
Ao começar o programa, o apresentador sugere que o ofício de editor ganha destaque como profissão do futuro, dado o atual contexto, em um meio de “inundação de dados”, como diz Tas. Schwarcz, por sua vez, traça um paralelo e reflete sobre como a comunicação se estabelece atualmente e reforça a importância de um editor nesse processo. “Isso tudo vai contra uma corrente muito forte nos dias de hoje, das coisas não terem mediação, delas irem direto, não terem uma reflexão, a comunicação toda muito radical. Esse papel de ser um mediador, um verdadeiro mediador entre criadores e imaginadores, eu diria que o escritor é um artista, é um criador e o leitor é um criador de imaginação, um imaginador, e a gente faz esse papel intermediário”, afirma.
Para além disso, o também escritor comentou sobre o início de sua carreira. “Eu acho que o papel em branco te toma, de certa maneira. O branco te toma até surgir a ideia para fazer com que aquilo seja preenchido”, responde Luiz.
Ainda nesta edição, os dois falam sobre os obstáculos em estabelecer diálogos na sociedade. “A dificuldade é das pessoas que não estão abertas para isso e que proliferam muito (...), o trabalho de comunicador, é um trabalho de respeito. É um trabalho de respeitar quem está ouvindo. A comunicação basicamente é um ato de respeito, e a literatura e o conhecimento exigem essa qualidade”, conclui.
Em junho, Luiz Schwarcz concedeu uma entrevista ao PublishNews, na qual falou sobre o livro e o mercado, opinou sobre a Lei Cortez, o estado atual da empresa, e compartilhou sua rotina como CEO da maior editora do país, e estendeu algumas das reflexões sobre o ofício do editor em si. Em 2025, ele lançou o livro O primeiro leitor, pela Companhia das Letras.






