Se na semana passada a Lista de Mais Vendidos do PublishNews trouxe a estreia de Han Kang, a Nobel de Literatura 2024, nesta, o destaque vai para o francês Édouard Louis, um dos grandes nomes da Flip 2024. O autor - que no último mês participou da Festa Literária Internacional de Paraty, do programa Roda Viva e de diversos outros eventos literários no país - entrou para a lista dos mais vendidos com quatro obras de uma vez: Mudar, Lutas e metamorfoses de uma mulher, Monique se liberta e Quem matou meu pai, todos publicados pela Todavia. A lista da semana é referente ao período de 21 e 27 de outubro. Em suas obras, Louis compartilha sua própria experiência de vida para falar sobre temas como ódio, preconceito, luta de classe, homofobia, transformação social e violência sexual. Em Mudar: Método, livro que garantiu a 5ª posição em Ficção e o 18º na Lista Geral, Édouard dá continuidade ao projeto que o alçou como um dos grandes nomes da literatura contemporânea e narra o processo de amadurecimento de Eddy Bellegueule, nascido na classe operária de uma pequena cidade no norte da França, até se transformar, ativamente, didaticamente, em Édouard Louis, escritor de sucesso internacional. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O escritor Tom Farias se candidatou a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), que antes era ocupada pelo poeta Antonio Cicero, falecido na semana passada. Farias é membro da Academia Carioca de Letras, é autor de 18 livros e já foi finalista do Prêmio Jabuti. Ele, que também é jornalista e colunista da Folha, submeteu na segunda (28) sua candidatura à cadeira 27, fundada por Joaquim Nabuco. Tatiany Leite, colunista do PN e idealizadora do Vá ler um livro, escreveu sobre o fenômeno Édouard Louis. No texto "Por que elogiar Édouard Louis e desprezar a literatura comercial?", publicado pela Folha, a produtora de conteúdo destaca a forma como o escritor francês se refere à autobiografia como uma arte de vozes excluídas. Louis tem sido um dos destaques literários no Brasil em 2024, além de um dos protagonistas da Flip, ele participou do programa Roda Viva e entrou para a Lista de Mais Vendidos do PublishNews com quatro títulos. De acordo com o Correio do Povo, hoje (1º), a ministra da Cultura, Margareth Menezes participa às 18h da abertura da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre. A cerimônia acontece no Teatro Petrobras Carlos Urbim e contará também com a presença do escritor Sergio Faraco, patrono desta edição. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Por fim, o último dia de evento para mim, que foi a sexta-feira (25), foi o mais marcante de todos. Primeiro, porque descolei um encontro de última hora com uma editora-chefe russa que soube que eu estaria lá e me chamou para uma reunião, que aconteceu ali mesmo na área de alimentação! Quem sabe muito em breve não veremos a concretização de alguns dos frutos que plantei na Feira? Depois, topei com a presidente da CBL e diretora geral da VR Editora, a Sevani Matos, que é a mesma editora que irá publicar minha história em quadrinhos João Pé de Feijão no próximo ano. É engraçada a sensação de encontrar brasileiros pela primeira vez logo quando vocês estão fora do país! A Tamires Atzingen, gerente executiva editorial da VR, também estava ali e me levou junto em algumas reuniões que fez com editoras estrangeiras, nas quais fiquei de penetra e embasbacada com o capricho de projetos gráficos delas. As capas com relevos brilhantes, laminações holográficas localizadas, hot stamping, cortes não somente coloridos como também laminados e o uso indiscriminado de pantone… Meus olhos de capista se encheram de brilho folheando os catálogos e exemplares, ao mesmo tempo que uma melancolia tomava conta dos meus pensamentos porque não conseguia esquecer da triste realidade do mercado brasileiro, em que esses tipos de ornamentação encarecem muito o preço do livro e se limitam somente a títulos ou projetos muito específicos. Sinto que aprendi muito vendo a Tamires entrando em ação, nesse vislumbre de como são feitos esses jogos de negociação em Frankfurt. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A primeira edição oficial da Festa do Livro das Livrarias de Rua inicia nesta sexta (1º) e segue até 14 de novembro. O evento - um desdobramento da ação iniciada em 2023 'Ame livros o ano todo' - visa fortalecer o ecossistema literário em São Paulo criando uma oportunidade potente e colaborativa no período da tradicional Feira da USP. É também uma resposta “ao impacto que a Festa do Livro da USP exerce sobre o mercado livreiro, especialmente em termos de público e faturamento das livrarias de rua". Durante 14 dias, as livrarias participantes (veja a lista completa abaixo) irão oferecer não apenas descontos similares aos praticados na USP, mas também uma programação literária rica, com eventos culturais que destacam o livro como protagonista. Isso não impede que as editoras participem da Festa do Livro da USP. Porém as editoras se comprometerão a oferecer lançamentos (livros publicados nos últimos 12 meses) apenas nas livrarias participantes. O desconto nesse caso se limitará a 10% do preço de capa. Os descontos serão divididos entre editoras e livrarias conforme o percentual de desconto que já vigora em suas relações comerciais usuais. Após o término da Festa do Livro das Livrarias de Rua, a livraria enviará o relatório das vendas. O prazo para o pagamento será o usualmente feito entre a editora e a livraria. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Mais de 300 publicadores de diferentes partes da América Latina se reúnem para compartilhar suas ideias, criações e práticas na 11ª Miolo(s), que acontece neste final de semana na Biblioteca Mário de Andrade. Em um país onde os prazos são sempre curtos, saúdo a continuidade dessa trajetória iniciada em 2014. Miolo(s) é uma feira de arte gráfica que é também um ponto de convergência, espaço físico e temporal de conexão e de troca de experiências. É um dínamo de ideias e entusiasmo gráfico – depois da Miolo(s), dá vontade de escrever, desenhar, imprimir, costurar, criar… verbos, verbos, verbos: ação. A ação que encerra o Esquenta Miolo(s) e inicia simbolicamente a feira é o Giro Miolo(s) com apresentações de publicadores do Equador, Colômbia, Peru e Argentina, reflexo de um desejo de transpor fronteiras geopolíticas em prol da troca fluida de saberes, técnicas e perspectivas culturais, sem burocracias ou aduanas. Quero convidar o ecossistema da publicação a almejar isso de maneira obsessiva. Os desafios enfrentados por colegas dos países vizinhos são similares, embora, claro, atravessados por contextos específicos. São vivências que enriquecem o repertório e instigam a busca de soluções conjuntas. A Miolo(s), por exemplo, tem muito a absorver da Feria de Editores de Buenos Aires e a FILBo de Bogotá; digo o mesmo da perspectiva da livraria Banca Tatuí, plataforma de ensino Sala Tatuí, editora Lote 42 e todas as iniciativas que tocamos lá na rua Barão de Tatuí. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

A jornalista e escritora Míriam Leitão será condecorada na 4ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira). No sábado (2), às 20h, ela receberá o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano de 2024 das mãos de Conceição Evaristo, vencedora do ano passado. A cerimônia também contará com a presença de Ricardo Ramos Filho, presidente da União Brasileira de Escritores e neto de Graciliano Ramos, e terá como oradores os jornalistas Eugênio Bucci e Flávia Oliveira, além da Ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia. Além da homenagem, Míriam participará de duas mesas no evento. Hoje (1º), conversará com Tino Freitas, às 15h, e em seguida receberá leitores para sessão de autógrafos. No sábado, a autora se junta a Trudruá Dorrico e Flávia Oliveira em debate a partir das 16h. Também haverá sessão de autógrafos após a mesa. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Vozes e PUC Rio realizam entre 4 de novembro a 3 de dezembro, o curso "Mercado do livro: Da gestão editorial à gráfica" cuja proposta é oferecer uma visão atualizada dos principais desafios do mercado editorial a partir da visão de gestores que atuam nas mais destacadas editoras comerciais. Tópicos como direitos autorais, aquisição de obras, formação de catálogo, marketing do livro e eventos literários serão abordados por professores em conversas esclarecedoras com convidados especiais. O curso é lançado num momento propício para atualização profissional do mercado editorial, uma vez que o Rio de Janeiro receberá em 2025 o título de capital mundial do livro pela Unesco e uma programação extensa de eventos literários é esperada. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Os encontros com escritores promovidos pelo projeto Paiol Literário estão de volta. A partir de novembro, será possível assistir aos encontros ao vivo, em formato online, no canal do YouTube do Paiol, que este ano chega à 12ª edição. São mais de 80 escritores brasileiros já entrevistados, desde a criação do projeto, em 2006. Nesta temporada, quatro autores passarão pela sabatina do jornalista e escritor Rogério Pereira, coordenador e criador do Paiol Literário. O primeiro encontro acontece em 4 de novembro, às 19h30, com a romancista Paula Fábrio. Paula nasceu em São Paulo (SP), em 1970 e é reconhecida por seus romances, como Desnorteio, ganhador do prêmio São Paulo de Literatura. É autora também de Um dia toparei comigo (Foz), No corredor dos cobogós (Edições SM) e Estudo sobre o fim: bangue-bangue à paulista (Reformatório). O original de Casa de família (Companhia das Letras) recebeu o Prêmio Carolina Maria de Jesus. Fábrio também escreve livros infantojuvenis e seus textos também estão presentes em antologias e cadernos literários. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A mostra temporária Vidas em Cordel, do Museu da Língua Portuguesa, inaugura neste sábado (2). A iniciativa mostrará narrativas individuais de pessoas comuns e personalidades como obras literárias, ao mesmo tempo épicas e cotidianas e tem como foco as histórias de vida contadas no formato de literatura de cordel. Montada no Saguão B, a mostra no Museu da Língua Portuguesa é correalizada pelo Museu da Pessoa, um dos primeiros museus virtuais do mundo que se dedica ao registro e difusão de histórias de vida. A curadoria é do poeta e cordelista Jonas Samaúma, do cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio, e da xilogravadora Lucélia Borges. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O CULTSP PRO - Escolas de Profissionais da Cultura lançou um concurso para selecionar um artista ou coletivo que realizará um grafite em um dos muros externos do Edifício Oswald de Andrade, marco cultural de São Paulo. A ação é promovida pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e gerida pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), a iniciativa busca incentivar a arte urbana e valorizar os espaços públicos da cidade. As inscrições estão abertas até o dia 10 de novembro e podem ser feitas pelo link. A proposta vencedora deve apresentar uma criação artística original e realizar a obra no local, contribuindo para o embelezamento urbano. O edital completo, com as diretrizes de submissão, está disponível para download no site do CULTSP PRO. O resultado será divulgado no dia 14 de novembro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Escrito por Pedro Fonseca, Zino, um menino estranho (Mundo Benvirá, 48 pp, R$ 74,90 - Ilustração: Veridiana Scarpelli), acompanha a história de um garoto que veio de terras distantes e que sente na pele o que é ser diferente, permitindo a identificação de outras crianças com a leitura. A obra, que revela a jornada pessoal de Zino ao enfrentar a solidão, encontrar sua voz e valorizar suas estranhezas, fala sobre um sentimento que é inerente a todos nós. Afinal, o fato de sermos únicos é o que molda a humanidade, como comenta o autor: "É na estranheza que somos únicos. É na diferença que somos muitos. É no alumbramento que somos uma Humanidade. Talvez seja aí, nas nossas humanidades, que a estranheza seja o nosso mais belo traço de existência".

