Agraciada nesta semana com o Prêmio Governador do Estado de São Paulo na categoria Museus e Centros Culturais, a Biblioteca Mário de Andrade abre nesta sexta-feira (15) de feriado a quarta edição do Festival Mário de Andrade, principal evento do espaço e consolidado na programação cultural da cidade. Celebrando os 100 anos do primeiro "Manifesto Surrealista" de André Breton – tema que orienta a programação –, o Festival terá feira de livros (com 40 editoras), agendas de bate-papos e mesas de debates sobre literatura, mas também forte presença de apresentações musicais e teatrais, exibições de cinema, bem como exposições de artes visuais e outras atrações culturais. O Festival ocupa diversos espaços dos prédios sede e anexo da Biblioteca (Rua da Consolação, 94, República – São Paulo / SP), da Praça das Artes (Av. São João, 281, Centro Histórico de São Paulo) e da Praça Dom José Gaspar. A entrada é gratuita, com a mesa de abertura programada para 19h30 do dia 15; e o festival em si começa às 9h e vai até às 21h – a feira de livros fica aberta das 10h às 18h. Clique no Leia mais para conferir a programação completa.

Nossa expectativa em relação aos resultados da sexta edição da Pesquisa Retratos da Leitura era de que ela refletisse, em especial, o impacto das restrições à leitura e ao acesso ao livro que, por conta da pandemia, afastou estudantes das salas de aula e das bibliotecas escolares. Mas sabemos que outros fatores, nesse período de quatro anos, desde a realização da quinta edição, lançada em 2020, impactaram os indicadores de leitura e o comportamento leitor dos brasileiros. A série histórica da pesquisa, realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL) desde 2007, é reveladora sobre o impacto das políticas públicas dos últimos anos. Esse é o principal e desafiador objetivo da Retratos da Leitura. Essa reflexão, vamos entregar a especialistas nesses estudos, como José Castilho, que vai participar do Painel de debates “Leitura da Retratos da Leitura”, no lançamento da pesquisa no próximo dia 19 de novembro. Mas a análise dos dados robustos dessa pesquisa, que tem um questionário com mais de 140 questões e é respondido por mais de 5 mil entrevistados de todo o país, possibilita identificar outros fenômenos que, certamente, impactaram o comportamento leitor dos brasileiros nesses quatro anos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), centro de pesquisa e inovação, se uniu à startup Volyo Audiobooks – que tem como sócios José Fernando Tavares e Deric Guilhen, e como CEO, Juliana Mourinho Tavares – para desenvolver e lançar uma versão otimizada do aplicativo Volyo Speech Studio. O lançamento oficial está previsto para janeiro de 2025. O aplicativo tem o potencial de democratizar o acesso à gravação de audiolivros com alta qualidade e a ideia da parceria surgiu justamente com o objetivo de oferecer soluções inovadoras de forma mais rápida e econômica. Assim, utilizando inteligência artificial, o novo serviço facilita a preparação do texto com atenção aos detalhes, como conversão de elementos visuais, vozes humanizadas (neurais), dicionário de pronúncia personalizado e ajustes de entonação para proporcionar maior fluidez durante o consumo do conteúdo. Segundo a Volyo, a evolução não apenas democratiza o acesso à literatura, mas também abre novas possibilidades para autores e editoras explorarem formatos alternativos de publicação. Ao longo de sete meses, especialistas do Cesar formaram um time dedicado a ampliar a acessibilidade, a diversidade linguística e cultural, além da expansão global com foco local da proposta. A ideia então, é proporcionar uma melhor experiência do usuário na criação de audiolivros narrados com vozes artificiais neurais em português brasileiro. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Prêmio Jabuti contará com a atriz, radialista, locutora e apresentadora Adriana Lessa como mestre de cerimônias da sua 66ª edição. A entrega das estatuetas acontecerá no dia 19 de novembro, às 20h, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, com acesso exclusivo para convidados. Nascida em São Paulo e criada em Guarulhos, Lessa iniciou sua carreira artística em 1986 sob a direção de Antunes Filho. Com uma carreira marcada por atuações no teatro de prosa e musical, cinema, séries e novelas, Adriana participou de produções como Macunaíma, A partilha, O admirável sertão de Zé Ramalho, Cartola - O mundo é um moinho, MPB - Musical Popular Brasileiro, O Clone, Senhora do Destino, Escrava Mãe, Sessão de terapia e Depois do universo. Sua versatilidade e presença cativante prometem abrilhantar o evento. Nesta edição, o Prêmio Jabuti recebeu um total de 4.170 inscrições. Durante o evento, serão anunciados os vencedores das 22 categorias, organizadas nos eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, além do aguardado prêmio de Livro do Ano. Cada vencedor de categoria receberá a icônica estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil, com exceção da categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior. As editoras das obras vencedoras também serão agraciadas com a estatueta. