Mais uma categoria especial do Prêmio PublishNews, o Prêmio Catavento – Livreiro e Livraria do Ano, anuncia os finalistas da sua segunda edição. Em Livraria Destaque as finalistas são: Livraria Candeeiro, Livraria Leitura Parque Dom Pedro e Livraria da Vila Fradique. E em Livreiro do Ano, concorrem Cida Saldanha (Livraria da Vila Fradique), Erivan Soares Ferreira (Livraria Martins Fontes) e Melissa Veludo Guidorizzi (Degustadora de Histórias). Agora é com o público e com os leitores: ambas as categorias serão definidas por uma votação aberta. É possível votar neste formulário até o dia 29 de abril. Os vencedores serão anunciados na cerimônia de premiação do 8º Prêmio PublishNews, no dia 8 de maio, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974), a partir das 18h30. O evento tem entrada gratuita, mas é necessário fazer a inscrição neste link para participar. A cerimônia é sujeita à lotação do espaço. O Prêmio Catavento conta com a parceria da Bookinfo, Konekta e Literárius e tem como objetivo reconhecer e divulgar projetos e profissionais que encontraram maneiras de manter as livrarias crescendo, trouxeram novas ideias para vender livros e desenvolveram projetos inovadores dentro desses espaços, contribuindo também para o incentivo à leitura no país. Os jurados dessa edição foram Eduardo Cunha (Bookinfo); Sara Frigério (Literárius); Paloma Ferreira (Catavento); Orlando Prado (Quincas Consultoria); Elisabete Lovatel (Vanguarda); e Ricardo Arcon (PN). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou a programação do 3º Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, marcado para ocorrer de 5 a 7 de junho, no Tauá Resort & Convention em Atibaia, São Paulo. O evento – com curadoria de Cassia Carrenho, sócia-diretora da LabPub, escola 100% EAD voltada para o mercado editorial – tem como principal objetivo debater as mais recentes tendências e as novidades do mercado editorial. Entre os temas relevantes que serão abordados ao longo de toda a programação estão o debate sobre o mundo digital, painéis sobre a Inteligência Artificial e seus impactos práticos no setor, boas práticas do e-commerce, parceria com influenciadores e até mesmo como criar um canal de TikTok. Este ano, a programação também se expande para abordar temas fundamentais e atuais que estão moldando o futuro do setor editorial, entre eles a participação presencial de Videl Bar-Kar, vice-presidente de áudio da Bookwire, conhecido por sua visão inovadora no mundo dos audiolivros e do mercado editorial global. Ele discutirá os caminhos futuros e os desafios do setor. “Esse tipo de evento é fundamental para entendermos o futuro do setor. E esta terceira edição consolida esse diálogo que abrimos e temos promovido no segmento editorial”, avalia Sevani Matos, presidente da CBL. Ela destaca ainda que, ao final do segundo dia de evento, serão criados grupos para discutir os assuntos que foram abordados ao longo da programação: “Em seguida, um representante de cada um desses grupos terá um tempo e a oportunidade de contar na mesa, o que foi debatido”, explica Sevani. Clique no Leia mais para conferir a programação do evento.

