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PublishNews 06/11/2024
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PublishNews, Redação, 06/11/2024

A Dosdoce.com – plataforma especializada em tendências da economia digital e que desenvolve estudos e relatórios sobre o uso de novas tecnologias em diferentes áreas do setor cultural – divulgou os números do primeiro Mapa da Indústria de Áudio em Língua Portuguesa. Realizado durante três meses (julho, agosto e setembro de 2024), analisando as diferentes atividades econômicas relacionadas com a indústria do áudio, o estudo revela um crescimento acelerado no consumo de conteúdos sonoros, como podcasts e audiolivros, nos países de língua portuguesa. Nos últimos cinco anos, o mercado testemunhou um número crescente de organizações que apostam no formato de áudio – podcast, audiolivros, áudio-séries, audiodramas, entre outros – em português. No estudo, a Dosdoce.com identificou 365 entidades que estão apostando no desenvolvimento da nova indústria de áudio nos mercados de língua portuguesa. As empresas criaram, nos últimos anos, mais de 250 mil podcasts e cerca de 10 mil audiolivros em português, entre outros formatos. A previsão é que a indústria do entretenimento sonoro (podcasts, audiolivros, rádio e música em streaming) continue a crescer cerca de 10% em todo o mundo até ao final desta década, graças às receitas geradas pelas plataformas de assinatura, venda avulsa, empréstimo digital, venda em massa através de grandes empresas como operadoras telefônicas, receitas publicitárias, conteúdos de marca, entre outros, mas com contribuições de receita de formatos muito variados, segundo o relatório Audiobook Global Growth Report, recentemente publicado pela Feira do Livro de Frankfurt. A indústria de áudio em língua portuguesa gera aproximadamente € 30 milhões por ano, enquanto nos mercados de língua espanhola a cifra ronda os € 100 milhões – número comparativamente baixo aos dos bilhões de euros que a indústria gera nos mercados de língua inglesa. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

A Prefeitura de São Paulo vai realizar o IV Festival Mário de Andrade, promovido pela Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94 – São Paulo / SP), nos dias 15, 16 e 17 de novembro, com a presença de 40 editoras, grupos de autores e instituições destinadas à literatura. Sediado tanto no prédio-sede da biblioteca quanto na Praça das Artes (Av. São João, 281 – São Paulo / SP) e na Praça Dom José Gaspar, o festival gratuito e aberto a todos os públicos celebra a literatura, o livro e a leitura, estimulando o debate de ideias, a formação de leitores e a potência cultural de novas linguagens. A edição deste ano celebra os 100 anos do primeiro Manifesto surrealista, de André Breton, que norteia toda a programação, composta por uma feira de livros, mesas de debate, rodas de conversa, espetáculos teatrais, shows e exposições, somando mais de 100 atrações inteiramente gratuitas. O evento pretende jogar luz sobre a participação das mulheres no surrealismo e também explorar os desdobramentos do movimento no Brasil. O surrealismo inspira também o mobiliário desenvolvido para o evento e a cenografia — que colhe referências nas obras de Tarsila do Amaral e Leonora Carrington —, o novo número do Suplemento Pauliceia, publicação da Biblioteca dedicada a textos literários que será lançada e distribuída durante o Festival. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