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A convite da Feira Internacional do Livro de Bolonha, a Solisluna participa da 11ª edição da Feira Internacional do Livro Infantil da China (CCBF), em Xangai, que ocorre de sexta-feira (15) a domingo (17), no Centro de Convenções e Exposições Shanghai World Expo. A CCBF é a principal feira inteiramente dedicada a livros e conteúdos específicos para crianças na região Ásia-Pacífico. A editora estará no Lounge de Prêmios de Bolonha, área dedicada aos vencedores e finalistas mundiais do Prêmio Bolonha para as Melhores Editoras Infantis do Ano. Em 2024, a Solisluna foi a única editora brasileira finalista do prêmio, conhecido como BOP, que reconhece anualmente as editoras mais significativas em cada uma das seis regiões do mundo: África, América Central e do Sul, América do Norte, Ásia, Europa e Oceania. O editor Kin Guerra, que tem se dedicado ao trabalho de internacionalização do catálogo da editora, está representando a Solisluna na China: "Sinto grande orgulho e felicidade por ter a oportunidade de levar nossos livros para vários países e representar nossos talentosos autores e ilustradores. Temos uma produção editorial de beleza singular que merece destaque nos eventos do livro pelo mundo afora", destaca ele. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Afonso Borges, idealizador e presidente do projeto Sempre Um Papo, participa de duas mesas de debate no Festival Utopia Braga, que acontece entre os dias 15 e 24 de novembro, na cidade de Braga, em Portugal. Ambas as rodas de conversa serão realizadas no dia 17 de novembro, domingo, no Auditório Espaço Vita. Dando início à participação de Borges no festival, o gestor cultural sobe ao palco às 16h enquanto mediador de um encontro da escritora brasileira Aline Bei e das portuguesas Madalena Sá Fernandes e Maria Francisca Gama. Em parceria com a SP Leituras, a sessão tem como tema “Um Quarto só Nosso” e tem como norte as vidas e obras e o papel das mulheres na escrita contemporânea. Logo em seguida, às 17h, Afonso conversa com o multipremiado autor Gonçalo M. Tavares em uma mesa de debate intitulada “Entrevista de Vida”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A editora Rocco abriu uma vaga de estágio em design gráfico para atuar em regime presencial, no Centro do Rio de Janeiro. É preciso frequentar o 4º, 5º ou 6º período do curso superior de design ou áreas correlatas. É necessário também que tenha formação básica de inglês e bom conhecimento de Photoshop, InDesign e Illustrator. Conhecimento em Produção Gráfica é um diferencial. Entre as atribuições do cargo estão: criação de artes para marketing (posts, marcadores de página, cards, landing page e brindes, entre outros); diagramação de periódicos; criação de anúncios para mídias on-line e off-line; desenvolvimento de artes auxiliares para a divulgação de livros. A carga horária é de 6h diárias, com bolsa mais vale transporte. Interessados devem enviar currículo, até o dia 25 de novembro, para departamentopessoal@rocco.com.br e no assunto do e-mail informar “Estágio design gráfico”.

A Editora Online está à procura de revisores freelancers de francês e russo. É preciso ter curso superior completo; francês e/ou russo fluente; ser cuidadoso e detalhista; e ter comprometimento com prazos. As responsabilidades dos cargos incluem a revisão e tradução de obras – do francês e do russo para o português. Interessados devem enviar currículos para cyntia.santana@editoraonline.com.br até 21 de novembro.

A Editora Melhoramentos abriu uma vaga para vendedor trade. Para se candidatar é preciso ter experiência anterior em vendas para livrarias, distribuidores e novos canais; habilidades de comunicação, negociação e construção de relacionamento; conhecimento aprofundado do mercado editorial, especialmente o segmento de livrarias e distribuidores; e familiaridade com ferramentas de CRM e habilidade para gerar relatórios de vendas. São diferenciais: ter experiência com vendas B2B no setor editorial; e graduação em áreas como Letras, Marketing, Administração ou afins. As funções do cargo incluem prospectar e gerenciar uma carteira de clientes composta por livrarias, novos canais e distribuidores; manter e desenvolver relações de longo prazo com clientes atuais e potenciais; apresentar e negociar nossos produtos editoriais com foco no mercado editorial; colaborar com as equipes de marketing e editorial para alinhar estratégias de vendas específicas para o setor; e acompanhar o desempenho das vendas e elaborar relatórios mensais, com insights sobre o mercado editorial. Interessados devem encaminhar currículos para trabalhe-conosco-melhor@melhoramentos.com.br informando no assunto o nome do cargo.

O livro Pretos novos do Valongo: escravidão e herança africana no Rio de Janeiro (Bazar do Tempo) terá evento de lançamento nesta quinta-feira (14), a partir das 19h, na Livraria da Travessa do Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Rio de Janeiro / RJ). A obra trata do Cemitério dos Pretos Novos, na região portuária do Rio de Janeiro, que foi, entre 1769 e 1830, o local onde eram enterrados os africanos escravizados recém desembarcados: já sem vida ou mortos logo após a chegada, devido às péssimas condições da travessia. Com organização da jornalista Mônica Sanches e orelha da escritora Eliana Alves Cruz, o livro reúne 13 textos de especialistas tratando dos diversos temas que atravessam esse espaço e tempo: história, memória, arqueologia, patrimônio, religião e herança africana. A descoberta acidental do sítio histórico, em 1996, deu origem ao Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, que assumiu a missão de desencobrir as diversas camadas da história da escravidão daquele território – que inclui ainda Cais do Valongo, porto de desembarque de escravizados, e o mercado do Valongo, onde eram negociados. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O 7º Poços É Jazz Festival – Literatura e Jazz, lado a lado 2024 ocorre nos dias 15, 16 e 17 de novembro, na Praça Dom Pedro II, no Jardim dos Macacos no centro de Poços de Caldas (MG), com entrada franca. O festival une literatura e a música em mesas temáticas, é mais uma iniciativa da produtora cultural que realiza há quase 20 anos o Flipoços (Festival Literário Internacional de Poços de Caldas). Trata-se de mais um projeto cultural que traz na essência duas das principais características da cidade: a literatura e o jazz. O Poços é Jazz contará com mesas literárias, lançamentos de livros e mescla com shows. Para mais informações é possível conferir o site do festival. Considerado uma das poucas iniciativas do gênero no Brasil, o Poços É Jazz não só oferece música de qualidade gratuitamente ao público, como também tem como objetivo valorizar a literatura do gênero musical, enaltecendo a diversidade cultural que só o Brasil possui, em seus mais variados estilos de norte a sul do país. A programação literária oferece três mesas de bate-papos e apresentação dos livros. A primeira será no dia 15 de novembro, sexta, às 17h30, “As melodias de Caetano Veloso” que fará um passeio pela musicalidade de Caetano e suas gravações de letras de Torquato Neto, Tom Zé, Arnaldo Antunes, Capinan, entre outros. Quem promove essa mesa é Sergio Montero, estudioso das obras do músico, mestre em Literatura Espanhola e Hispano-americana e cocurador do Flipoços. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com ritmo de reportagem e sutileza literária, Yasmin Santos apresenta o primeiro retrato de Conceição Evaristo. A trajetória da escritora mineira, que se tornou um dos nomes mais transformadores da literatura brasileira contemporânea, é esmiuçada aqui a partir da combinação de depoimentos exclusivos, sensibilidade rara e ampla pesquisa. Nas páginas de Conceição Evaristo: A voz insubmissa (Rosa dos Tempos, 288 pp, R$ 69,90), o leitor mergulha nas memórias de duas meninas que desde cedo descobrem a vocação literária. Conhece ainda a infância belo-horizontina da autora de Ponciá Vicêncio, a filiação à Juventude Operária Católica, a mudança oportuna para o Rio de Janeiro, sua fé eclética, sua carreira como acadêmica e docente, os amores – o materno e os românticos – e, claro, o despertar de sua escrita insubmissa, que a levou a lugares onde poucas mulheres de sua cor haviam estado antes. A outra menina, dedicada a escrever esse ensaio biográfico, é a leitora assídua, investigadora dos caminhos de Conceição, compreendendo seu papel ético, político e inspirador. Neste encontro, temos duas mulheres negras de diferentes gerações cujo encanto precoce pelas letras lhes permitiu sonhar. Conceição e Yasmin, ambas com sua insidiosa doçura, representam o que é ser um espirituoso ponto fora da curva.