As editoras Girassol Brasil e Estrela Cultural – duas reconhecidas editoras do mercado infantojuvenil brasileiro – passarão a dividir a mesma casa editorial. Combinando forças, as editoras pretendem fortalecer sua presença no mercado editorial. Além disso, a união estratégica impulsiona a criação de conteúdo para o público infantojuvenil e reforça o compromisso comum com a promoção da leitura. Combinando os pontos fortes e a expertise de ambas, essa união representa um passo significativo no fortalecimento do setor e na ampliação do acesso à boa literatura para crianças e jovens em todo o Brasil. A partir do mês de maio, e sob a supervisão da proprietária e diretora editorial Karine Pansa – também presidente da IPA –, a Girassol Brasil assume a administração do catálogo da Estrela Cultural para o segmento Trade, transformando-a em mais um selo editorial da veterana no setor. “Estamos confiantes de que essa parceria trará benefícios significativos para nossos leitores, autores e parceiros comerciais. Juntos, continuaremos a inspirar, educar e entreter crianças e jovens de todo o país, reforçando nosso papel como referência no mercado de literatura infantojuvenil”, reitera Karine. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Depois de uma histórica edição de 40 anos, com recordes de vendas de livros e mais de 600 mil pessoas no ano passado, a Bienal do Livro Rio anuncia suas datas para 2025. No ano que vem, o evento ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho e será a principal atração do calendário do Rio Capital Mundial do Livro, título formalizado à cidade do Rio de Janeiro pela UNESCO e pelo Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro. Esta é a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa é nomeada Capital Mundial do Livro. Um dos principais diferenciais do Rio de Janeiro para esta conquista é a realização da Bienal do Livro Rio, que foi declarada pela Prefeitura do Rio Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade. Presente na memória afetiva de milhões de pessoas, a Bienal do Livro Rio promoveu, em 2023, experiências que foram além dos livros, em palcos inéditos e apostando na interação com o público, trazendo relevantes discussões contemporâneas que acompanham as mudanças do mundo e novas abordagens para criar mais conexões com os visitantes. Houve também sessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo narrativas que extrapolam para filmes, séries, músicas e peças de teatro. Realizada pela GL events Exhibitions e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a BIenal recebeu mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para um público de todas as idades. Acesse o Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Anne Enright, Aube Rey Lescure, Claire Kilroy, V. V. Ganeshananthan, Kate Grenville e Isabella Hammad são as seis finalistas do Women’s Prize 2024 - que consagra anualmente a melhor obra de ficção escrita por mulheres. Segundo o júri, os livros selecionados retratam personagens que navegam por mudanças sísmicas na sua identidade, passando por um processo de auto-avaliação e auto-aceitação, com vários também lidando com a herança do trauma e a resiliência das mulheres na superação do peso do passado. Metade dos livros da lista também explora a experiência dos migrantes através de visões diferentes, oferecendo explorações comoventes, mas distintas, de raça, identidade e família, da falsa promessa do Ocidente e do magnetismo do lar. A lista inclui ainda histórias que se concentram nas relações familiares íntimas, bem como aquelas que transmitem um panorama da história, sempre com um olhar sobre a particularidade da experiência das mulheres, seja em casa ou no contexto de guerra e convulsão política. The Wren, the Wren, de Anne Enright, por exemplo, acompanha três gerações de mulheres que devem lidar com heranças – de admiração poética e de abandono por um homem que é elogiado em público e descuidadamente egoísta em casa. Uma saga geracional que traça a herança não apenas do trauma, mas também do espanto. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A roteirista, escritora e jornalista Melina Dalboni é a autora do livro Diário de um filme (Rocco), documento que narra o processo criativo e produção do longa-metragem A paixão segundo G.H.. O filme foi baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, dirigido por Luiz Fernando Carvalho e protagonizado por Maria Fernanda Cândido, que estreou nos cinemas brasileiros no início deste mês. No livro, também são reproduzidas as transcrições das Oficinas Teóricas, ponto de partida para todos os trabalhos do diretor do longa, Luiz Fernando de Carvalho, realizadas para a equipe durante a fase de pesquisa e ensaios. A obra tem como objetivo ser um painel que atravessa as questões subjetivas e técnicas do filme, as inspirações, a vulnerabilidade de uma criação, o diálogo entre a literatura de Clarice e o cinema de Carvalho, o extraordinário tour de force da atriz Maria Fernanda Candido e a busca incansável pela própria linguagem cinematográfica. Melina Dalboni respondeu a três perguntas do PublishNews. Clique no Leia mais para ler a entrevista.