PublishNews, Mara Cortez*, 06/11/2024

[*Nota da redação: Na sua movimentação mais recente, a Lei Cortez foi aprovada na Comissão de Educação do Senado, de onde poderia seguir direto para a Câmara dos Deputados. Um requerimento assinado por 11 senadores, porém, solicita que a matéria seja analisada no Plenário do Senado. O prazo para novos requerimentos se esgota no dia 11 de novembro]. O editor José Xavier Cortez era, antes de tudo, um amante dos livros. Vou tentar contar, de forma breve, sua trajetória peculiar e única: de agricultor no sertão do Rio Grande do Norte, virou marinheiro em Recife, foi para o Rio de Janeiro e expulso da Marinha em 1964. Veio para São Paulo e trabalhou como lavador de carros, em um estacionamento de um cursinho pré-vestibular, e os professores permitiam que ele assistisse às aulas de graça. Estudou e passou na Faculdade de Economia da PUC-SP. Mas a realidade se impôs e ele não tinha condições de comprar os livros adotados. Então, começou a recolher dinheiro dos alunos para comprar os títulos para todos e, assim, ganhar o dele. E, surpreendentemente, começaram a aparecer encomendas de outros livros. Em pouco tempo, a mesa de cavalete no corredor da PUC virou uma livraria. E o resto é história. Começou como livreiro e depois virou editor, e durante seus 53 anos de mercado editorial lutou pelo livro: na Câmara Brasileira do Livro (CBL), na Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), e na incansável defesa do livro nas livrarias e nas feiras de livros por todo o Brasil. A frase que sempre tinha na ponta da língua era: “A leitura me levou a ser quem eu sou hoje”. Cortez começou sua história de amor com os livros em 1968, o que durou até o fim de sua vida, em setembro de 2021. Uma semana após sua passagem, o Senador Jean Paul Prates (PT/RN), que era relator no Senado da “Lei do Preço Fixo”, nos procurou para saber se aceitávamos que a lei fosse batizada com o nome de nosso pai. Ficamos extremamente honradas e felizes com a homenagem, mas também com um pouco de medo do nome do nosso pai “cair na boca do povo” tal qual a Lei Rouanet. Mas depois, refletindo com calma, achamos que seria muito bom que isso acontecesse a partir de uma lei que fala de livros. Então, eu e minhas irmãs Marcia e Miriam aceitamos a homenagem. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

A XIII Festa Literária Internacional de Pernambuco terá sua terceira edição entre os dias 14 a 17 de novembro de 2024, em Olinda | © Acervo FliportoA XIII Festa Literária Internacional de Pernambuco terá sua 13ª edição entre os dias 14 a 17 de novembro de 2024, no Mercado Eufrásio Barbosa (Largo do Varadouro, S/N, Varadouro – Olinda / PE). Após uma pausa, o evento retorna com força total e promete ser uma celebração cultural definitiva que conecta literatura, música e outras artes com proposta de um importante espaço de intercâmbio multicultural. Para isso, a Fliporto 2024 homenageará o escritor Raimundo Carrero e o músico Chico Science, em celebração aos 30 anos do disco Da lama ao caos, da Nação Zumbi. De acordo com curador geral da Fliporto, Antônio Campos, o evento retorna como um patrimônio cultural de Pernambuco, reafirmando sua importância dentro das festas literárias na cena internacional: “A Fliporto voltou ao calendário das festas literárias, contribuindo para o diálogo entre a literatura e outras artes”, afirma. A programação assim inclui uma série de atividades, como palestras, exposições e sarais, que têm como objetivo promover a literatura, a música e a arte, destacando a relevância das festas literárias na formação de novos autores e na difusão do conhecimento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

No próximo dia 18 de novembro, das 18h30 às 21h30, o bairro de Perdizes, em São Paulo, terá a inauguração da nova Livraria das Perdizes (Rua Bartira, 317 – São Paulo / SP). com presença confirmada de Mario Sergio Cortella. A data é também a de nascimento de José Xavier Cortez, editor e fundador da Cortez Editora. José faleceu em setembro de 2021, e celebra seu legado, que agora é levado adiante por suas filhas Miriam, Mara e Marcia, e por Elaine Nunes, diretora comercial. O evento contará com um bate-papo com o patrono Mario Sergio Cortella, sessão de autógrafos de suas obras, além de uma recepção para comemorar este momento importante para a Cortez Editora. Além disso, para celebrar a semana do Dia da Consciência Negra, a Livraria contará, durante toda a semana, com uma mesa em destaque com livros infantis, juvenis e adultos de temáticas negras. A história do local começa em 1980, quando Seu Cortez inaugura a então Livraria Cortez no mesmo endereço. Agora, 44 anos depois, suas filhas revigoram o espaço com a missão de continuar promovendo a leitura e a cultura. O filósofo, escritor e professor Mario Sergio Cortella, que inaugurou a antiga livraria, retorna à (agora) nova Livraria ocupando o mesmo lugar neste novo capítulo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

