A autora sul-coreana Han Kang é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2024. O prêmio foi anunciado nesta quinta-feira (10) pela Academia Sueca, em Estocolmo. A escritora de 54 anos foi escolhida "por sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana". No Brasil, suas obras são publicadas pela editora Todavia. Desde o sucesso de A vegetariana, em 2018, traduzido por Jae Hyung Woo, foram dois outros livros aqui: Atos humanos (2021), traduzido por Ji Yun Kim, e O livro branco (2023), com tradução de Natália T. M. Okabayashi. Em 2025 sai no país um novo livro: 작별하지 않는다 | I do not bid farewell, publicado originalmente em 2021. “É a consagração merecidissíma de uma autora tão singular que reinventa a forma de contar histórias a cada novo livro", comenta ao PublishNews o editor de Kang no Brasil, Leandro Sarmatz, da Todavia. Para o editor e crítico literário Schneider Carpeggiani, A vegetariana talvez seja o livro de terror mais importante e mais assustador dos últimos anos. "No livro, o monstro não é mais o ET ou o vampiro de antes, mas sim a relação que existe com o outro. Trata-se de transformar o outro, de objetificar o outro, de não compreender o outro, de transformar o outro no estranho, quase no monstro. Isso pode ser tanto do homem em relação a mulher, do cis em relação ao trans, da gente em relação a qualquer estrangeiro. É o delicado das relações humanas e o pavor da gente se aproximar do próximo que faz A vegetariana ser o grande livro de terror das últimas décadas". Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Luiz Antonio Simas teve a tarefa de dar o tom da Flip 2024 na cerimônia de abertura da Festa na noite desta quarta-feira (9). Em sua aula sobre o homenageado da edição, João do Rio, o professor e autor argumentou como a obra do jornalista e cronista mostra a sofisticada cultura de rua do Rio de Janeiro, e como "de um lugar onde há violências, floresce a vida", como definiu durante seu monólogo no Auditório da Matriz. No início do evento, o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz, comemorou a aprovação de um plano plurianual da Flip no âmbito da Lei de Incentivo à Cultura, medida que traz maior seguridade para que o evento aconteça ano após ano. Já na Casa PublishNews, cuja programação se iniciou às 15h de quarta (9), os bancos ficaram lotados em todas as mesas do dia – que discutiram assuntos relacionados a curadoria de eventos literários, audiolivros e metadados, além de um painel sobre assuntos gerais e urgentes do mercado do livro. Intitulado "Reflexões e ações urgentes em prol do mercado do livro e do fomento à leitura no Brasil", o painel na verdade foi dividido em dois: um na quarta-feira (9) e outro na manhã desta quinta-feira (10). Hoje, o painel contou com a presença do Secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba. Ele ressaltou a importância da união do setor do livro em torno das pautas mais urgentes – como a Lei Cortez – para mudanças efetivas na legislação, por exemplo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Flip informou que, por motivos de saúde, Raoni Metuktire não estará presente na 22ª edição da Festa. Convidado para a "mesa 10: saber o passado, mirar o futuro" junto de Txai Suruí, ele foi internado após realizar alguns exames antes do início da Flip, nesta quarta-feira (9), mas passa bem. "Lamentamos, claro, que Raoni não poderá estar conosco, mas estamos aliviados por saber que ele passa bem e está se recuperando. Decidimos manter a mesa apenas com Txai Suruí pela sua trajetória e por ser uma pensadora fundamental na urgente discussão não apenas sobre a luta indígena, mas também na preservação do meio ambiente", afirma Ana Lima Cecílio, curadora da 22ª Flip. "Não há dúvida da relevância dela e estamos preparando um material para apresentar na mesa." A "mesa 10: saber o passado, mirar o futuro" está mantida com a presença de Txai Suruí e mediação de Guilherme Freitas na sexta-feira (11), às 15h. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades programadas para a semana entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro, está Coisas óbvias sobre o amor (Galera), sequência de O amor não é óbvio, best-seller nacional com mais de cem mil exemplares físicos vendidos. As obras 7 cordéis brasileiros (Oficina Raquel), de Luiz Antonio Simas - que abriu a Flip na noite de quarta (9) - e Antes que o café esfrie 4 (Valentina), de Toshikazu Kawaguchi, também estão entre as novidades. Confira todas elas clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Libre (Liga Brasileira de Editoras) este ano se uniu à União Brasileira de Escritores para criar a programação da Casa Libre/UBE na Flip 2024. A programação conta com nomes como Cidinha da Silva, Henrique Rodrigues, Vanessa Ratton, Fabiano Piúba e muitos outros. Assuntos como direitos autorais, literaturas infanto-juvenis, políticas públicas do livro e cultura latinoamericana estão na agenda, que começa às 12h30 desta quinta-feira (10), e vai até o fim do sábado (12). Outras atrações da Casa fazem reflexões sobre a infância, cosmovisões indígenas e africanas, newsletters como espaço de escrita online, slam, livros clássicos, invisibilidade, afrofuturismo, protagonismo feminino, literatura e religiosidade. Uma das mesas prinicpais será com o escritor Mohamed Mbougar Sarr, que vem diretamente da mesa principal da Flip para conversar com Gregório Duvivier sobre a busca da identidade através da literatura (com tradução simultânea) – no sábado (12), às 19h30. "A programação da Casa Libre normalmente traz temas políticos e do mercado, mesclados com discussões sobre produção e literatura, com bastante ênfase para a literatura infantojuvenil. Com a parceria com a UBE, vamos aprofundar também questões de autoria, começando com uma mesa sobre direitos autorais", comenta a presidente da Libre, Lizandra Magon. A programação é gratuita e com lugares limitados, por ordem de chegada. A Casa Libre/UBE fica na Rua da Lapa, 200, no Centro Histórico de Paraty (RJ). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Um caminhão do Sesc RJ contendo mais de 3 mil títulos, entre livros e revistas, estacionou na quarta-feira (09) no Pontal do Areal, em Paraty. A unidade móvel BiblioSesc é uma das atrações da instituição ao longo da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que se estende até domingo (13). No entorno do veículo, foi montada uma estrutura com tendas e pufes onde o público pode retirar exemplares e ler no local. Para a Flip, a equipe da BiblioSesc RJ fez uma seleção especial, dando destaque a publicações do homenageado desta edição: João do Rio, um dos maiores cronistas e jornalistas do Brasil conhecido por suas crônicas que retratavam o cotidiano da capital fluminense. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em 2018, a Girassol iniciou sua expansão no mercado editorial brasileiro com uma parceria com a Callis que, em um primeiro momento, contou com um acordo de cooperação operacional na Bienal do Livro de São Paulo. A partir daí, a parceria abriu novos horizontes para o Grupo Girassol. Em abril, a empresa assumiu o catálogo de trade da Estrela Cultural visando aprimorar ainda mais sua atuação no mercado editorial infantil e agora, anuncia outra parceria: a integração do catálogo da Lume Livros em seu portfólio editorial. “É tudo uma evolução do que começou com a Callis. Procuramos atender, com esses selos e catálogos, vários nichos do mercado infantil e assim, estar cada vez mais presentes nos pontos de venda”, explica Karine Pansa, proprietária e diretora editorial da Girassol Brasil. Reconhecida por sua abordagem inovadora, a Lume Livros tem se destacado nos últimos oito anos por apresentar a ciência de maneira acessível e envolvente para o público. Seus livros não apenas transmitem informações de qualidade, mas também instigam a curiosidade e o pensamento crítico, convidando o leitor a explorar novas perspectivas sobre o mundo. E é graças a essa abordagem única que a Girassol viu na parceria uma oportunidade de enriquecer seu catálogo e consolidar seu compromisso com a formação dos jovens leitores. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Todavia está à procura de um estagiário para o departamento de direitos autorais. A editora pede que os candidatos demonstrem interesse por livros e pelo negócio do livro; escrevam e falem português e inglês com correção, desenvoltura e segurança; sejam organizados e com foco nos prazos; saibam atuar em várias atividades ao mesmo tempo e gostem de trabalhar em equipe; e saibam manejar os programas Word e Excel. As funções do cargo incluem a circulação das informações de sua área entre os demais departamentos; leitura, pesquisa e triagem de materiais; organização de documentos e alimentação de banco de dados; preparação e envio de documentos e exemplares justificativos; organização de documentos e dossiês para pedidos de apoio à tradução e publicação; e preparação de dossiês de imprensa. A editora oferece bolsa auxílio, seguro de vida, VT e VR. Interessados devem encaminhar currículos para contato@todavialivros.com.br até 25 de outubro.

