Desde o último ano, o Ministério da Cultura especula sobre a criação de um circuito de feiras literárias pelo país. Em maio de 2023, Fabiano Piúba, secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, abordou o assunto em sua participação no Sabatina PublishNews e, em abril deste ano, o plano foi abordado novamente em uma audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O assunto evoluiu e no último dia 12 o ministério se reuniu com o Banco do Brasil para viabilizar a ação, que passa agora por uma negociação processual. A ideia é a criação de um Edital de Patrocínio de Feiras e Ações Literárias específico para o circuito nacional de feiras e festividades, que engloba ainda saraus e slams. No encontro, o MinC apresentou uma proposta ao BB com o objetivo de financiar circuitos literários no valor de R$ 1 milhão nas cinco regiões do país, para pelo menos dez feiras ou festivais literários existentes em cada região. Detalhes sobre a operacionalidade do edital fazem parte das conversas atuais e o Ministério deve fornecer mais informações em breve. “O estado de Pernambuco, por exemplo, poderia fazer uma proposta de um circuito de feiras que possa englobar três municípios de Pernambuco, três da Paraíba e três de Alagoas. No mínimo, tem que ser dez feiras”, explica Piúba. “Será um recurso voltado para a propagação dessas feiras de áreas distantes, mas que possam ser compreendidas como uma rede. Isso vai estabelecer uma potencialidade para que elas possam se conectar melhor dentro dos seus territórios. Porque, às vezes, um município menor nem sabe que ao seu lado tem outra feira ou festival literário”, completa. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A gente tem falado bastante de Inteligência Artificial (IA). No último mês participei de uma mesa em um evento, dei uma entrevista só sobre isso para uma newsletter e estou aqui, usando meu artigo mensal, para falar do assunto – sem falar que na Comissão de Inovação e Tecnologia da CBL (Câmara Brasileira do Livro) é nossa pauta constante. A verdade é que ainda existem muitas dúvidas quase que iniciais sobre a IA e sobre como se dá seu uso, sob o aspecto legal (quem, por exemplo, é o dono de um conteúdo produzido por uma ferramenta), mas também sobre o aspecto prático (que ferramenta utilizar, como e quando ela é mais útil e por aí vai). E claro, como outro aspecto, temos as visões apocalípticas de para onde vamos com o avanço desenfreado da tecnologia e caso uma regulação e regras não forem colocadas para que o uso seja em prol de todos e não algo excludente e perigoso. Mas isso é assunto pra um outro momento. O que quero com esse artigo é trazer minha visão sobre onde a IA está posicionada na minha cabeça e no meu uso dela. Pra isso quero de maneira ousada mudar o uso dessas duas letras: I e A. Ao invés de falarmos sobre Inteligência Artificial, quero falar sobre Instrumentos de Ajuda. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois novos editais. O primeiro visa registro de preços para aquisição de livros literários em uma grande cidade de São Paulo, e o valor ultrapassa R$ 7,5 milhões. O segundo tem valor ainda mais significativo, de R$ 27 milhões, e procura comprar livros paradidáticos para alunos e professores de Educação Infantil, Fundamental I e II, e EJA. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana temos duas novidades publicadas pela Asinha. Sonho de um Curumim é uma obra que entrelaça sonho à magia da infância. A história da autora Leninha Garcia - que estudou Psicologia e atua como musicista, escritora e neuropsicóloga, no apoio diagnóstico e atendimentos clínicos da infância e adolescência - leva o leitor a um passeio pela infância, um retorno a um tempo onde a imaginação dita as regras e os sonhos são tecidos com fios de magia. Já em Papai está triste, Mariana Kaludin Sarro presenteia o leitor uma obra poética e profunda que aborda a delicada jornada de um filho diante do transtorno mental de seu pai. A autora, advogada e mãe de João Pedro, mergulha nas águas da sensibilidade infantil, inspirando-se na vida cotidiana para oferecer uma narrativa que ressoa com pureza e empatia. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O podcast da Plenitude Distribuidora, o PleniCast, completou um ano no último dia 13 de junho com mais 160 mil assinaturas no seu canal no YouTube. O podcast foi criado pela Plenitude Distribuidora, empresa referência no atacado e varejo de bíblias e livros cristãos, para difundir mensagens de interesse de seu público alvo. Segundo os responsáveis pela empresa, o objetivo principal do podcast não é alavancar as vendas da distribuidora, que concentra seus negócios no e-commerce, mas eles reconhecem que existe um alto tráfego de visitantes no site oficial de vendas da empresa oriundos do canal no YouTube. O primeiro episódio foi ao ar em junho de 2023 e contou com a entrevista do pastor Sezar Cavalcante, que abriu caminho para outras participações como o pastor e arqueólogo Rodrigo Silva, Hernandes Dias Lopes, Luciano Subirá, Eduardo Feldberg (O Primo Pobre) e Teo Hayashi. O entrevistado que teve mais repercussão entre o público até o momento foi o deputado federal Nikolas Ferreira, superando 300 mil visualizações. Atualmente, o PleniCast tem mais de 50 episódios no ar. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com o objetivo de apoiar a produção de novas evidências científicas que poderão embasar políticas públicas na área da Educação no Brasil, a Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE), com apoio do Instituto Ayrton Senna (IAS), está oferecendo fomentos à pesquisa por meio do Edital de Pesquisa Científica sobre Intervenções em Alfabetização. O prazo de inscrição é até 18 de agosto de 2024. As propostas devem focar na investigação das intervenções mais eficazes em alfabetização no Brasil. Após serem aprovados pelas organizações, os projetos terão até 24 meses para serem desenvolvidos. As inscrições devem ser feitas através dos formulários disponíveis clicando aqui. Dentre os objetivos específicos, a iniciativa pretende estimular o fortalecimento e a ampliação de pesquisas focadas na alfabetização como ferramenta de políticas públicas na Educação, bem como divulgar os resultados alcançados para integrar a pesquisa de intervenções em alfabetização à dinâmica dos sistemas públicos de educação básica. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O espetáculo Copo vazio, com direção de Bruno Perillo, fez sua estreia há pouco mais de um mês, no Sesc Belenzinho, com ingressos esgotados antes do fim da temporada, e agora inicia uma nova temporada teatral, gratuita, no TUSP Maria Antônia (Rua Maria Antônia, 294 – São Paulo / SP), entre os dias 5 e 21 de julho, com sessões às sextas e sábados, às 20h e, aos domingos, às 18h. A peça é a primeira adaptação do livro de Natalia Timerman, feita pela dramaturga Angela Ribeiro, e reflete sobre a necessidade de se desenvolver a responsabilidade afetiva. Com idealização de Carolina Haddad, o espetáculo busca reconstruir a trajetória de Mirela e Pedro, personagens do romance que viveram um intenso relacionamento por três meses até que Pedro decide sumir de maneira repentina. A psiquiatra e escritora brasileira Natalia Timerman lançou o livro Copo vazio (Todavia) em 2021, um romance dedicado a falar sobre uma experiência de abandono por uma perspectiva contemporânea. Criada a partir de sua própria experiência com um ghosting (termo atualmente usado para designar o desaparecimento voluntário e repentino de alguém em um relacionamento amoroso, sem quaisquer explicações ou aviso), a obra é um romance de ficção. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Neste sábado (6), às 20h, a peça Mãe e Filho, adaptada do texto do Nobel de Literatura 2023 Jon Fosse, estreia no Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 – São Paulo / SP). Ingressos disponíveis aqui. Em Mãe e Filho, Fosse consegue fazer com que o que é próximo se torne estranho e o que é estranho se torne próximo. Com um estilo poético de prosa bastante peculiar, a narrativa ganha uma simplicidade acentuadamente musical e rítmica em que o silêncio ocupa o lugar do que não é dito. Com direção de Lavínia Pannunzio e Carlos Gradim, a montagem representa essa jornada de dois sujeitos tentando se conectar. Estranhos unidos por um acidente de nascimento décadas atrás, a mãe (interpretada por Vera Zimermann), reacendendo a memória; o filho (interpretado por Tiago Martelli) se perguntando se o melhor seria não ter nascido, ambos os personagens tentam se reconhecer após anos de hiato e tendo a maternidade como único elo que os conecta. Projeto concebido originariamente pelo ator Tiago Martelli, a montagem se tornou possível com a formação dos núcleos criativo e técnico coordenados pela Mosaico Produções e com a realização do Sesc. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

7 dias (Telha, 102 pp, R$ 49), livro de estreia da jornalista Sabrina Moraes, é um romance que fala sobre o encontro inesperado entre dois jovens no elevador de um hotel em São Paulo. Prestes a completar 35 anos, Olívia é uma publicitária em ascensão e está focada no trabalho desde que seu namorado, Levi, recebeu uma proposta para morar fora do país, há pouco mais de três meses. Durante uma viagem profissional, Olívia tem um repentino encontro com Paulo, de 37 anos. Avesso a relacionamentos convencionais, Paulo provoca em Olívia o desejo de viver intensamente os próximos sete dias em que passarão hospedados no mesmo andar do hotel, ignorando todos os riscos a que possam estar se submetendo ao decidirem mergulhar de cabeça nessa irresistível e excitante jornada. Dividido em duas partes, 7 dias traz a história contada pelas perspectivas de Olívia e de Paulo, mantendo um ritmo envolvente. A trama mostra, aos poucos, particularidades que levam o leitor a entender as escolhas de cada um dos personagens deste intenso romance que tem prazo para terminar. Ou não.

Jinbôchô é o bairro das livrarias e um paraíso para os leitores. Um canto tranquilo em Tóquio, a poucos passos do metrô e dos grandes edifícios modernos, com vitrines e mais vitrines cheias de livros, novos ou usados. Entre elas está a livraria Morisaki, um pequeno estabelecimento que, de tão estreito, mal comporta cinco pessoas de uma vez, mas também um espaço acolhedor, intimista e especial; com livros por toda parte. Um negócio familiar há anos gerido por Satoru, que recentemente passou a contar com a ajuda de sua mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai administrar a livraria enquanto os tios viajam para celebrar o aniversário de casamento. Takako instala-se mais uma vez no andar de cima da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico. Mas dessa vez ela não se sente mais sozinha; ela conta com novas histórias, novos amigos e novos rituais para compor a sua vida. Com o passar do tempo, Satoru, com a ajuda de Takako, deve enfrentar uma difícil escolha que os levará a uma jornada emocionante de volta às raízes da família. e os lembrará novamente do poder que uma livraria pode ter para a existência de um indivíduo, de um bairro e de toda uma cultura. Em Uma noite na livraria Morisaki (Bertrand, 208 pp, R$ 54,90 – Trad.: Tomoko Gaudioso), Satoshi Yagisawa revisita o amor pelos livros e pelas livrarias, explorando conexões que os amantes da literatura encontram em suas páginas e prateleiras.

Will e Rosie orbitam polos opostos quando se conhecem, na adolescência: ela pensa demais, ele é o amigo rebelde e imprevisível do irmão gêmeo dela; uma sonha em estudar em Oxford ou Cambridge, o outro não cogita entrar na faculdade. É quando fazem caminhadas no gelo, conversam ao redor de uma fogueira e trocam telefones que uma conexão inesperada, rumo ao que parece ser uma história de amor, começa a se estabelecer. Mas uma tragédia interrompe de vez a ideia de um futuro conjunto. Os anos passam e os laços que unem Will e Rosie se mostram surpreendentemente fortes. Sempre que se encontram são tomados pela dúvida do que poderia ter sido deles caso aquilo não os tivesse separado. O que fazer quando a pessoa de quem você deve se afastar é aquela que não consegue esquecer? Claire Daverley nasceu em 1991 e começou a escrever aos seis anos, inspirada pela arte, pelos filmes e por muitas visitas à biblioteca. Depois de se formar na Universidade de Oxford, ela passou a trabalhar no mercado editorial, escrevendo sobre literatura de dia e criando suas obras à noite. Vive na Escócia com o marido e um cachorro spaniel. Conversas na madrugada (Paralela, 384 pp, R$ 64,90 – Trad.: Lígia Azevedo) é seu livro de estreia.

No seu novo romance, (entre) (Tinta Negra, 104 pp, R$ 52,90), a autora Nathercia Lacerda, conhecida por sua exploração poética das conexões humanas, desdobra-se na história da brasileira Ana. A protagonista é uma artista da dança que navega pelas complexidades e reviravoltas inesperadas da vida. A personagem vive entre a França e a Alemanha, convive com outros artistas e amigos, entretanto, um vazio profundo molda sua existência. (entre) não é apenas uma narrativa sobre navegar nas paisagens do amor e da perda, mas também um comentário pungente sobre a experiência contemporânea do migrante, identidade e o poder transformador da arte. Em meio ao luto, cartas e caixas com antigos guardados são vetores que desempenham suas funções de manterem as conexões vivas. Este romance que mostra uma mistura da prosa lírica com profunda ressonância emocional, oferecendo aos leitores uma visão multifacetada dos desafios e belezas da vida moderna, ecoando o próprio engajamento da autora com questões de justiça social e direitos humanos.

Como sua vida poderia ser diferente se tivesse tomado outras decisões no passado? E se para experimentar uma realidade totalmente diferente da sua tudo o que você precisasse fosse de um… sótão? Essa é a premissa de Os maridos (Intrínseca, 352 pp, R$ 69,90 – Trad.: Mariana Moura), romance de estreia da escritora australiana Holly Gramazio. A obra imagina um mundo no qual uma mulher tem o poder de alterar toda a sua vida trocando de marido quantas vezes quiser — sem divórcios ou corações partidos — e mostra por que essa situação pode não ser tudo o que ela sonhou. É uma noite aparentemente comum quando Lauren volta para seu apartamento no sul de Londres após uma festa. Exceto por um detalhe: há um homem no imóvel — e ele é seu marido. Ela tem certeza de que nunca o viu antes, mas todos os seus amigos e familiares o conhecem. Seu celular possui fotos dos dois juntos. E tudo na casa parece atestar que os dois são de fato um casal. As coisas ficam ainda mais estranhas quando o homem vai ao sótão para trocar uma lâmpada e outro desce no lugar. Mais uma vez, toda a vida pregressa de Lauren é reescrita até o presente momento sem que ela tenha qualquer lembrança dos últimos anos. E de novo. E de novo. Após realizar diversas pesquisas inconclusivas sobre os insólitos acontecimentos provocados pelo andar de cima, a moça percebe que não há nada que possa fazer sobre sua situação. Diante de uma infinidade de possibilidades inauguradas a cada novo marido, Lauren fica cada vez mais atordoada ao se perguntar: a vida perfeita existe? Holly Gramazio usa de sua experiência como designer de jogos para criar uma narrativa original e dinâmica baseada em uma hipótese absurda, mas que provoca intensas reflexões sobre as dúvidas que nos acompanham ao longo de toda a nossa existência.