O jovem aviador francês, que empresta seu nome ao famoso estádio de Roland Garros, revolucionou a aviação mundial e pagou com a vida por sua paixão e coragem. A história de Roland Garros é um conto de aventuras e pioneirismo, interrompido tragicamente aos 29 anos nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Em volume inédito no Brasil, Memórias seguido de diários de guerra (L&PM, 464 pp, R$ 89,90 – Trad.: Joana Angélica d'Ávila Melo) compila as histórias de vida de Roland Garros, um dos grandes pioneiros da aviação mundial e considerado herói de guerra francês. Aventureiro nato, Garros experimentou diversas modalidades esportivas, do ciclismo ao automobilismo. No entanto, foi nos céus que encontrou sua verdadeira paixão. Adquirindo um dos raros exemplares do Demoiselle, o ultraleve considerado a obra-prima de Santos-Dumont, Garros aprendeu a pilotar e, em um feito histórico, tornou-se o primeiro homem a cruzar o Mediterrâneo de avião, em um vôo França-Túnisia de 6 horas, sem escalas, em 1913.

Joaquim Pinto de Oliveira, conhecido como Tebas, emerge da história para ocupar seu devido lugar na construção de São Paulo colonial. Nascido escravizado e com um pai desconhecido, Tebas superou as limitações impostas pela sociedade opressora, tornando-se um mestre de obras notável. O historiador Luis Gustavo Reis revela sua trajetória em A trajetória de Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas (Editora Unesp, 368 pp, R$ 89). Tebas, inicialmente um pedreiro sob seu senhor, tornou-se um mestre de obras reconhecido, com um legado visível em várias construções históricas da cidade. Sua biografia é dividida em três fases: sua vida em Santos e a viagem ao planalto paulista, seu destaque em São Paulo durante o governo do Morgado de Mateus, e, finalmente, sua liberdade, quando começou a contratar escravizados para auxiliá-lo. A recuperação da história de Tebas ilumina a contribuição essencial de escravizados e libertos para a construção social, cultural e arquitetônica de São Paulo, oferecendo uma nova perspectiva sobre a formação da cidade e a nação.

Chega agora às livrarias uma reedição de Terra prometida (Ercolano, 256 pp, R$ 89,90 – Trad.: Matheus Pestana), relato da atriz estadunidense Joan Lowell sobre sua aventura ao instalar-se definitivamente no Centro-Oeste do Brasil, mais especificamente na região de Anápolis (GO). A nova edição conta com o preâmbulo da pesquisadora e tradutora Flora Thomson-DeVeaux, tradução e epílogo de Matheus Pestana e orelha do repórter Chico Felitti. Escrito em 1952 e desafiando as fronteiras entre a ficção e a não ficção, o livro causou furor na comunidade cinematográfica, tendo servido de propaganda para atrair outras estrelas de Hollywood para o centro do Brasil. Sem demora, grandes nomes da indústria do entretenimento se instalaram em Goiás com a benção da autora-pioneira. A saga descrita por Joan Lowell em Terra prometida consiste em uma crônica fascinante que relata sua chegada ao Brasil na década de 1930. Lowell, ex-estrela de Hollywood que contracenava com Charles Chaplin, pinta uma imagem vívida de suas supostas aventuras em seu desbravamento das terras de Goiás. São histórias repletas de encontros inusitados e personagens memoráveis, mas a linha entre realidade e ficção é quase sempre borrada.

O livro O mistério dos mistérios – a morte e a vida de Edgar Allan Poe (Cultrix, 344 pp, R$ 94 – Trad.: Caesar Souza e Val Venturella) é uma obra que investiga a vida do renomado autor pelo prisma das inúmeras causas possíveis de sua misteriosa morte. Poe, um dos escritores norte-americanos mais icônicos de todos os tempos, tem sua obra cultuada por inúmeros tipos de leitores, inclusive pelos jovens, e é um dos autores que teve seus trabalhos mais adaptados da história, seja para cinema, TV, quadrinhos e cultura pop, através de novas adaptações e releituras de seus clássicos. Edgar Allan Poe morreu em circunstâncias assustadoras. Ao longo dos anos, multiplicaram-se as especulações sobre a causa de sua morte: hidrofobia, sífilis, suicídio, alcoolismo e até mesmo assassinato. Agora, por meio de uma pesquisa feita por Mark Dawidziak – escritor, ator, jornalista e professor universitário – surge uma nova teoria, capaz de provar qual foi a causa da morte de Poe, algo que assombrou a vida do biógrafo por toda sua vida.