Intitulado From Here to the Great Unknown (Rumo ao grande mistério), o livro de memórias escrito por Lisa Marie Presley e, após sua morte em janeiro de 2023, completado por sua filha, a atriz e produtora Riley Keough, vai chegar ao Brasil pela Editora Rocco em fevereiro de 2025. O livro, que promete oferecer um retrato íntimo de uma das famílias mais icônicas da América, destaca os altos e baixos da vida de Lisa Marie Presley, desde sua infância até a trágica morte de seu pai. Riley Keough desempenhou um papel fundamental ao finalizar o projeto, baseado em horas de entrevistas gravadas com sua mãe. Riley sabia que precisava cumprir o desejo de sua mãe de revelar ao mundo quem ela realmente era, por meio dessas memórias tão emocionantes e dolorosas. O lançamento das memórias no mercado norte-americano coincidiu com a exibição de um especial de televisão apresentado por Oprah Winfrey, que foi ao ar nos EUA nesta terça-feira (8). O programa teve uma entrevista exclusiva com Riley Keough, gravada na icônica propriedade de Graceland, em Memphis. Esta foi a primeira vez que Riley falou em profundidade sobre a mãe desde sua morte. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Instituto Moreira Salles (IMS) acaba de lançar o e-book Música e modernismos negros, já disponível para acesso e download gratuitos. Tendo como ponto de partida a Semana de Arte Moderna de 1922, cujo centenário foi comemorado em 2022, a publicação reúne dez ensaios que propõem perspectivas alternativas e contemporâneas acerca da experiência negra no país, bem como sobre a história da cultura brasileira. Dividido em quatro capítulos, o material aborda temáticas como memória, racismo, religiosidade e silenciamento. O e-book é um desdobramento da série de encontros Música e modernismos negros: formação a partir do acervo IMS, realizados virtualmente em 2022. Organizada pelo historiador e etnomusicólogo Rafael Galante e pela diretora de educação do IMS, Renata Bittencourt, a publicação é fruto de projetos de pesquisa comissionados pelo IMS, a partir de temas representados em seu acervo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Estamos todos envelhecendo juntos. A Terra, o Universo, os períodos do dia, o sol, a lua e nós, seres humanos. Desde o momento em que nascemos, já começamos a envelhecer. Trata-se de um processo único, que se inicia antes mesmo de existirmos, que recomeça a cada vez que despertamos e cujo fim somos incapazes de determinar. No livro Em cada instante nascemos e morremos bilhões de vezes (Academia, 224 pp, R$ 56,90), a fundadora da Comunidade Zen- Budista Zendo Brasil, Monja Coen, apresenta reflexões muito sensíveis a respeito do envelhecer, tema frequentemente temido e, por sua vez, evitado. De que maneira podemos encontrar mais leveza à medida que ficamos mais velhos? Como lidar com questões como as mudanças no corpo e na saúde ou uma eventual desmemória das coisas? Como compreender as vulnerabilidades envolvidas nesse processo e saber pedir ajuda? E de que forma devemos encarar a morte, que parece tão próxima? Pacientemente e com muita lucidez, alternando histórias pessoais, textos sagrados e considerações advindas da prática do zen-budismo, a autora convida o leitor a olhar para si e entender que o envelhecer é o resultado de todo o passado no presente e está acontecendo neste instante.

Com a aproximação dos 40 anos, Catarina, uma mulher bem-sucedida vê suas prioridades serem invertidas quando começa a sentir a pressão do relógio biológico para ter filhos. Percebendo a implacabilidade do tempo, ela inicia uma jornada incansável para alcançar seu novo objetivo: ser mãe. Mas será que seu desejo realmente é genuíno ou ela está sendo levada por pressão social? Este é um dos primeiros questionamentos que somos levados a investigar na obra de contos Caso fevereiro dure pra sempre (Paraquedas, 63 pp, R$ 45), da escritora Úrsula Zufrieden. Partindo sempre de personagens complexos, muitas vezes solitários e em busca por conexões que ressignifiquem suas relações com o mundo e com eles mesmos, a autora vai tecendo uma obra que fala sobre a necessidade de pertencimento. Seus personagens estão sempre em uma busca incessante por algo, do profundo ao mundano. Seja afeto, acolhimento ou como pegar uma onda perfeita. Úrsula escreve sobre o desejo de pertencimento de seus personagens como se fosse o seu.

Se eu soubesse (Bertrand, 304 pp, R$ 54,90) conversa com homens e mulheres de mais de 40 anos sobre emoções, crescimento pessoal, relacionamentos e estágios da vida. Após os sucessos de Depois é nunca e Manual do luto, conjunto de reflexões aprofundadas sobre o luto e a despedida, Se eu soubesse fala sobre maturidade do autor, em tom de terapia em voz alta, durante sua vivência nos anos 70 e 80, acompanhando a mudança de costumes. Trata-se do reverso de Cuide dos pais antes que seja tarde, obra que reflete a velhice dos pais, segundo o próprio Carpinejar. No novo livro, o poeta gaúcho retorna ao passado para recolher, de lá, a necessidade de uma maior presença física na atualidade e de uma maior atenção para a família falando diretamente para pessoas com mais de 40 anos. As páginas trazem um alerta da finitude que nos espreita, da brevidade insondável da existência.

Todo ser humano deseja a felicidade, e, muitas vezes, gula, luxúria, preguiça e os demais Pecados Capitais parecem ser o caminho mais rápido para alcançá-la. Paradoxalmente, quanto mais nos entregamos a esses vícios, mais distante a felicidade parece estar. Por que é tão difícil ser feliz? Os sete pecados capitais e a busca da felicidade (Citadel, 192 pp, R$ 64,90) é uma provocação sobre a natureza humana e sobre nossos desejos mais profundos, prometendo transformar sua visão sobre a vida e a felicidade. Marcelo Galuppo é professor e advogado brasileiro. Atual presidente da Associação Brasileira de Filosofia do Direito e Filosofia Social (ABRAFI) e vice-presidente da Internationale Vereinigung für Rechtsund Sozialphilosophie (Associação Internacional para a Filosofia do Direito e a Filosofia Social). Desde 1994, é professor da Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Univesidade Católica de Minas Gerais, onde foi coordenador do programa de pós-graduação em Direito entre 2009 e 2011. Desde 2010, é também professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi Visiting Fellow da Escola de Direito da Universidade de Baltimore.

A questão sobre como cada um administra os momentos em que está sozinho? Se sente melancólico, triste, solitário, por que queria estar com alguém ou com pessoas que não se lembram da sua existência? Ou se sente tranquilo, pois precisa desse tempo consigo mesmo para ver um filme, ler um bom livro, descansar, organizar sua rotina, sua casa, ou até quem sabe, sair para jantar com você mesmo... Não viver esses momentos de quietude, desfrutando de sua companhia, pode lhe trazer outras consequências de estado de irritação, intolerância e distanciamento do que existe de melhor em cada um. Entrevista com a solidão (Latitude, 196 pp, R$ 64,90) trata da busca de uma melhor qualidade de vida a partir de questionamentos sobre a solidão. O autor Marcos Lacerda é psicólogo e influenciador digital. Nascido em João Pessoa, Paraíba, é mestre em Psicologia Social. Atende em sua clínica particular desde 1993. Dono do canal Nós da Questão, no YouTube, com mais de 2 milhões de seguidores, Marcos quer democratizar a psicologia pela internet, levando as pessoas a refletirem sobre as próprias emoções e a repensarem seus relacionamentos afetivos.