Assuntos ligados ao mercado digital, como o caminho do e-book, o dia a dia do e-commerce, metadados, o que as editoras têm a aprender com o TikTok – e a questão da Lei Cortez, e consequentemente a relação entre editoras e livrarias – marcaram o segundo dia do 3º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Se na segunda edição do EELDG as discussões buscaram entender como funcionaria a Lei Cortez na prática, apresentando números e pedindo para que o mercado já trabalhasse para executá-la, nesta edição o que se viu é que ainda há empecilhos e ações que devem ser coordenadas entre os elos da cadeia do livro. A percepção geral é de que a aplicação da Lei parece estar ainda mais distante. “Temos que entender que estamos todos no mesmo barco”, disseram algumas vezes o editor e livreiro Alexandre Martins Fontes, presidente da ANL, e Guido Cervetti, gerente comercial da Big Sur (distribuidora argentina), no painel que abordou a Lei Cortez e as diferenças entre Brasil e Argentina. Cervetti deu um panorama de como a chamada Lei de Defesa da Atividade Livreira (Lei do Livro) funciona há 23 anos. “Nunca falamos sobre um preço fixo. O preço fixo é uma mentira”, disse. Na Argentina, a regulamentação do preço se fez necessária pelos mesmos motivos que vemos no mercado brasileiro: para que as livrarias tenham os mesmos descontos que os grandes players e, assim, uma competição mais justa. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A mesa de abertura do 3º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos – a reunião anual promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em Atibaia (SP) – foi uma entrevista com o vice-presidente de áudio da Bookwire, Videl Bar-Kar, nesta quarta-feira (5). “O audiolivro é para as editoras de todos os tamanhos”, afirmou no painel, mediado pelo jornalista da Folha de S. Paulo Walter Porto. “Minha recomendação é para o editor nunca pensar que áudio não é para ele. O melhor caminho para descobrir como fazer é conversar com as pessoas e com especialistas sobre o assunto”. Videl é britânico e também já foi diretor de novos negócios e head de áudio da distribuidora digital alemã. A filial brasileira da Bookwire é líder de mercado e trabalha com cerca de 700 editoras e 80 mil livros digitais. “Desde que cheguei ao Brasil, já tive reuniões interessantes com diversos profissionais do audiolivro, e acho que consigo avaliar em que estágio está o mercado atualmente. O mercado brasileiro está numa jornada e tem muito potencial. Não acho que há algo errado, não sei se existe um problema, mas a visão de longo prazo deve ser de continuar a investir nos audiolivros”, comentou – e um dos motivos é que eles são o principal impulsionador do crescimento do livro digital em diversos mercados do mundo. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Nesta sexta-feira (7), o Podcast da Página Cinco, do jornalista Rodrigo Casarin, publicou uma entrevista com o editor Jiro Takahashi, homenageado na mais recente edição do Prêmio PublishNews. O papel de um editor, os caminhos para a formação dos leitores e alguns dos livros fundamentais da vida de Jiro foram alguns dos assuntos da conversa. O Globo noticiou a aprovação do Cade sobre a venda da Skoob à Skeelo, pela Americanas. A transação ainda não foi anunciada oficialmente pela varejista. A ação faz parte dos esforços da Americanas para fazer caixa após o escândalo de fraude contábil. Com a venda, o Skeelo absorverá 100% da Skoob. Uma reportagem na Folha de S. Paulo afirma que o diretor Alex Gibney, vencedor do Oscar, será o responsável por dirigir o documentário sobre a tentativa de assassinato do escritor Salman Rushdie. Em 2024, ele lançou um livro sobre o ataque sofrido em 2022 chamado Faca: Reflexões sobre um atentado (Companhia das Letras). No Valor Econômico, Rui Campos, fundador da Livraria da Travessa, conta por que é favorável à Lei Cortez. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em uma semana com poucas movimentações na Lista de Mais Vendidos do PublishNews, um livro na categoria Negócios explora um dos temas mais discutidos na sociedade – e no mercado editorial – atualmente, a inteligência artificial. Indo além com IA (Alta Books), de Thomas H. Davenport e Nitin Mittal. Os autores são pesquisadores e consultores na Deloitte, e o livro busca mostrar como empresas multinacionais estão apostando na nova tecnologia em seus processos. "A maioria das empresas faz apostas modestas em Inteligência Artificial. Mas há um grupo de empresas de classe mundial apostando tudo nessa tecnologia", diz a sinopse do livro. "Está curioso sobre a próxima etapa na implementação da IA nas empresas? Deseja adotar essa tecnologia de forma mais robusta? Este livro mostra o que as empresas de ponta que já adotaram IA estão fazendo". O tema vem sendo amplamente discutido no Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, promovido pela Câmara Brasileira do Livro em Atibaia (SP) e que reúne líderes e profissionais do setor para trocar ideias sobre os principais assuntos do mercado no Brasil e no mundo. Uma das principais questões debatidas é a regulamentação do uso da IA, bem como a remuneração para produtores de conteúdo e detentores de direitos autorais. Na Lista, a outra novidade da semana é 100% você (Literare Books), de Eliana Pigatto, na categoria Autoajuda. No livro, a especialista em desenvolvimento pessoal compartilha sua história de vida. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

