O episódio do Podcast do PublishNews desta semana apresenta um dos painéis do 3º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, realizado na semana passada em Atibaia (SP) pela Câmara Brasileira do Livro, sobre inteligência artificial. O evento reuniu profissionais e especialistas para debater tendências e inovações do setor editorial. O painel era intitulado "IA e seus impactos práticos no setor editorial: o que mudou no dia a dia do seu trabalho?", e teve as participações de André Palme (Sócio e CMCO do Skeelo e Coordenador da Comissão de Inovação e Tecnologia da CBL), Camila Cabete (Head de Conteúdo e Sócia na Árvore e membro da Comissão de Inovação e Tecnologia da CBL), Ricardo Costa (CEO da MVB América Latina) e mediação de Fabio Uehara, diretor editorial da Tocalivros e apresentador do Podcast do PublishNews. O painel esmiuçou funções e usos da inteligência artifical no trabalho diário, nas possibilidades de aplicação no mercado editorial, e também comentou medos e perspectivas sobre o assunto. Um dos assuntos abordados foi a possibilidade de se produzir audiolivros com a ferramenta. Clique no Leia mais para ver a nota na íntegra.

A Revista Crescer divulgou a sua tradicional lista com os 30 melhores livros infantis do ano, selecionados a partir de indicações de um time de jurados. Segundo a revista, a "voz diversa brasileira" está presente nas obras escolhidas, “na história, no traço e na escolha das palavras, nos termos e significados”. Livros de formatos variados, de editoras grandes e pequenas, estão entre os destaques escolhidos pela revista. A lista deste ano foi dedicada a Maria Angela Aranha, proprietária da livraria Casa de Livros, e que faleceu em junho passado. Vencedora do Bologna Ragazzi Award deste ano na categoria Toddler, a obra Dia de Lua, de Renato Moriconi, é um dos destaques da lista. A obra foi lançada pela Jujuba Editora, assim como Eu primeiro!, de Lúcia Hiratsuka, que também aparece na seleção. Obras como Domingo, de Marcelo Tolentino; e Omo-oba, de Kiusam de Oliveira e Ayodê França, ambas publicadas pela Companhia das Letrinhas; Mandí Reko, de Luã Apyká e Anna Bheatriz Nunes; e Quando as coisas desacontecem, de Alessandra Roscoe e Odilon Moraes, publicadas pela Gaivota; e Mergulho (Editora do Brasil), de Volnei Canônica e Mariana Massarani também foram escolhidas. Treze editoras contam com obras na lista. Clique no Leia mais para conferir a lista completa da seleção.

O 3º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, realizado na última semana em Atibaia (SP), intensificou um debate que anda quente no país: a relação entre editoras e livrarias. Abalada pelo menos desde a crise das grandes redes em 2018 (ou, desde antes, com a chegada da Amazon e sua política de descontos), a relação ganha novos capítulos com a iminência da apreciação da Lei Cortez no Senado, o crescimento das vendas por sites próprios das editoras e os descontos oferecidos em feiras universitárias do livro, por exemplo. A coluna Painel das Letras, de Walter Porto, abordou o assunto. Para a coluna, grandes e médias casas editoriais relataram ter sido abordadas de forma incisiva pela Associação Nacional de Livrarias. "O clima geral não é de hostilidade contra as lojas, mas um editor proeminente expressou à coluna que, no cenário de hoje, é possível estruturar todo o negócio de uma editora sem passar por uma livraria, e não adianta 'querer parar o tempo'", diz a reportagem. Em resposta, o presidente da ANL, Alexandre Martins Fontes, citado nominalmente no texto, questiona: "Porque afirmamos que estamos todos (editores, livreiros, distribuidores) no mesmo barco? Porque temos dito que precisamos lutar pela preservação do ecossistema do livro? Por que queremos um mercado mais forte e mais saudável? Por que queremos mais livrarias nas ruas das nossas cidades? Por que achamos anti-ético as editoras venderem seus livros para o consumidor final por preços inferiores aos que eles, editores, estabeleceram? Porque entendemos que é inadmissível os editores serem fornecedores e, simultaneamente, concorrentes das livrarias? Em outras palavras, estão ofendidos porque estamos falando o óbvio?", disse, em uma mensagem de texto enviada ao PublishNews. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A convite do conselho de administração do Ubook, plataforma de audiolivros por streaming criada por Flávio Osso, Luiz Fernando Pedroso é o novo CEO da empresa. Entre os principais objetivos dessa nova gestão, estão o desenvolvimento das parcerias internacionais e do conteúdo e a sequência da jornada de alcançar mais assinantes. "Fico muito entusiasmado para dar continuidade ao trabalho de entrega de conteúdo relevante aos nossos milhares de assinantes, bem como para continuar inovando e expandindo as nossas parcerias e produção de conteúdo", diz Luiz ao PublishNews. Com a mudança, Pedroso deixa o cargo de CEO da LVM Editora, e quem assume a direção geral é Chiara Ciodarot, autora, pesquisadora, professora, revisora, preparadora e doutora em Literatura Brasileira. "Estou animada por poder começar uma nova fase na LVM Editora, mantendo a base criada pelo Pedroso, em busca de crescimento”, disse. Tanto Pedroso quanto Ciodarot passam a ser consultores da The Gift Box Editora e YDreams.

Como parte das celebrações do seu 20º ano, a editora curitibana InVerso está em busca de narrativas cativantes de terror, horror e suspense para compor um livro que promete muito mal-estar e agonia. Focada na temática crime scene (termo popularizado em inglês nas redes sociais para “cenas de crime”), a editora vai selecionar 20 contos provindos de todo o país, que serão publicados em forma de antologia pelo selo InVerso Aposta. Os interessados em participar do concurso devem enviar suas histórias até o dia 20 de junho de 2024. A Editora foi fundada em abril de 2004. "Queremos dar voz aos escritores talentosos que têm o poder de nos transportar para os reinos de delírio, mistério e suspense, algo que está sendo muito promissor no mercado literário brasileiro. Este é um convite para todos os contadores de histórias, novatos e veteranos, compartilharem suas narrativas mais assombrosas conosco”, convoca Cristina Jones, Publisher da Editora InVerso. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Editorial Record está contratando prestadores de serviço MEI para trabalhar, no período de 4 a 15 de setembro, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Serão de seis a 12 dias de prestação de serviço, com 9h de trabalho por dia e 1h de intervalo para almoço. As atividades que serão realizadas incluem o atendimento ao público; atendimento no caixa; reposição de livros nos estandes; empacotamento de livros; suporte para descarregar e transportar os livros até o estande; monitoramento das filas internas e externas de acesso às portas do estande; e suporte geral na montagem e distribuição de brindes. Se você se identifica com o segmento editorial, possui MEI ativo, emite nota fiscal e gostaria de trabalhar neste evento, envie seu currículo, até o dia 14 de junho para o e-mail recrutamento@record.com.br com o assunto: “Bienal SP” e aguarde nosso contato,

A Ciranda Cultural está à procura de um promotor para realizar a divulgação de livros do catálogo infantil e adulto da editora nas principais livrarias do Rio de Janeiro. As atribuições do cargo ainda incluem a coleta de informações sobre tendência de mercado, ações concorrentes, pontos de melhoria, soluções e ações estratégicas; treinamento de equipe nas livrarias; manter bons relacionamentos com gerentes/coordenadores das lojas; sugerir e ajudar na arrumação dos livros; e reportar os resultados positivos ou negativos das visitas. São requisitos: morar na cidade do Rio de Janeiro ou cidades próximas; ter paixão pela leitura; experiência prévia em livrarias; excelentes habilidades de comunicação verbal; e facilidade para atendimento ao cliente e conversação. Interessados devem encaminhar currículos para elaine.santos@cirandacultural.com.br até 14 de junho.

