A cerimônia do Oscar acontece neste domingo (2) e o Brasil está imerso na edição de 2025 da maior premiação da sétima arte, por conta da campanha de sucesso do longa Ainda estou aqui, que adapta livro de Marcelo Rubens Paiva, nas categorias de Melhor filme, Melhor filme internacional, e de Fernanda Torres na disputa da categoria de Melhor atriz. Na edição de 2025, seis longas são baseados em livros:

Adaptações literárias presentes na edição de 2025

• Conclave (Alfaguara)
• Duna (Aleph)
• Reformatório Nickel (HarperCollins)
• Wicked (LeYa)
• Drácula (Penguin Clássicos / DarkSide / Antofágica...)
• Ainda estou aqui (Alfaguara)

O PublishNews fez uma lista de adaptações literárias que tiveram destaque na história do Oscar:

• Trilogia Senhor dos Anéis

Os três filmes que adaptam a trilogia Senhor dos Anéis (Record), de J. R. R. Tolkien foram laureados com 17 estatuetas. A trilogia do Senhor dos Anéis marcou a história do Oscar em suas três participações, com o total de 30 indicações e suas 17 vitórias.

O último filme O retorno do Rei, que também adapta o último livro da trilogia se destacou justamente por ter vencido todas as 11 categorias em que estava indicado. E, além disso, "fez justiça" aos dois longas anteriores que sofreram sucessivas derrotas dentre as várias indicações.

Sinopse: O clássico da fantasia narra a heróica trajetória de Frodo, um hobbit que é encarregado de uma imensa tarefa. Ele deve empreender uma perigosa viagem através da Terra-média até as Fendas da Perdição, e lá destruir o Anel do Poder - a única coisa que impede o domínio maléfico do Senhor do Escuro.

• Ben-Hur

Vencedor de 11 estatuetas, o filme de 1959 adapta livro homônimo Ben-Hur (Jangada), de Lew Wallace, lançado em 1880. Esta foi a 3º adaptação da obra. Antes dela, outros dois longas de cinema mudo foram produzidos, em 1907 e em 1926. E uma quarta gravação foi realizada em 2016, sem o mesmo sucesso de bilheteria e crítica.

Sinopse: "A história se passa na época de Jesus Cristo, e começa com uma traição, quando a família de Judá Ben-Hur é injustamente acusada por um crime, sendo o acusador o melhor amigo dele. Condenado à escravidão, Ben-Hur começa a sua luta para resgatar o nome da família procurando a redenção através das corridas de quadrigas - bigas puxadas por quatro cavalos, usadas em competições esportivas. A jornada de Ben-Hur é uma metáfora para a história do próprio Cristo, cujas situações semelhantes - traição, sofrimento, redenção e salvação -, fazem deste livro um poderoso e inspirador romance histórico".

• O paciente inglês

Na sinopse de O paciente inglês (Companhia de Bolso): “No final da Segunda Guerra Mundial, numa vila abandonada na Itália, quatro pessoas vivem um encontro inusitado: uma jovem enfermeira cuja vida foi devastada pela guerra; um inglês desconhecido e moribundo, sobrevivente de um desastre de avião; um ladrão cujas "habilidades" acabaram por fazer dele um herói de guerra; e um soldado indiano especialista em desmonte de bombas, a quem três anos de guerra ensinaram que "a única segurança está em si mesmo". O livro revela os caminhos e detalhes de quatro vidas capturadas e modificadas e agora inextricavelmente ligadas pelas circunstâncias brutais e improváveis da guerra".

Em 1996, o filme homônimo O paciente inglês foi levado às telas pelo diretor Anthony Minghella e recebeu nove prêmios Oscar: Melhor filme, Melhor atriz coadjuvante, Melhor diretor, Melhor trilha sonora original, Melhor fotografia, Melhor mixagem de som, Melhor figurino, Melhor montagem e Melhor direção de arte.

• Silêncio dos inocentes

Muito conhecido pelo longa que colocou Anthony Hopkins no panteão dos atores de Hollywood ao interpretar Hannibal Lecter, Silêncio dos inocentes foi adaptado de um livro homônimo, escrito por Thomas Harris e publicado pela Record. Ganhador de cinco estatuetas, o suspense é um dos únicos da história a ter conquistado as cinco principais categorias do prêmio: Melhor filme, Roteiro adaptado, Melhor diretor, Melhor ator e Melhor atriz.

Sinopse: O filme começa quando a agente do FBI, Clarice Starling precisa encontrar um assassino que arranca a pele de suas vítimas. E, para entender como ele pensa, ela procura o periogoso psicopata, Hannibal Lecter, encarcerado sob a acusação de canibalismo.

• Um estranho no ninho

Outro título que também conquistou as cinco categorias da noite foi justamente Um estranho no ninho, que adapta livro de mesmo nome, escrito por Ken Kesey. Em 1976, o longa protagonizado por Jack Nicholson conquistou os prêmios de Melhor filme, Melhor roteiro adaptado, Melhor diretor, Melhor ator e Melhor atriz. No Brasil, é publicado pela editora Record.

Sinopse: "Conhecido como Chefe Bromden, o narrador da história é um indígena mestiço alto e calado, herói de guerra e interno na ala de um hospital psiquiátrico nos Estados Unidos. Seus dias se perdem entre varrer indefinidamente a enfermaria e lidar com memórias e surtos alucinatórios motivados pelos repetidos abusos da equipe comandada pela enfermeira-chefe, a Srta. Ratched. Os dias são brancos, as noites, indiferentes. Mas algo muda com a chegada de uma nova figura, o Sr. R. P. McMurphy – um marginal condenado, viciado em jogos de azar e completamente insubordinado. Logo no primeiro contato, McMurphy e a Srta. Ratched se enfrentam, e esse antagonismo, levado adiante pela narrativa de Chefe Bromden, se torna não só uma grande alegoria do embate das forças culturais, morais e éticas dos anos 1960, mas também do próprio bem e mal como noções universais e repletas de matizes".

• Lista de Schindler

Drama histórico dirigido por Stephen Spielberg narra os terrores da Segunda Guerra recebeu os Oscars de Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte. Livro A lista de Schindler (Record) foi escrito por Thomas Keneally.

Sinopse: "Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o regime nazista enviava milhares de prisioneiros para Auschwitz, o industrial alemão Oskar Schindler abrigava centenas de judeus em sua fábrica, de onde ele finalmente os transferia em segurança para a Tchecoslováquia. Um lugar na lista de Schindler significava a única chance de sobrevivência para um prisioneiro judeu. Oskar Schindler, um herói do Holocausto, é retratado de modo comovente pelo romancista Thomas Keneally, que passou dois anos entrevistando sobreviventes beneficiados por Schindler em sete países: Austrália, Israel, Alemanha Ocidental, Áustria, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, o autor realizou uma espantosa recriação de um episódio histórico, narrado com toda a ênfase de uma ficção".

• Poderoso Chefão

O longa de Poderoso chefão influenciou a cultura pop de maneira definitiva, para além das narrativas sobre máfia dos EUA. Considerado como uma das maiores filmes e também trilogias de todos os tempos, O poderoso chefão, foi escrito por Mario Puzo e, em 1973, ganhou as estatuetas de melhor roteiro adaptado, Melhor ator para Marlon Brando e de Melhor filme. Livro no Brasil é publicado pela Record.

Sinopse: "O carismático Don Vito Corleone é o chefão de uma delas. Apesar de implacável, Don Vito é, essencialmente, um homem justo. Padrinho benevolente, nada recusa aos seus afilhados: conselho, dinheiro, vingança e até mesmo a morte de alguém. Em troca, o poderoso chefão pede apenas o respeito e a amizade de seus protegidos. Assim, todas as suas vontades se tornam realidade. Porém, ninguém pode vencer o tempo. Quando seus inimigos atacam juntos e tudo que sua família significa estiver por um fio, o velho Corleone terá de escolher, entre seus filhos, um sucessor à altura".

• Oppenheimer

Um dos protagonistas da edição do Oscar em 2024, Oppenheimer foi um sucesso de bilheteria e bastante discutido ao longo do ano no meio cultural no fenômeno “Barbieheimer”. O livro de não ficção Oppenheimer (Intrínseca), de Kai Bird e Martin J. Sherwin, chegou a entrar para a lista de Mais Vendidos PublishNews e narra a vida do cientista a partir de pesquisas, milhares de registros e cartas encontrados em arquivos nos EUA e no exterior, em relatórios do FBI e em cerca de uma centena de entrevistas com amigos, parentes e colegas.

"Ao longo das páginas, acompanhamos os primeiros anos escolares dele; a ida para Berkeley, Califórnia, onde estabeleceu, durante a década de 1930, a principal escola norte-americana de física teórica e se envolveu profundamente com causas de justiça social e muitos adeptos do comunismo; o período em Los Alamos, Novo México, onde transformou um ermo planalto escarpado no laboratório de armas nucleares mais potente do mundo — e onde ele próprio foi transformado", segundo a editora.

No Oscar em 2024, Oppenheimer levou sete estatuetas, incluindo Melhor filme, Melhor ator, Melhor diretor, Melhor ator coadjuvante, Melhor edição, Melhor fotografia e Melhor trilha sonora.