No sábado (08), das 15h às 17h, a Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 – São Paulo / SP) recebe o programa Segundas Intenções Especial, em homenagem ao escritor e desenhista brasileiro Ziraldo, que faleceu em abril de 2024. O evento trará um bate-papo com os convidados Lorena Kaz, Luiz Carlos Fernandes e Attílio, sob mediação do jornalista Marcelo Alencar. O programa especial realizado pela biblioteca é uma forma de reconhecer e honrar a vasta contribuição de Ziraldo à literatura e à arte brasileira, proporcionando ao público participante uma oportunidade de conhecer mais sobre sua vida e obra através das perspectivas dos participantes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com mais de 40 mil visitantes, a 29ª edição da Bett Brasil, evento de Inovação e Tecnologia para Educação, disponibilizou os episódios do Conexão Bett – espaço preparado para transmitir entrevistas e takes ao vivo durante os quatro dias do evento, realizado em abril em São Paulo. Para aqueles que não puderam comparecer à Bett Brasil ou querem rever os episódios diários, o conteúdo do Conexão Bett está disponível no Youtube e nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts, entre outras. Entre os convidados que passaram pelo Conexão, estiveram: a EDU Industry Advisor Americas da Microsoft, Vera Cabral; a diretora de Cursos Extraordinários e Prof. Titular de Jornalismo da Universidade de Zaragoza, Carmen Lazo; a diretora geral da Alura Start, Thais Pianucci; o psiquiatra e psicoterapeuta, Wimer Bottura; o Chief Scientific Officer do Ecossistema SQUARE, Ricardo Prado Schneider; o diretor comercial da Digix, Diego Ferreira; a Oficial de Projetos do setor de Educação da UNESCO no Brasil, Maria Rehder e a head de Parcerias de Conteúdos Educacionais, Infantis e de Saúde do YouTube, Clarissa Orberg. A próxima edição da Bett Brasil será realizada de 28 de abril a 1º de maio de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Muito aflito, o irmão mais velho corre para contar ao irmão mais novo: ele acaba de ver uma criatura apavorante! O que fazer? Como eles vão se defender? Preocupado, o mais novo vai para o quarto sem dizer uma palavra. Em Você não vai acreditar no que eu vi (Brinque-Book, 40 p, R$ 59,90), de Fran Matsumoto, o menino mais velho quer assustar o irmão, mas quem acaba levando o susto é ele mesmo. Fran também é autora de Minúscula, livro finalista do Prêmio Jabuti 2023 e da Mostra de Ilustradores da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha 2024, e explora a relação ― ora conflituosa, ora cheia de afeto ― entre irmãos em um contexto de dar medo. Um quarto escuro, uma sombra, um barulho: o desconhecido assusta. Fran Matsumoto nasceu no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Sempre desenhou, mas começou a estudar ilustração depois de se formar em biologia. Em 2021, seu primeiro livro como autora do texto e das imagens, Tatá, recebeu o selo Distinção Cátedra 10, pela Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio de 2020.