O Grupo Editorial Pensamento está com uma vaga aberta no seu comercial, para o cargo de vendedor. É preciso ter graduação em administração de empresas, comércio exterior e afins; perfil comunicativo e organizado; experiência em vendas; facilidade de falar em público; Excel intermediário e disponibilidade para viagens. As funções do cargo incluem o desenvolvimento de ações de vendas; relacionamento com clientes: auxílio em projetos especiais e captação de novos canais; acompanhamento dos resultados dos clientes; e análise, controle, cobrança e envio de consignação para clientes e participação em feiras e eventos. Os interessados devem enviar o currículo com pretensão salarial para o e-mail vagas@grupopensamento.com.br com o título “Comercial”.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

 Cidinha da Silva fará a mediação | © Ninno BiazoNa terça-feira (19) às 19h, o Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109 – São Paulo / SP) realiza uma edição especial do Clube de Leitura com a presença da escritora e cronista Cidinha da Silva. O encontro abordará Marinheira no Mundo (Primavera), coletânea de crônicas de Ruth Guimarães organizada por seus filhos. Com curadoria e mediação de Cidinha, o público terá a oportunidade de refletir sobre a obra e discutir o gênero da crônica, mergulhando no olhar de Ruth sobre o Brasil e sua multiplicidade cultural. As inscrições podem ser feitas pelo site ou pelo aplicativo Credencial Sesc SP. Marinheira no mundo reúne 103 crônicas inéditas que desvendam um Brasil autêntico e multifacetado, onde Ruth Guimarães, voz influente na literatura nacional, convida o leitor a explorar as raízes e identidade regional do país. A coletânea é uma celebração da identidade brasileira, apresentada de forma vibrante e livre de clichês, revelando diversas faces, vozes e dilemas que marcam o país sob a ótica de uma escritora de potência indiscutível. A mediação será conduzida por Cidinha da Silva, escritora e doutora em Difusão do Conhecimento, conselheira da Casa Sueli Carneiro Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

Festa Literária do Sesc Osasco (FLOZ) acontece entre 22 e 23 de novembro | © Mariana CoutinhoNos dias 22 e 23 de novembro vai ocorrer a Festa Literária do Sesc Osasco (FLOZ), no Teatro Municipal Glória Giglio (Av. dos Autonomistas, 1533, Vila Yara – Osasco / SP). O evento vai reunir editoras, escritoras, escritores, ilustradores e artistas, para lançamento de livros, bate-papos, palestras, oficinas e apresentações artísticas com a participação de Eliane Potiguara, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo D’Salete, dentre outros. A ideia deste encontro de dois dias surgiu do eixo central “O futuro é e será ancestral”, tema da palestra de Eliane Potiguara, alinhado à curadoria das equipes de Programação e BiblioSesc do Sesc Osasco, buscando temas da cultura afrobrasileira e HQ afrofuturista. Confira a programação completa no site. A programação conta com os lançamentos dos livros: Graciliano: romancista, homem público, antirracista (Edições Sesc), de Edilson Dias de Moura e Mares agitados: na periferia dos anos 1970 (Patuá), de Mazé Torquato Chotil. Estão confirmadas as editoras expositoras ArtLivros (Osasco), Comix Book Shop, Edições Sesc, Editora Senac, Kitembo, Powerline Music & Books e Relampiano Editora (Osasco). No encerramento de cada dia da Festa Literária do Sesc Osasco, estão o show Caçada Noturna, de Tiganá Santana com a participação de Cidinha da Silva, na sexta-feira, dia 22; e a apresentação líteromusical Solidão no fundo da agulha, com Ignácio de Loyola Brandão e Rita Gullo, sábado, dia 23. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

