
O espaço da EV tem cerca de 100 metros quadrados dentro da Galeria – esta, uma espécie de showroom que materializa o ecossistema do grupo Magalu, além de hospedar um teatro e uma exposição de arte. O grupo manteve algumas características da antiga loja da Livraria Cultura, incluindo marcas nas madeiras e a escultura Dragão, que permanece pendurada no teto da ágora principal. Uma carta assinada por Luiza Trajano afirma que o espaço vai “honrar a memória da Cultura”.
Pela primeira vez, a Estante Virtual passa agora a contar com uma loja física: a empresa, liderada desde junho pelo executivo André Palme, montou uma operação de livraria para atuar no espaço. Estão disponíveis ali cerca de 10 mil exemplares de cinco mil títulos. A maior parte das prateleiras é ocupada por livros novos, mas algumas estantes são reservadas para os sebos, espinha dorsal da empresa.

“Agora somos oficialmente multicanal”, disse Palme na apresentação do espaço aos jornalistas, “com aplicativo, site e livraria. Sou órfão da Livraria Cultura, então é uma alegria e uma responsabilidade gigante trazer uma livraria de volta para este espaço. No site, trabalhamos com seis mil livreiros em todo o Brasil, e temos 22 milhões de livros à venda. Somos a livraria com o maior número de livros à venda no país”, afirmou ainda.
Além dos livros, a área da Estante Virtual na Galeria Magalu tem um espaço dedicado a crianças, um totem digital que faz indicações de títulos de acordo com os desejos do leitor e um espaço de exibição (e venda) de obras raras, livros que só podem ser encontrados, hoje em dia, na Estante Virtual. A loja também terá um clube do livro, encontros mensais com autores e um espaço para lançamentos e sessões de autógrafos. Ao lado, uma unidade do WeCoffee também pode seduzir leitores com misturas exclusivas para a Galeria.

Durante o evento, ela apresentou uma carta destinada aos fãs da Livraria Cultura, assinada junto com o CEO da Livraria Cultura, Sérgio Herz (a Cultura enfrenta mais de um processo de falência e não tem relação atual e ativa com o imóvel no Conjunto Nacional). “Sabemos o quanto este espaço no Conjunto Nacional marcou a vida de tanta gente. A Cultura foi, por décadas, um ponto de encontro e pertencimento”, diz um trecho da carta. “A antiga loja fechou mas o seu espírito não. O Magalu assumiu o ponto com o compromisso de preservar aquilo que ele representa para São Paulo, ao mesmo tempo em que inaugura uma nova fase para este endereço” (leia a carta na íntegra abaixo).

Já o Espaço Pina, uma galeria no piso térreo com entrada pela Alameda Santos, leva peças de arte da Pinacoteca de São Paulo para a Avenida Paulista. A primeira mostra instalada no espaço é “Jogo de Cena – obras do acervo da Pinacoteca de São Paulo, com curadoria do diretor-geral do museu, Jochen Volz, com obras de artistas de diferentes gerações, como Bajado, Francisco Brennand, Liuba Wolf , Miguel dos Santos e Kássia Borges. O local é cercado pelo painel Onde a Linha Equilibra o Eu, da artista paulistana Soberana Ziza.
Leia a íntegra da carta assinada por Luiza Trajano e Sérgio Herz, endereçada aos fãs da Livraria Cultura:







