Apanhadão: autora é retirada da programação do Flipoços após fala considerada racista
PublishNews, Redação, 05/05/2025
Veja também: trecho inédito de conto de Rubem Fonseca e o novo romance de Socorro Acioli

Episódio no Flipoços repercutiu nas redes sociais e em diversos veículos de imprensa | © Reprodução
Episódio no Flipoços repercutiu nas redes sociais e em diversos veículos de imprensa | © Reprodução
A escritora Camila Luz foi retirada da programação do Flipoços após uma fala considerada racista em um dos painéis do evento. Quem dividia o palco com Camila é o também escritor e fundador da editora Barraco Editorial, Wesley Barbosa. Ele se apresentava quando foi interrompido por uma fala da autora, que fez uma associação direta entre escritores "neomarginais" e criminalidade, além de outras posturas que também foram consideradas discriminatórias. No trecho da mesa que viralizou nas redes sociais, a autora afirmou no palco do evento que tinha interesse em fazer parte do Coletivo Neomarginais – que estava com um estande montado na feira literária do Flipoços –, mas que nunca tinha sido presa. Veículos como o g1 e o Estado de Minas repercutiram o caso.

A organização do evento considerou a fala da escritora inapropriada, retirou os livros de Camila do evento e a excluiu de sua programação. Wesley Barbosa é um dos integrantes do Coletivo. Desde os anos 1970, o movimento da literatura marginal é caracterizado pela produção independente de conteúdo, que coloca em seu centro experiências de grupos socialmente marginalizados. Wesley se pronunciou sobre o ocorrido nas redes sociais: "O que aconteceu comigo na Flipoços eu só consegui suportar e reagir como reagi porque tenho a autoestima que os livros me deram", afirma.

O Painel das Letras relatou que a escritora Socorro Accioli chegou a 200 mil exemplares vendidos de seus principais livros e prepara seu novo romance, Delírio de San Pedro. A autora foi uma das mais vendidas da edição da Flip em 2023 com o livro Oração para desaparecer (Companhia das Letras).

A Netflix lançou na véspera do feriado do Dia do Trabalho a série argentina O Eternauta, que adapta quadrinho homônimo publicado pela Pipoca e Nanquim no Brasil. O Estadão publicou uma reportagem em que discorre mais sobre a história do autor do quadrinho. Nascido em Buenos Aires em 1919, Héctor Oesterheld é um dos principais nomes dos quadrinhos e da ficção cientifica na Argentina, e foi assassinado pela ditadura no país, em 1970.

Uma reportagem especial no veículo destacou trecho de conto inédito de Rubem Fonseca, a ser lançado na data de seu centenário de nascimento, no dia 11 de maio de 2025.

Os secretários municipais de Educação e de Cultura do Rio de Janeiro, Renan Ferrerinha e Lucas Padilha produziram um artigo para o jornal O Globo entitulado O Rio continua lendo, em que destacam e debatem as ações previstas para o calendário de Capital Mundial do Livro. A coluna de Ancelmo Gois no jornal informou que Ana Paula Araújo e Marjore Estiano participarão de mesa sobre violência contra mulher, na Bienal do Livro Rio.

No Estado de Minas, uma reportagem repercutindo o alto movimento da Bienal Mineira do Livro. A coordenação do evento estima que a Bienal levou cerca de 30 mil pessoas para acompanhar a programação em Belo Horizonte, com destaque para o grande contingente de público jovem. A Bienal Mineira vai até o dia 10 de maio.

A convite do Nexo, o jornalista Aquiles Marchel Argolo indica cinco livros lidos na juventude que foram fundamentais na sua trajetória.

[05/05/2025 10:00:00]