Na última semana, a Apple anunciou que as obras selecionadas no Reese’s Book Club – clube do livro da atriz e empreendedora Reese Witherspoon – estão disponíveis no Apple Books. As obras contam ainda com uma página dedicada na plataforma com uma seleção de audiolivros com histórias focadas em mulheres. Os audiolivros em destaque serão escolhidos pela equipe da atriz – conhecida por sucessos como Legalmente loira e The Morning Show – em parceria com a Apple Books. O primeiro livro a receber o destaque é The Unwedding, de Ally Condie, descrito como uma mistura da série The White Lotus e as obras de Agatha Christie. Na trama, uma recém-divorciada vai passar as férias no resort Big Sur até que ela descobre um cadáver no dia de um casamento. A parceria foi comemorada pelo vice-presidente sênior de serviços da Apple que destacou que os clientes da empresa “agora podem desfrutar de coleções editoriais temáticas e recomendações exclusivas de audiolivros da comunidade de Reese, apenas no Apple Books”. Em 2019, a empresa fez algo parecido quando anunciou o Oprah's Book Club, em parceria com a apresentadora Oprah Winfrey. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O enredo do novo romance de Luis S. Krausz, O outono dos ipês-rosas, foge ao lugar comum. “Poucas coisas acontecem, no sentido tradicional dos enredos, nas páginas deste livro”, revela o autor. Na obra, publicada pela Cepe Editora, o personagem Martin Stieglitz é um herdeiro. Não apenas dos bens que garantem uma vida confortável, sem exuberâncias, em um dos bairros nobres da capital paulista, mas de gostos, hábitos e valores da família, que migrou da Europa com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha. Em seu conforto, o protagonista compartilha as heranças com um círculo de descendentes de imigrantes de sua mesma origem: judeus vindos do universo austro-alemão. O lançamento será nesta segunda-feira, dia 10 de junho, na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513, Pinheiros – São Paulo / SP). Antes dos autógrafos, o autor participa de um bate-papo sobre a obra com o crítico literário Márcio Seligmann-Silva. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Pouco depois de Rita aparecer morta na igreja que costumava frequentar, a investigação do que teria ocorrido se dá por encerrada. Sua mãe Elena é a única que não desiste de esclarecer o crime. Em Elena sabe (Morro Branco, 160 pp, R$ 59,90 – Trad.: Elisa Menezes), de Claudia Piñeiro, a personagem é acometida pela doença de Parkinson, seu tempo é contado em comprimidos, o que a torna a pessoa menos indicada para encabeçar a busca por um assassino. Uma penosa viagem dos subúrbios à capital argentina e uma conversa reveladora guiam a trama deste finalista do International Booker Prize, um romance íntimo e crítico no qual o corpo feminino é o verdadeiro protagonista. Claudia Piñeiro nasceu em Buenos Aires, em 1960, e trabalha como escritora, dramaturga, roteirista de televisão e colaboradora em diversos meios de comunicação. É internacionalmente reconhecida por seus romances policiais, e uma das principais vozes contemporâneas da Argentina. Autora de pelo menos vinte obras, recebeu diversos prêmios dentro e fora de seu país, obtendo também grande destaque no mercado audiovisual. Além disso, tornou-se figura ativa em apoio ao reconhecimento da escrita como profissão e ao movimento pelos direitos das mulheres, voltando sua literatura cada vez mais para temas políticos e atuais. Elena sabe foi adaptado para filme pela Netflix em 2023. A escritora é uma das convidadas d'A Feira do Livro 2024.

Ao criar uma história que entrelaça presente e passado, a autora norte-americana Ann Patchett fala em Tom Lake (Intrínseca, 368 pp, R$ 69,90 – Trad.: Camila von Holdefer) sobre o amor em suas diversas formas — romântico, familiar e bucólico — e em diferentes momentos da vida. As várias camadas narrativas do livro oferecem uma rica reflexão sobre a importância das pequenas alegrias em meio a períodos de sofrimento, o exercício de contar a própria história e a diferença entre escolha e destino. O pano de fundo da trama é a primavera de 2020. Enquanto a pandemia assola o mundo e enche os noticiários com angústia e desesperança, as três filhas de Lara se veem obrigadas a voltar para a fazenda da família no norte de Michigan. Afastadas da rotina e das respectivas faculdades, Emily, Maisie e Nell dedicam os dias à colheita de cerejas, principal negócio de seus pais. Para ajudar a passar o tempo, imploram à mãe que lhes conte a história de Peter Duke, um ator famoso com quem ela dividiu o palco na juventude e viveu um romance de verão em uma companhia de teatro chamada Tom Lake. À medida que a história se desenrola, enquanto as filhas analisam as próprias vidas e o relacionamento com a mãe, Lara pensa sobre suas escolhas e os caminhos que a levaram até ali. Tom Lake é um livro repleto de antagonismos, e talvez o maior deles seja a existência de momentos de alegria e leveza em meio ao sofrimento.

