Flin faz bonito em Niterói e reúne cerca de 22 mil pessoas em quatro dias
PublishNews, Redação, 21/10/2025
Evento gratuito ocupou o complexo Reserva Cultural com cinco palcos, mais de 650 artistas, 132 expositores, dez editoras independentes e três livrarias

Os leitores de amanhã na Flin 2025 © Lucas Benevides
Os leitores de amanhã na Flin 2025 © Lucas Benevides
A Festa Literária Internacional de Niterói (Flin) divulgou o balanço da sua edição 2025. Foram quatro dias de programação intensa no complexo Reserva Cultural, em Niterói (RJ), que atraíram cerca de 22 mil pessoas entre quinta e domingo, 16 a 19 de outubro. Nem a chuva espantou o público que acompanhou as conversas de nomes como Conceição Evaristo, Nei Lopes, Ana Maria Gonçalves e Mia Couto, e encerrou o evento com a roda Sambas que contam histórias, no Palco Darcy Ribeiro – o homenageado da edição.

Organizada pela Prefeitura de Niterói, por meio da Fundação de Arte de Niterói (FAN) e de seu projeto Niterói Livros, a Flin reuniu mais de 650 atrações entre autores, artistas, jornalistas, músicos e coletivos de teatro, 132 expositores, dez editoras independentes e três livrarias. Além disso, mais de uma tonelada de lixo reciclável foi recolhido.

“Receber autores e artistas de tamanha relevância é motivo de orgulho, mas o que mais nos emociona é ver a população participando”, declarou o prefeito Rodrigo Neves, entusiasmado, ao anunciar que o festival passará a ser realizado anualmente durante a primavera. Foi a primeira vez que Niterói viu um evento literário tão grande.

Cinco palcos, centenas de vozes

Foram cinco espaços de atividades: a Sala Nelson Pereira dos Santos, que é um auditório fechado, e os palcos abertos Darcy Ribeiro, Nikitinhos, Arena Flin e Povo Brasileiro. Passaram por eles nomes como Itamar Vieira Junior, Raphael Montes, Monja Coen, Thalita Rebouças, Miriam Leitão, Caco Barcellos, Zélia Duncan, Paulinho Moska, Barbara Reis, Flavio Bauraqui, Luis Miranda, Rosiska Darcy e Eucanaã Ferraz, entre outros.

A curadoria foi assinada por Carla Portilho, Elisa Ventura, Jordão Pablo de Pão, MC Marechal e Vilma Piedade. A programação coletiva ofereceu ao público uma combinação de pensamento crítico, oralidade e diversidade artística. “A construção da Flin é feita de muitas mãos e histórias. Apostamos em uma cultura viva, acessível e em constante movimento. Ver tanta gente reunida em torno das palavras nos emociona e fortalece”, afirmou Micaela Costa, presidente da FAN.

Acessibilidade e sustentabilidade

Um dos diferenciais da edição foi o investimento em acessibilidade plena: todas as mesas contaram com intérpretes de Libras e audiodescrição, o que emocionou participantes como a professora Raquel Reis, 53 anos, portadora de retinose pigmentar. “Sou legalmente cega e me senti acolhida. A audiodescrição estava presente em todas as mesas, sem restrição”, disse.

A sustentabilidade também foi protagonista. No Espaço Nikitinhos, crianças trocaram materiais recicláveis por livros no projeto Ler Educa, parceria da Prefeitura com o Instituto Social Léo. A ação resultou na arrecadação de mais de uma tonelada de resíduos recicláveis e na distribuição de 5 mil livros a estudantes da rede municipal.

Para ler mais sobre a Flin, visite o site da Prefeitura de Niterói.

[21/10/2025 11:37:36]