
Anualmente, o museu recebe cerca de 12 mil visitantes em seus espaços internos, além de aproximadamente 50 mil frequentadores no jardim histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A instituição promove acesso à cultura, pesquisa e ensino, consolidando-se como espaço de referência para a reflexão sobre a história do Brasil.
“O museu é um exemplo emblemático de como a preservação da memória fortalece nossa identidade cultural. Ao longo de 95 anos, este espaço estimula a conservação técnica, pesquisa e ações educativas, garantindo que o legado de Rui Barbosa siga inspirador para o Brasil do futuro”, afirma a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
O acervo conta com aproximadamente 1.550 peças, incluindo mobiliário, objetos pessoais, obras de arte, instrumentos musicais e veículos históricos. A biblioteca particular reúne mais de 30 mil volumes, com um arquivo pessoal de cerca de 60 mil documentos, muitos contendo anotações manuscritas de Rui Barbosa e obras raras que apoiam pesquisas acadêmicas e culturais. O conjunto é complementado pelo jardim que circunda o museu, composto por espécies botânicas significativas e elementos artísticos.
Em 2025, como parte das comemorações dos 95 anos, o Museu Casa de Rui Barbosa iniciou um trabalho técnico de conservação da sua biblioteca particular. Entre obras raras e documentos do patrono, o processo de preservação utiliza tecnologia avançada para identificar e eliminar agentes biológicos que possam comprometer o acervo. Após o tratamento, os volumes são higienizados antes de voltarem à exposição, garantindo a salvaguarda completa deste patrimônio histórico fundamental para a cultura brasileira.
Reformas de olho no centenário, em 2030
Com vistas ao centenário, em 2030, o museu implementa reformas técnicas para atualização das instalações, segurança do patrimônio e melhoria do atendimento ao público, reforçando sua missão institucional, conforme afirma o presidente da Fundação, Alexandre Santini: “Renovamos nosso compromisso com a preservação da memória e da cultura brasileira, fundamentos da nossa identidade".
De acordo com Santini, o museu é mais que um espaço para conservar, "é um lugar vivo de pensamento, diálogo e convivência, um espaço de bem-viver e integração. É o museu de todos, onde o legado de Rui Barbosa inspira reflexões essenciais sobre nossa história e presente. Nesse sentido, o legado desta gestão e do Ministério da Cultura é seguir rumo aos 100 anos com o museu reformado e entregue para a sociedade. Preparar esse centenário é garantir que o museu siga inspirando e educando, conectando memória, cultura e futuro, e reafirmando seu papel vital no cenário cultural e educativo".
Desde 2013, o Museu Casa de Rui Barbosa integra a coleção Museus Brasileiros, uma publicação que reúne instituições culturais de destaque no cenário nacional. Essa inclusão reforça o reconhecimento do museu como referência consolidada na preservação do patrimônio histórico, cultural e intelectual do Brasil. Por meio dessa visibilidade, o museu amplia seu alcance junto a pesquisadores, estudantes e ao público em geral, fortalecendo a difusão do legado de Rui Barbosa e contribuindo para o debate e a reflexão sobre a identidade e a memória brasileiras.
Rumo ao centenário, o museu reafirma seu compromisso fundamental com a preservação da memória brasileira, ampliando o acesso ao conhecimento por meio de ações educativas e culturais que alcançam públicos de todas as idades. Ao promover a pesquisa, o diálogo crítico e a reflexão sobre a história e a identidade nacional, o Museu Casa de Rui Barbosa fortalece seu papel como espaço de aprendizado contínuo, conexão social e incentivo à valorização do patrimônio para as gerações atuais e futuras. A reabertura após as reformas e tratamentos está prevista para outubro de 2025.