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – divulga mais dois editais. O primeiro visa a escolha da proposta mais vantajosa para o Registro de Preços para a aquisição de livros impressos em geral, novos, publicados, em língua portuguesa ou estrangeira, dentro do Brasil, disponível para aquisição no mercado Livreiro nacional. O pregão ocorre no dia 3 de maio e o valor ultrapassa os R$ 451 mil. O segundo edital tem como objeto o registro de preços para a aquisição de acervo bibliográfico (nacional e internacional) para o acervo de uma biblioteca. A disputa está marcada para 14 de maio e o valor chega a R$ R$ 575 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O 19º Festival Literário Internacional de Poços de Caldas e a 1ª Feira do Livro do Sul de Minas iniciam neste sábado (27) e seguem até 5 de maio. Nesta edição, o evento disponibilizará mais de 35 mil títulos, entre livros físicos e digitais, o que traz a expectativa de que o Festival movimente não apenas a cadeia produtiva cultural sul-mineira, mas contribua com incrementos à economia criativa. A Feira proporciona aos amantes de literatura a oportunidade de encontrarem títulos em vários gêneros, a preços diferenciados e condições especiais ao público. O evento conta também com a presença de grandes editoras e distribuidoras nacionais, como a Planeta, Record, Vozes, Rota Imaginária e Stúdio Plural, a Livraria Leitura e a Paisagem distribuidora dentre outras. Entre estandes, expositores, espaços parceiros e gourmet, mais de 70 tendas integram a 1ª Vila Literária de Minas Gerais, localizada no Parque José Affonso Junqueira, ampliando o ambiente reservado tanto à Feira quanto à programação cultural do Festival. Em relação aos expositores, houve um crescimento de 15% no número de espaços disponibilizados. O acréscimo também é esperado no que se refere ao número de títulos e público. Nesta edição, a oferta de obras deve ser 40% superior à da última Feira. A expectativa em relação ao número de visitantes também supera a registrada no Flipoços 2023, quando foi atingido um público de cerca de 50 mil pessoas. Nesta edição, 80 mil visitantes são esperados. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Nesta quarta (24), a Todavia estreia a nova temporada do seu podcast, o Quarta Capa. Nesta nova série de episódios – que passam a ser quinzenais – a roteirista e apresentadora será Tatiany Leite, criadora do projeto Vá ler um Livro e colunista do PublishNews. O tema do primeiro episódio será Mudança e terá a participação dos escritores Ricardo Aleixo e Natalia Timmerman. No bate-papo eles falam sobre como as mudanças interferem nas suas produções literárias. Há também participação especial do físico Felipe Guisoli (@universonarrado). Temas como maternidade, imigração e crítica literária serão abordados nos próximos episódios, que vão ao ar sempre às quartas-feiras, nos principais tocadores. O Quarta Capa foca em conversar com autores da Todavia sobre seus processos criativos e suas histórias com a escrita. Mais do que sobre falar sobre os livros, a ideia é se aprofundar na mente criativa dessas pessoas que desbravam esse território às vezes assustador, às vezes caótico e sempre muito intrigante da produção literária.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura – realiza nesta quarta-feira (24), a partir das 14h, o 1º Seminário de Tradução – Por uma Poética da Diversidade. O evento será realizado de forma virtual, com transmissão ao vivo pelo YouTube, e contará com as participações do presidente da FBN, Marco Lucchesi, e do diretor do Instituto Guimarães Rosa, o ministro Marco Nakata, na mesa de abertura. O Seminário de Tradução se tornará um evento periódico da FBN: integra a política de internacionalização da instituição e responde à missão da Casa, que inclui a divulgação da literatura brasileira no exterior e a coleta das memórias nacionais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Para a autora Ariella Aïsha Azoulay, o passado ainda está por vir. Fazer história potencial significa recusar a busca irrefreável pelo novo e afirmar um compromisso com os mundos destroçados pelo domínio imperial – dos povos originários nas Américas ao povo Bantu subjugado por Leopoldo ii do Congo, do povo palestino desterrado aos migrantes mexicanos nos EUA. Trata-se de levar o passado a sério, não como uma relíquia a ser trancada num arquivo, exposta nas vitrines de um museu ou dissecada por especialistas em uma biblioteca, e sim como uma proposta política sobre como podemos viver uns com os outros.