interior e pela verdade espiritual em cada um, por meio de rituais mágico-espirituais. Voudon gnóstico é uma literatura inédita em língua portuguesa, inspirado no célebre The Voudon Gnosticism Workbook, obra original de Bertiaux com cerca de 615 páginas. O lançamento da Arole Cultural torna-se, portanto, essencial para todos aqueles que buscam compreender esta tradição. Com uma visão abrangente sobre a prática, o livro de Frater Vameri conta com o prefácio de Nicholaj de Mattos Frisvold, babalawo e renomado autor de obras ocultistas em todo o mundo. Este é o primeiro do Brasil sobre o tema e também foi lançado nos EUA em parceria com a editora InnerTraditions. A Arole Cultural tem participado de feiras internacionais desde a sua formação, consolidando parcerias e conquistando espaço em diversos países. Até o momento, já publicou oito livros no exterior e tem outros cinco já assinados e em fase de produção.

Pensadora da comida, Neide Rigo é uma cronista de mão cheia. No livro Comida comum (Ubu, 192 pp, R$ 59,90), ela conta sua relação generosa e simples com a comida e seus encontros com pessoas que trazem repertórios vegetais e culinários de diversas trajetórias culturais. Entusiasta das Panc (plantas alimentícias não convencionais), Neide busca mapear o que há de local a ser incorporado à mesa em cada cidade, em cada região: uma fruta específica daqui ou dali, uma folhagem que parece mato, uma semente normalmente descartada, tudo isso pode ser aproveitado numa alimentação saudável se houver um olhar atento e disposição para a pesquisa. Neide é uma curiosa do que as pessoas comem: em conversas e oficinas com moradores e merendeiras de várias cidades do Brasil, ela faz do seu dia a dia um fluxo de trocas e convívio pessoal. Aqui ela compartilha o que colheu nessas trocas, narra a experiência da horta pública que construiu com a vizinhança no seu bairro da Lapa em São Paulo, apresenta o conceito de Panc e como sensibilizar a todos para sua existência, dá dicas de receita fáceis e improvisadas com os alimentos disponíveis (inclusive aqueles que muitos nem saberiam reconhecer como alimentos), fala da importância da biodiversidade em contraposição à monocultura para o equilíbrio climático e social, ensina um modo de ser ético e cheio de fruição, rico e generoso com a vida simples.