Pensando em descobrir o que os nomes à frente das principais editoras do país esperam para 2023, o PublishNews perguntou aos CEOs das 16 primeiras colocadas no Ranking Anual de 2022 suas previsões para o novo ano e, do ponto de vista editorial, se eles enxergam alguma tendência que poderá ganhar força nos próximos meses. As respostas se dividiram entre uma expecativa de estabilidade após dois anos conturbados, tanto para o varejo de livros quanto para as compras governamentais; dúvidas e reclamações sobre o preço das matérias-primas envolvidas no negócio do livro; boas perspectivas em relação ao diálogo com o setor político, mas incertezas no plano econômico; a previsão de que gêneros como o Young Adult vão se manter em alta, também pela grande circulação que o estilo garante na comunidade de leitores do TikoTok, a #BookTok; e apostas firmes em autores nacionais. As editoras convidadas a participar do artigo foram as seguintes: Gente, Grupo Companhia das Letras, Sextante, Grupo Editorial Alta Books, Grupo Editorial Record, Literare Books, Panini, Citadel Grupo Editorial, Intrínseca, Planeta, HarperCollins Brasil, Santillana, Buzz, Ediouro e Globo. Clique no Leia mais para conferir as respostas.

Fernanda Pacobahyba foi nomeada a nova presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC responsável por transferir recursos financeiros e prestar assistência técnica aos estados e municípios – e também o órgão encarregado da compra de livros no governo federal. Ela foi a primeira mulher assumir o posto de secretária da Fazenda do Estado do Ceará em 183 anos, é doutora em Direito Tributário pela PUC-SP, mestre em Direito Constitucional pela Unifor e tem MBA em Gestão Pública pelo Insper. De acordo com o governo, Fernanda toma a frente do Fundo buscando priorizar a educação básica, o ensino em tempo integral, o aumento do programa de alimentação infantil e a continuação de obras. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 26 de fevereiro a 4 de março de 2023. Entre as novidades: O despertar: dormir, sonhar, acordar talvez (Autêntica), de Carolina Koretzky, sobre a teoria psicanalítica dos sonhos; A morte é um negócio solitário (Biblioteca Azul), de RayvBradbury, com tradução de Samir Machado de Machado; o tratado de economia Capitalismo e Liberdade (Intrínseca), de Milton Friedman e uma edição de Viola de bolso (José Olympio), reunião de poemas de Carlos Drummond de Andrade. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Coordenadas pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), as pesquisas Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro e Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro passam a receber as respostas dos associados nos próximos dias. A Nielsen Book – responsável pelo estudo – enviará um link exclusivo para cada editora. Basta clicar para abrir e começar o preenchimento. Cabe destacar que as pesquisas são importantes instrumentos para se entender o mercado editorial brasileiro e trarão dados do mercado editorial no ano base de 2022. As entidades avisam ainda que as informações fornecidas são confidenciais e apenas a Nielsen tem acesso aos dados. Nenhuma forma de identificação individual de qualquer editora será usada em quaisquer outros relatórios ou análises e todos os dados serão divulgados de maneira agregada. O prazo para o envio das respostas encerra-se em 6 de fevereiro de 2023. Qualquer dúvida, é só entrar em contato com Mariana Bueno, preferencialmente pelo e-mail producao.vendas@nielseniq.com, ou pelo telefone (11) 99123-5722.

De todas as notícias absurdas que nos invadiram nos últimos dias sobre os atos ocorridos em Brasília, uma chamou minha atenção: a biblioteca do Senado permaneceu intacta diante da onda de vandalismo que assolou a capital federal. Se monumentos, móveis, obras de arte e tudo o que estivesse no caminho foi destruído, eis que o local que abriga livros, bastante visível por conta das portas e paredes de vidro, sequer foi adentrado pelos bolsonaristas. A biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho tem mais de 200 mil livros, além de coleções de jornais e obras raras. Um verdadeiro tesouro brasileiro. Fundada em 1826, quando os índices de alfabetização no Brasil ainda eram baixíssimos, é uma das bibliotecas mais antigas do país. Funcionou em diferentes prédios no Rio de Janeiro até a transferência para Brasília na década de 1960. Atualmente, o espaço é tocado por 20 bibliotecários formados na área, como é a lei. Consta que, em 2019, último ano de funcionamento normal antes da pandemia, foram realizados quase 25 mil empréstimos. Desde a sua criação até o último domingo, a biblioteca não deixou de representar a relação de brasileiros com livros nesses quase dois séculos. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta coluna.