Em Desesquecida (Catavento, 40 pp, R$ 54,90), o texto de Suria Scapin nos traz o ponto de vista de uma menina que já perdeu uma porção de coisas, como um brinco de sua mãe, um livro que estava lendo, uma pedrinha da sorte e um ursinho de plástico. Os questionamentos sobre onde todas essas coisas foram parar ganham novos contornos quando a garota perde não um objeto, mas sim sua avó – e, depois, o gato Tião. Temas como saudade, luto, ausência, memórias e os movimento – da vida e do corpo – estão nas entrelinhas desta história, misturados com as reflexões da menina sobre sua tática para conseguir encontrar a avó, ou sobre como podemos nos (re)encontrar novamente quando nos perdermos de nós mesmos. As ilustrações de Lumina Pirilampus são conduzem instintivamente o leitor pelo imaginário infantil, com cores alegres e detalhes, que remetem ao brincar e ao lúdico. Outra característica visual da obra inclui a mudança de técnica, estilo e paleta de cores para marcar a divisão da narrativa em três partes (a nomeação dos objetos perdidos, a releitura de algumas lembranças da infância da avó e, por fim, as ideias da menina sobre suas próprias memórias), como se atravessasse, o percurso de descobertas da pequena narradora.

Quando Coraline ouviu pela primeira vez "Me empresta o lápis cor de pele?" e procurou entender o sentido daquela pergunta, a personagem questionadora coloca sua questão identitária em evidência. Em Um lugar para Coraline (Rocco, 40 pp, R$ 69,90), a pequena traz à superfície novas reflexões. Desta vez, a alegoria está em uma competição de natação, que revela de modo sutil problemas sociais normalmente deixados à margem ou minimizados. Alexandre Rampazo apresenta personagens que mergulham em questões como desigualdade e privilégios, mostrando que, na maioria das vezes, quem tem à disposição recursos limitados acaba tendo que se empenhar o dobro para ser "melhor do que o melhor duas vezes". Rampazo nasceu em São Paulo, formou-se em Design, foi diretor de arte e atualmente é autor e artista gráfico. Escreveu e ilustrou A cor de Coraline, também publicado pela Rocco, além de ter ilustrado por volta de sessenta títulos para outros autores.

Inspirados nas histórias clássicas da mitologia grega, a coletânea Monstrinhos da mitologia, da escritora Sylvie Baussier, possui três livros: Eu, Polifemo; Eu, Medusa e Eu, Minotauro (Minotauro, 100 pp, R$ 39,90 – Trad.: Carolina Grego Donadio). A obra dá voz aos monstros, humaniza suas trajetórias e ensina as crianças a não julgarem antes de conhecerem as diferentes versões que há de uma história. Indicado para crianças entre sete e 12 anos, os livros possuem uma linguagem adaptada, dialogando de forma divertida e simples com o público. Para tornar a leitura ainda mais fluida, as obras contam com um caderno de apresentação ilustrado que anuncia os personagens de cada trama. Além disso, no final das edições, há um acervo histórico, respondendo dúvidas pertinentes como: o que é a mitologia, quem são os monstrinhos e imagens de quadros, estátuas e poemas que os citam. Sylvie Baussier ultrapassa barreiras ao não contar a história pelo lado vencedor dos heróis gregos Ulisses, Perseu, Teseu. Na coleção Monstrinhos da mitologia, a autora busca dar voz aos mais frágeis, escutar o que eles têm a dizer sobre as próprias trajetórias e expor que até mesmo os monstros podem ter uma parte humana.

“Depois do fim, ainda há espaço para o amor e a esperança.” Essa é a mensagem que as palavras da autora Tamara Ellis Smith e as ilustrações em aquarela de Nancy Whitesides prometem levar aos leitores em O Luto é um elefante (Intrínseca, 32 pp, R$ 59,90 – Trad.: Stefano Volp). Em uma reflexão atemporal sobre como é perder alguém que amamos, a narrativa compartilha uma forma cuidadosa e criativa de como abordar o tema com as crianças. Por meio de metáforas com animais, o livro se mostra uma ferramenta valiosa para pais, responsáveis e educadores conseguirem apoiá-las e ajudá-las a entender suas emoções, sem mencionar a palavra “morte” ou episódios que a envolvem. A mensagem contida no livro serve para qualquer pessoa que esteja passando por um momento difícil e doloroso. O Luto é um elefante nos mostra que os sentimentos mais profundos e difíceis podem se transformar. Com o tempo, ficam menores e menos sufocantes. No início, é um elefante. Depois, uma corça. E então uma raposa, uma ratinha e, finalmente, um vaga-lume — sendo capaz de iluminar a noite mais escura e nos ajudando a trilhar nosso caminho, embalados pelo amor e pelas lembranças.