⁠ Esta edição da obra História potencial (Ubu, 272 pp, R$ 69,90 – Trad.: Célia Euvaldo), que consiste numa seleção de capítulos do original em inglês, focaliza a tese da autora sobre essa outra maneira de fazer história, que, segundo ela, não é uma “nova” maneira, apenas a recuperação e a consideração rigorosa de um conjunto de estratégias empregadas há centenas de anos por povos hoje silenciados.⁠

No momento em que o governo federal aposta na neoindustrialização, o novo livro organizado pelas economistas Eliane Araujo e Carmem Feijó aponta caminhos e mostra problemas a serem superados. Industrialização e desindustrialização no Brasil – Teorias, evidências e implicações de política (Appris, 474 pp, R$ 110) traz artigos sobre o tema reunidos em 14 capítulos. Para as organizadoras, a leitura pode ajudar a entender como recuperar a indústria e reindustrializar o país com o compromisso de adotar processos ambientalmente sustentáveis e tecnologicamente competitivos em mercados de produtos de alto valor adicionado e alta complexidade. Com prefácio do economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, mais do que trazer uma análise sobre a história da indústria brasileira, o livro evidencia as especificidades nacionais e como elas dialogam com o debate internacional sobre a importância da manufatura para o desenvolvimento econômico. No texto, o professor diz que “um livro sobre a industrialização e a desindustrialização do Brasil e seus pressupostos teóricos é sempre bem-vindo. O Brasil vem se desindustrializando desde meados dos anos 1980, mas os economistas brasileiros, habituados ao processo de acelerada industrialização desde 1930 até 1980, demoraram para se dar conta de que isso estava acontecendo.”

Os principais ditadores do século XX – homens como Hitler, Stalin e Mao – governaram por meio de repressão brutal. Muitos outros também impuseram ideologias oficiais e isolaram seus Estados do mundo exterior. Mas, nas últimas décadas, a face da ditadura mudou. Uma nova geração de homens-fortes bem-vestidos e versados em mídia tem redesenhado o governo autoritário para um mundo mais sofisticado e globalmente conectado. Em vez de julgamentos de fachada e campos de prisioneiros, esses líderes controlam seus cidadãos manipulando informações e falsificando procedimentos democráticos. Assim como os assessores políticos nas democracias, eles manipulam as notícias para obter apoio. Democracia Fake (Vestígio, 416 pp, R$ 84,90 - Trad.: Rodrigo Seabra), de Sergei Guriev e Daniel Treisman, mapeia a ascensão de tais líderes em todo o mundo, revelando a razão pela qual a maioria dos autocratas atuais diferem dos remanescentes “ditadores do medo”, como Kim Jong-un e Bashar al-Assad, bem como dos mestres da repressão tecnológica, como Xi Jinping. Expõe, ainda, como líderes como Lee Kuan Yew, de Singapura, e Alberto Fujimori, do Peru, foram pioneiros em métodos menos violentos, mais encobertos e mais eficazes de monopolizar o poder, cultivando uma imagem de competência, praticando censura oculta e usando instituições democráticas para minar a democracia, enquanto aumentavam o envolvimento internacional em prol de benefícios financeiros e de reputação pessoal.

Os três ensaios e a entrevista que compõem o livro Crises da república (Crítica, 208 pp, R$ 72,90 - Trad.: Adriana Novaes) foram escritos entre 1968 e 1971, período marcado pela luta por direitos civis, pelo movimento estudantil e pela Guerra do Vietnã. Os acontecimentos da época abalaram as instituições norte-americanas e impactaram o resto do mundo de maneira irreversível. Diante de eventos que marcariam o século, Hannah Arendt, então professora nos EUA, examinou detidamente o desvirtuamento da política pela imagem e argumentou que o poder era distinto da violência, assim como atestou que a desobediência civil era um direito dos cidadãos. Do calor da defesa da República e da democracia, seus julgamentos continuam a nos instigar. Nestas páginas, Arendt conduz o leitor à reflexão sobre o que nos constitui politicamente: a liberdade pública – que tanto promete, mas também exige de nós. Hannah Arendt nasceu na Alemanha, em 1906, e viveu nos EUA desde 1941 até sua morte, em 1975. Sua vida abrangeu o tumultuoso século XX, assim como seu pensamento. Ela não se considerava uma filósofa, apesar de ter estudado filosofia.