“Estamos empenhados em trazer o melhor conteúdo de áudio da categoria para nosso público e continuaremos nossos esforços para refinar todos os aspectos de nosso produto e serviço em nome deles”. Essas foram as palavras do executivo-chefe Johannes Larcher sobre os resultados positivos da Storytel em 2022. As receitas da empresa, excluindo a Rússia, cresceram 31% em relação a 2021 no mercado internacional. As informações são do The Bookseller. O aumento tem sustentação, principalmente, pelo crescimento de assinantes no mercado não nórdico e o desempenho da empresa em outros países. Segundo Larcher, é animador ver que a Storytel está crescendo fora de sua bolha original, “impulsionada por nossos lucrativos mercados prioritários na Europa continental e nos EUA”. Ainda acrescentou: “Nosso desempenho no quarto trimestre aumenta nosso compromisso de atender nossa crescente base de assinantes e continuar nossa trajetória de crescimento lucrativo sustentável”. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Os estúdios da Mauricio de Sousa Produções estão abertos para mais de 30 sessões disponíveis de visita guiada nas próximas semanas. Durante o mês de janeiro, a atração proporcionará uma viagem pela linha do tempo de um dos maiores estúdios de quadrinhos do mundo. Os visitantes podem conhecer a área de live experience do grupo, setores de criação e design, projetos temáticos e editoriais. De acordo com a MSP, o público ainda pode conferir de perto os processos de criação de uma história em quadrinhos. Os estúdios da MSP ocupam mais de 3.000 m² de um complexo empresarial localizado no bairro da Lapa, em São Paulo. As sessões ocorrem sempre das 9h30 às 11h30 e das 14h30 às 16h30, e podem ser agendadas via site oficial. As vagas são limitadas. Cada visitação tem a duração de 120 minutos e a capacidade para receber simultaneamente 50 pessoas. A sede da MSP também conta com acessibilidade arquitetônica para pessoas com deficiências visual e física, como piso e mapa tátil, acesso a cadeirantes e elevador. É permitida a entrada de crianças a partir de 6 anos. Os ingressos custam a partir de R$ 95,00 (meia-entrada) e R$ 190,00 (inteira), além da opção do combo com 3 ingressos por R$ 329,00. Informações e vendas estão disponíveis neste link. O projeto conta com a operação do Forma Conhecer, empresa especializada em turismo pedagógico e a realização da visita à Mauricio de Sousa Produções Ao Vivo.

O Centro de Apoio a Escritores (CAE) da Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura está com inscrições abertas para o Curso Livre de Preparação de Escritores na categoria adulto, por meio do site do museu, até o dia 5 de fevereiro de 2023. O curso é gratuito e promove um exercício livre do potencial criativo por meio da palavra escrita. O objetivo é contribuir para a criação literária em todas as suas etapas e gêneros, além de proporcionar capacitação técnica e recursos de profissionalização para autores iniciantes e pessoas que queiram escrever e publicar as próprias obras literárias. Trata-se de uma formação anual que consiste em oito módulos mensais, com oito encontros de 2h cada, às quartas e sábados. Os assuntos dos módulos oferecem aos alunos uma experiência ampla e consistente de formação literária sobre gêneros, técnicas, estilos, obras e autores relevantes, sem um caráter acadêmico e privilegiando os aspectos criativos da linguagem, tanto em prosa como em poesia. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Ver a beleza, a poesia ou simplesmente ter uma visão diferente sobre acontecimentos são um talento exprimido com excelência por muitos cronistas, e Rubem Braga é considerado o maior deles no Brasil. Com uma dedicação profunda para a arte, Braga transitou pelas palavras literárias da crônica e tem diversas coletâneas no gênero, como a inédita 100 crônicas escolhidas (Global, 248 pp, R$ 59). As crônicas presentes no livro foram selecionadas por Gustavo Henrique Tuna, editor da Global. No total, são 12 produções inéditas em livro, separadas em blocos: sua paixão pela natureza (bichos e plantas), preocupação com questões ambientais, mudanças climáticas, problemas com o coração, o sentido da vida… suas narrativas abrangem uma quantidade considerável de tópicos, sendo que o que une todas elas é a visão única e extremamente sagaz de Braga. O autor costura um conhecimento profundo do que acontece na vida real com sentimentos que são íntimos e únicos, descrevendo os mesmos com uma precisão que é identificável para o leitor do começo ao fim.

Em seu terceiro livro, Onde road (Realejo, 288 pp, R$ 79,90), o jornalista e escritor Arthur Veríssimo reúne 32 crônicas e reportagens especiais que relatam experiências vividas em todos os continentes. “Durante décadas me expus como um camaleão por todos os territórios. Sempre busquei o inusitado, o sobrenatural, o desconhecido”, comenta Veríssimo. Entre gurus, charlatões, atletas, artistas, políticos e peregrinos, entre outros, o autor manteve seu radar ajustado e conectado à história das civilizações e aos caminhos espirituais. Neste sentido, a coletânea – que traz textos publicados em revistas, jornais e web ao longo de 35 anos de carreira – não se limita às proezas e realizações, já que também resgata algumas passagens insólitas que marcaram suas andanças. A abordagem é a essência do chamado gonzo jornalismo, criado pelo jornalista norte-americano Hunter Thompson, nos anos 1960. O estilo valoriza não só o conteúdo da matéria, mas o tom confessional do repórter, bem como os bastidores e percalços que o cercam. Onde road reafirma o autor como um personagem de suas próprias histórias, dialogando com suas duas obras anteriores – Karma Pop (2010) e Gonzo, 30 anos de jornalismo transcultural (2014). O prefácio é de Eduardo Bueno “Peninha” e a capa, do cartunista Adão Iturrusgarai.

Na longa tradição da crônica no Brasil, Cidinha da Silva é autora de voz singular. Ao construir seus textos a partir de um ponto de vista essencialmente feminino, preto e periférico, Cidinha oferece ao gênero uma abordagem diferenciada. Mas Cidinha não é só cronista. Suas diversas facetas desembocam em gêneros como o conto, a poesia, a literatura para crianças e o texto teatral. Dentre seus títulos, destacam-se obras como Os nove pentes d’África (2009), Canções de amor e dengo(2016) e O homem azul do deserto (2018). Com Um Exu em Nova York recebeu o prêmio da Fundação Biblioteca Nacional na categoria contos no ano de 2019. Já Explosão feminista foi finalista do Prêmio Jabuti no mesmo ano. Cidinha da Silva é, portanto, referência entre os novos nomes com carreira consolidada no panorama da literatura brasileira contemporânea. Em seu novo livro, A menina linda (Oficina Raquel, 140 pp, R$ 49,90), reunião de crônicas da autora acrescida de quatro textos inéditos (O caso da escritora que espionou Emanoel Araújo, A vida por um telefonema, Santo e O novo normal), o leitor tem acesso a uma obra que, embora seja devedora a nomes canônicos da crônica brasileira, rasura essa tradição. Sendo assim, são colocadas em primeiro plano personagens – reais e fictícios – que abordam questões étnicas, sociais e de gênero. O livro traz questões importantes para a crônica contemporânea: é o século XXI, com todos os temas debatidos na sociedade, transportado artisticamente para a literatura. A obra tem textos construídos a partir de uma tessitura ao mesmo tempo delicada e contundente. Numa dicção original, Cidinha da Silva toca em temas sociais candentes, como racismo, periferia, relações trabalhistas, africanidade, sem nunca descuidar dos aspectos estéticos.

João Scortecci é escritor, editor, gráfico e livreiro. É autor de 24 títulos, mais de 40 edições, entre eles, o Guia profissional do livro, em coautoria, e A morte e o corpo, O eu de mim – poema ecológico, Na linha do cerol – reminiscências poéticas, e outros. Nos últimos anos – desde 2016 – escreveu e publicou nas mídias sociais mais de 600 crônicas, sobre sua infância de livros, sobre autores e suas obras, causos literários e de sua participação no negócio do livro. Das 600 crônicas, selecionou 116, depois de sofrer muito com a escolha final, para então, publicá-las no livro Menino tipográfico e outras histórias (Scortecci, 248 pp, R$ 50). As duas primeiras crônicas do livro “Menino tipográfico” e “O anjo do menino tipográfico” justificam o título da obra e contam como tudo começou. Quando perguntado sobre seus – 50 anos – de livros, responde: “Faço da minha vida de livros um poema sem-fim”.