“Poesia é um tigre que salta diante de você. E às vezes ela vem da coisa mais corriqueira.”
Adélia Prado
Poeta brasileira
1.
Novena de Natal - 2024
2.
Café com Deus Pai 2025
3.
As 48 leis do poder (capa dura)
4.
Alma ferida, alma curada
5.
Mais esperto que o diabo
6.
Mentirosos
7.
É assim que acaba
8.
A vegetariana
9.
É assim que começa
10.
Nexus
 
PublishNews, Redação, 06/11/2024

Autora paraense fala de seu livro mais recente no programa desta quarta (6) | © DivulgaçãoA escritora, jornalista e professora Socorro Acioli é recebida por Eliana Alves Cruz no Trilha de Letras desta quarta-feira (6). Durante o programa inédito, que vai ao ar às 23h, na TV Brasil, a autora cearense fala sobre seu romance mais recente, Oração para desaparecer (Companhia das Letras). A trama do livro se desenrola a partir da história de uma mulher que perde a memória e decide reconstruir sua vida em outro lugar. A obra cria conexões entre a cidade de Almofala, em Portugal, e o distrito de Almofala, no interior do Ceará - um local onde uma igreja ficou soterrada por anos, até que os ventos a fizeram ressurgir após 45 anos. O romance é o primeiro escrito após o sucesso de A cabeça do santo (Companhia das Letras), lançado em 2014. Em Oração para desaparecer, Socorro Acioli segue a mesma linha do realismo mágico. Ainda durante a entrevista exibida pela emissora pública, a convidada lembra do curso que fez com um dos principais nomes desta escola literária, o colombiano Gabriel García Márquez, o Gabo, em Cuba. Socorro destaca também sua experiência como professora, que a fez descobrir novos talentos literários, como o escritor Stênio Gardel, autor de A palavra que resta. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

Nascido e criado na fazenda, filho dos antigos caseiros de seu Fortunato, Pedro passou a vida em completa e cega devoção ao patrão e ao trabalho com os animais. Contudo, após algum tempo de seu casamento com Joana, a pacífica dedicação às suas obrigações na propriedade é abalada pelo relinchar desesperado e constante dos cavalos no estábulo, onde a mulher e seu empregador, toda noite, passam um tempo sozinhos, a “tratar” dos bichos. Inquietante, Cavalos no escuro (Record, 208 pp, R$ 64,90) é a porta de entrada para o que o leitor deve esperar nos outros nove contos da obra. Em comum, as narrativas de Cavalos no escuro apresentam personagens marcantes, envoltas em suas próprias cegueiras, insuficiências e compulsões, obsessões e dificuldades – ressaltando a capacidade de Rafael Gallo estruturar uma prosa eletrizante do início ao fim. Nélida Piñon escreveu que o autor é “um herdeiro das portas da imaginação que Homero abriu”. E Adriana Lisboa afirma, no texto de orelha deste Cavalos no escuro: “Rafael Gallo é um mestre na construção dessas figuras inesquecíveis, que permanecem conosco muito depois de finda a leitura.”