"Um dia talvez eu conte para a mãe que eu conheci o que vi o que vivi o que aprendi sobre os homens o que sou e o que gosto do que me deram os anos passados na sua ausência. Talvez mostre estas palavras ou talvez deite em seu colo e suspire como uma velhaque cultiva em um quarto escuro uma árvore seca e morta que ela amará até o dia em que nem lembrança brote". No romance experimental Merci (Dublinense, 96 pp, R$ 64,90), escrito por Robertson Frizero, o leitor acompanha Merci numa caleidoscópica jornada em busca de quem é e da própria história. Sua voz questiona desde seu passado à forma como as pessoas reagem ao seu modo singular de ser e estar no mundo, e nos faz submergir numa personalidade moldada num contexto de brutalidade e delicadeza. Robertson Frizero é escritor e tradutor, mestre em Teoria da Literatura pela PUCRS. Seu romance de estreia, Longe das aldeias, foi finalista do Prêmio São Paulo e teve os direitos de tradução vendidos para o persa e o árabe. Nascido no subúrbio do Rio de Janeiro em 1969, iniciou sua carreira literária em Porto Alegre, adotando a cidade como seu lugar no mundo. Hoje vive em Florianópolis.

Escrito por Elliot Fletcher, Alto teor amoroso (HarperCollins, 417 pp, R$ 59,90 – Trad.: Carolina Candido) acompanha April Sinclair. Depois de ver a carreira de sucesso ser transformada em nada, ela quer apenas se recolher e cuidar das feridas. Assim, ela volta para a ilha de Skye, na Escócia, o lugar de onde partiu há muito tempo, e decide ocupar a cabeça com a destilaria de uísque do seu falecido avô. Mas melhorar os negócios da família se torna uma tarefa difícil ao adicionar o fator Malcolm Macabe, um belo gigante nada acostumado a trabalhar em equipe e atual responsável pela destilaria. Apesar de se conhecerem desde a adolescência, Mal está completamente diferente do jovem tímido de que April se lembrava, e deixa bem claro que a presença dela não é mais bem-vinda. Mal não tem energia para lidar com princesas mimadas, mesmo que esta princesa seja sua paixonite adolescente. Ele sabe que ela vai ficar entediada e voltar, sem olhar para trás, para seu mundo glamuroso e pomposo. Mas os dias passam, e nada de April ir embora. Na verdade, Mal percebe que eles compartilham um amor por cinema, por conversas em mensagens de texto e pela própria ilha. Até os cachorros dos dois começam a ficar codependentes. Mas como chegar ao equilíbrio com personalidades completamente opostas?

Em Um amor imortal (Bertrand Brasil, 322 pp, R$ 69,90 – Trad.: Juliana Romeiro), escrito por Rowan Coleman, após receber a notícia de que o aneurisma cerebral responsável por suas dores de cabeça pode romper a qualquer momento, Ben Church deixa para trás a casa, o trabalho, a mãe e a irmã, e pega um trem de última hora para Londres, onde decide que vai aproveitar o tempo que lhe resta, vivendo tudo o que, durante seus 32 anos, ele vinha deixando para depois. Vita Ambrose é especialista em história da arte e atual curadora, num charmoso museu londrino, da exposição temporária de retratos pintados por Leonardo Da Vinci. Depois de uma vida de incontáveis tragédias, ela tem ali a chance de desvendar o mistério que há tempos a intriga: teria Da Vinci escondido no retrato La Belle Ferronnière o segredo do elixir da imortalidade que os alquimistas tanto almejaram produzir? Achar essa resposta é a última tarefa que ela se dá antes de poder abandonar de vez a existência. Quando Ben vê o cartaz da exposição por acaso na rua, fica hipnotizado pela Belle: a mulher de olhos castanhos e tristes que o encara da tela parecendo querer dizer que está presa a um fardo do qual não consegue se livrar. Exatamente como ele. E isso o abala. Ben não acredita em destino, mas fica ainda mais abalado quando esbarra com a responsável pela exposição: Vita é a mulher mais apaixonante que ele já conheceu na vida, e, pelo jeito, ele é exatamente a pessoa de quem ela precisa para conseguir enxergar o que não se vê a olho nu, nem por meio das tecnologias atuais: Ben é engenheiro e acabou de desenvolver um instrumento óptico inédito que poderia muito bem ser a ferramenta certa para trazer à luz o que Da Vinci teria ocultado.