
Em sua obra literária, a autora incorpora temas sociais e políticos, retratando as múltiplas violências sofridas pelas mulheres no México. Como ativista, é fundadora do coletivo Morras Help Morras, organização feminista antirracista e transincludente que desenvolve projetos de justiça reprodutiva e aborto seguro em seu país.
“Dahlia escreve com uma força impressionante sobre as inúmeras violências que acometem as mulheres no México, um país com números inaceitáveis de feminicídio. Seu livro, Cadelas de aluguel, é um mosaico bastante completo sobre o horror pelo qual passam as mulheres das mais diferentes classes sociais”, conta Ana Lima Cecilio, curadora da 23ª edição da Flip.
Dahlia de la Cerda vem se consolidando como uma autora cuja escrita se destaca não apenas pelo engajamento social, mas também por sua construção narrativa. “Além de ser uma militante dos direitos das mulheres, o que renderá discussões fundamentais, é uma ótima autora para conversar sobre formas de narrar”, completa Cecilio.
Recém-lançado no Brasil com tradução de Marina Waquil, seu romance de estreia, Cadelas de aluguel (DBA, 2025), venceu o Prêmio Nacional de Cuento Joven Comala e está entre os semifinalistas do International Booker Prize.
Serviço:
Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)
Data: 30 de julho a 3 de agosto