A jornada da influenciadora e podcaster Camila Fremder na literatura infantojuvenil começou em 2023, quando lançou Quibe, a formiga corajosa. Na história, o leitor acompanha o menino Arthur enfrentando seus primeiros desafios na infância. Tudo começa quando, sozinho no quarto escuro, Arthur sente medo. Mas isso muda assim que ele conhece Quibe, uma formiga muito corajosa que o inspira a enfrentar seus medos. O Arthur do livro é inspirado no filho da Camila, homônimo, que viveu experiência similar à narrada na ficção e lidou com o medo a partir de sua relação com uma formiga imaginária a quem chamou de Quibe – e de onde derivou o nome da personagem. Um ano depois da primeira incursão pela literatura para a infância, a autora retoma as aventuras de Arthur e Quibe, novamente inspirada pelo filho e pelo cotidiano familiar. Assim como na primeira obra, também nesta, Quibe e o tesouro das abelhas (Companhia das Letrinhas, 32 pp, R$ 59,90), a formiga continua ajudando o menino a lidar com seus medos, trazendo ferramentas para ajudá-lo na superação do que assusta, amedronta e paralisa. As fabulações de Arthur ganham cor e forma a partir das ilustrações de Juliana Eigner, que também assina o livro de estreia. O projeto gráfico propõe novamente uma brincadeira com a materialidade do livro: o texto segue o caminho em ziguezague da nova personagem, a abelha.

O livo De repente como cão e gato (Asinha, 30 pp, R$ 49,90) é uma obra escrita por Mariana Martins e ilustrada por Bela Pinheiro. O livro coloca o leitor no coração da caatinga, apresentando personagens típicos da região, como o sapo cururu, o gato-do-mato e o tatupeba. Com uma moral atemporal sobre a importância de desconfiar de estranhos, a obra incentiva crianças e pais a refletirem sobre a sabedoria nas interações do dia a dia. Mariana Martins, cujas raízes familiares estão no interior do Ceará, revela que o processo de escrita foi uma jornada emocional e inspiradora: “Escrever este livro foi mágico. Minha família é do interior do Ceará e, ao ambientar essa história lá, revivi memórias preciosas da infância. Mais do que entreter, quis trazer uma lição relevante para as crianças de hoje”, conta a autora. Além de ser uma homenagem à caatinga e à cultura nordestina, o livro é resultado de um sonho antigo da autora, iniciado há dez anos, quando ganhou um concurso literário na faculdade.

O livro Pedro e seu amigo Hércules (Contos & Encantos, 136 pp, R$ 134), de Maria D. Vilela George e Areta Rigonato, com ilustrações de Márcia Lima, aposta em enredo que mescla passagens da mitologia grega com reflexões sobre a amizade, coragem, empatia e cooperação, trazendo o contato de uma criança com o grande herói mitológico, por meio de todas as suas grandes façanhas, mas também das infelicidades, falhas e novos aprendizados. Assim como Hércules busca se tornar uma pessoa melhor e mais corajosa, Pedro também aprende lições muito valiosas. Como as histórias épicas dos heróis da mitologia grega são capazes de inspirar e ensinar, em um dia normal de aula na escola do jovem Pedro, a professora Berenice propõe uma atividade diferente para a classe: ela começa a contar a saga do grande Hércules. Pedro, que gosta muito de heróis, fica bastante animado e mergulha profundamente em uma viagem através da jornada de Hércules. Filho de Zeus, o mais poderoso deus do Monte Olimpo, o herói descobre a sua força desde criança e, em meio a grandes infortúnios e deslizes de caráter, ele cresce e se coloca à prova em uma saga impressionante conhecida como Os 12 trabalhos de Hércules. A obra será lançada no dia 4 de novembro (segunda), às 17h, na unidade da Livraria da Vila no Jardim Paulista (Alameda Lorena, 1501 – São Paulo / SP).

Dá para escutar o silêncio? E seria possível silenciar todo o planeta? Com perguntas e investigações, em Os mistérios que o silêncio tem (PeraBook, 36 pp, R$ 65), o autor Otávio Júnior instiga o leitor a estar atento à realidade que nos cerca. Os sons ao redor podem nos revelar muitas coisas se estivermos interessados e curiosos em descobrir mais do mundo e das pessoas. Um convite à escuta ativa e atenção plena, o livro tem ilustrações de Isabella Guizalbertti que ajudam a desvendar os mistérios do silêncio. Otávio Júnior nasceu em 1983 e é autor de livros infantis. Também é ator e produtor teatral. Além dos livros ilustrados, escreve contos, roteiros de histórias em quadrinhos e poesias infantojuvenis. Em 2020 foi o vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil com o título Da minha janela (Companhia das Letrinhas).