PublishNews, Redação, 06/11/2024

Não é nenhuma novidade o fato de que a sensibilidade transmórfica de Franz Kafka valsa de um lado a outro cruzando a linha que separa o real do surreal. Mas isso, a bem da verdade, é apenas uma suposição corriqueira, pois há ocasiões onde ele mesmo nos faz duvidar da existência da fronteira entre os mundos, implicando sugestivamente a sobreposição destes com uma naturalidade avassaladora. Em Contos finais escolhidos (Estação Liberdade, 128 pp, R$ 61) o leitor vai encontrar textos presentes, algumas características do mundo kafkiano, como uma apreensão perturbada da realidade em À noite e no fragmento de O grande nadador, ou como leituras minuciosas acerca das relações sociais em O recrutamento de tropas e Uma pequena mulher. Notamos críticas à burocracia em Sobre a questão das leis e Intercessores, aspectos fabulares em O brasão da cidade e Pequena fábula, e evocações à mitologia grega em Prometeu e Poseidon. Com o objetivo de marcar o centenário da morte de Kafka, esta edição bilíngue apresenta vinte traduções de contos curtos e uma tradução de um fragmento de texto do autor, escritos entre 1919 e 1924, ano de sua morte, e revisita a inquietude que permeou sua obra como um todo.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

À semelhança de uma nascente, em Como se rio (Confraria do Vento, 112 pp, R$ 57), a escrita de Krishna Monteiro jorra, nos setes contos do volume, em temas e abordagens incomuns, que vão formando seus próprios cursos, por vezes curtos e intensos, por vezes longos e profundos. No conjunto se avultam personagens arquetípicas, tramas fabulares, tempos presentes e remotos, cidades secas e campos inundados, provando como o conto, em mãos engenhosas, produz beleza não apenas de fontes límpidas, mas também de água salobra. A roda da morte gira nas linhas das histórias aqui represadas, a moer e a moer gente, a agir nos espaços da nossa terra em várias épocas e em topos estrangeiros, mas a vida se impõe sempre graças às esmeradas tessituras ficcionais de Krishna Monteiro. O lado e o lodo humano se mesclam. O mundano e o mítico correm juntos. Literatura de coragem (e compaixão) é o que apanhamos no fluxo cortante deste rio literário.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

À maneira das estrelas eclipsantes que intitulam este volume, os contos de Algólidas (Moinhos, 122 pp, R$ 56) são uma constelação ofuscante em seus excessos de obscenidade e beleza. No jardim de pequenas delícias celestes cultivado pelo autor Alex Sens, tudo é tão imprevisível quanto estranhamente possível, como se ele colhesse sua matéria narrativa do campo dos nossos sonhos mais perturbadores. Nesta obra, criaturas de diferentes espécies, idades e temperamentos convivem na órbita do absurdo, sempre suscetíveis a chocantes contingências, narradas no estilo sensual, repulsivo e jocoso que tonifica a prosa agridoce do contista. A oscilação destes astros efêmeros ora obscurece os sentidos, ora ilumina o que permanecia oculto nas sombras do real, mas invariavelmente marca, de forma permanente, o olhar de quem se atreve a encará-los sem medo da cegueira solar. A apresentação do livro foi escrita por Tamlyn Ghannam.

PublishNews, Redação, 06/11/2024

Qual o desejo mais secreto, a decisão radical, que pessoa alguma jamais imaginaria, que você seria capaz de nutrir? No lugar de alguma aventura sexual ou de milhões gastos no efêmero de uma noite, os personagens do escritor português João Guilhoto sonham, ou apenas existem, num sentido inverso ao do capitalismo de ação e de atenção 24 horas. Uma jovem quer fazer apenas nada. Nem comer, nem beber, nem amar. Nada mesmo. Outro quer assumir a inutilidade, como alguém que toma para si o orgulho de tocar um instrumento musical. Há um outro que, desiludido pelos tempos de paz, prefere esperar pela chance de dançar sobre o horror de mais uma guerra infértil. Se na sua coleção de fragmentos O livro das aproximações, o autor olhava para mestres como Franz Kafka e Robert Walser, para assim entender o sofrimento humano, em Os inúteis (Nós, 80 pp, R$ 63) a sua aposta literária é ainda mais radical: ergueu um bestiário de seres que se orgulham da margem, que se nutrem da margem. É como se o escritor dissesse, como um mestre de cerimônia circense, que, enfim, temos esses homens e mulheres maravilhosos que escaparam da sociedade, que a enganaram.

 
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