Entre os livros de 2024, a editora destacou Sonny Boy: autobiografia, de Al Pacino, Clarice entrevista (volume com as entrevistas realizadas pela escritora), bem como Rumo ao grande mistério, de Lisa Marie Presley e Riley Keough, livro de memórias da filha de Elvis Presley, também cantora e compositora, que morreu no início de 2023.
Veja abaixo as principais apostas da Rocco para 2025:
- Catorze dias: um romance colaborativo, editado por Margaret Atwood e Douglas Preston.
Autores: Charlie Jane Anders, Margaret Atwood, Jenine Capó Crucet, Joseph Cassara, Angie Cruz, Pat Cummings, Sylvia Day, Emma Donoghe, Dave Eggers, Diana Gabaldon, Tess Gerritsen, John Grisham, Maria Hinojosa, Mira Jacob, Erica Jong, CJ Lyons, Celeste NG, Tommy Orange, Mary Pope Osborne, Douglas Preston, Alice Randall, Ishmael Reed, Roxana Robinson, Nelly Rosario, James Shapiro, Hampton Sides, RL Stine, Nafissa Thompson-Spires, Monique Truong, Scott Turow, Luis Alberto Urrea, Rachel Veil, Weike Wang, Caroline Randall Williams, De’Shawn Charles Winslow e Meg Wolitzer). Margaret e Douglas são os editores.
Um prédio em Manhattan, um elenco heterogêneo de personagens, uma pandemia global: este é o cenário de Catorze dias, um romance colaborativo que reúne 36 autores, editado pela consagrada autora canadense Margaret Atwood e o escritor e jornalista americano Douglas Preston. Nos primeiros dias de isolamento social da pandemia de Covid-19, uma nova zeladora é contratada para trabalhar em um prédio dilapidado no Lower East Side de Nova York. Em busca de um respiro, ela começa a utilizar o espaço aberto do terraço, ao qual é seguida pelos outros moradores. Assim começa uma surpreendente tapeçaria de histórias, em que cada nova voz que se une ao trágico coro dos isolados é completamente diferente da anterior — foram escritas, afinal, pelos mais diversos autores.
Com a colaboração de ilustres nomes da ficção, de todos os gêneros e tradições, como Tommy Orange e Celeste NG, Catorze dias é também uma homenagem à outra obra pandêmica: Decamerão, uma coleção de cem novelas escritas por Giovanni Boccaccio entre 1348 e 1353, sobre um grupo de moças e rapazes que se abriga em um castelo nos arredores de Florença para fugir da peste negra. Lançamento em janeiro.
- Os tempos do destino, de Márcia Peltier
Chega às livrarias em fevereiro de 2025, o novo livro da jornalista Márcia Peltier, conhecida por suas passagens pela TV Globo, Rede Manchete e ainda por apresentar o programa Sem Censura. O livro Os tempos do destino se divide em 15 reflexões sobre as fases da vida com citações do livro de Eclesiastes. O objetivo da autora é mostrar que podemos dialogar com a vida sem nos deixar manipular pelas forças do destino. No livro, Márcia oscila entre confissões pessoais de caráter existencial e dicas inspiracionais. Aos 65 anos, ela prova, mais uma vez, sua capacidade de superação e resiliência neste décimo livro de sua carreira. Lançamento em fevereiro.
- Helio Pellegrino: o pai, de João Pellegrino
Hélio Pellegrino era personalidade vibrante e viveu intensamente os seus 64 anos. Tinha o gosto pela palavra e usava-a com beleza e rigor. Amando a literatura, cultivou a poesia desde a juventude. Curiosamente, pouco publicava em jornais e revistas. Pela Rocco, publicou dois livros (lançados postumamente): Minérios domados (poesia) e A burrice do demônio (crônicas).
Em Hélio Pellegrino: o pai, seu filho caçula faz um relato íntimo da convivência com o poeta e psicanalista, morto em 1988. João tinha 22 anos quando Hélio morreu e foi a última pessoa da família que esteve com ele. A edição traz uma cronologia que será publicada como anexo, para dar a real dimensão da sua figura pública para o leitor. Hélio foi personagem central na política brasileira durante a segunda metade do século XX, sobretudo durante a ditadura militar. Ele teve papel proeminente na Passeata dos Cem Mil e também participou da fundação do Partido dos Trabalhadores. Lançamento em fevereiro.
- Sunrise on the reaping, de Suzanne Collins
Ansiosamente aguardado pelos fãs, o quinto volume da série Jogos vorazes é ambientado 24 anos antes dos eventos do primeiro romance da distopia. Esse é o segundo prequel da trilogia original, após o lançamento de A cantiga dos pássaros e das serpentes, pela Rocco, em 2021.
O medo toma conta dos distritos de Panem. Este ano, o dobro de tributos será arrancado de suas casas para competir até a morte nos Jogos Vorazes. De volta ao Distrito 12, Haymitch Abernathy está tentando não pensar muito sobre suas chances. Tudo o que ele se importa é passar o dia e estar com a garota que ama.
Quando o nome de Haymitch é chamado, ele pode sentir todos os seus sonhos se despedaçarem. Ele é arrancado de sua família e de seu amor, transportado para o Capitólio com os outros três tributos do Distrito 12: uma jovem amiga que é quase uma irmã para ele, uma apostadora compulsiva e a garota mais arrogante da cidade. À medida que os Jogos começam, Haymitch entende que foi criado para falhar. Mas há algo nele que quer lutar... e fazer essa luta reverberar muito além da arena mortal. Lançamento em março.
- Estrelas errantes, de Tommy Orange
Tommy Orange retorna triunfante em Estrelas errantes, depois da sua bem-sucedida estreia em 2018, com Lá não existe lá. O romance acompanha, por mais de um século e meio, os descendentes de Jude Star, um sobrevivente do massacre do povo indígena Cheyenne, ocorrido no acampamento de Sand Creek, no Colorado, em 1864. A trama atravessa gerações e trata dos desdobramentos de uma campanha massiva do governo americano para eliminar os habitantes originários. Apesar de todo o terror, a linhagem de seu povo segue, como forma de resistência. Lançamento em março.
- Vapor dos vapores, de Nilton Bonder
Em Vapor dos vapores – dicionário de pensares, Nilton Bonder distingue um “pensamento” de um “pensar”. O primeiro é um velho conhecido nosso, e diz respeito à capacidade comum a todo ser humano de responder aos questionamentos feitos à vida pelas vias da racionalidade e do lógico. Há, porém, outra atividade reflexiva que parece não ter nenhuma função senão espelhar a si mesmo. Responsáveis pela maior parte da atividade mental, “pensares” são pensamentos que flanam. Vaporosos e transitórios, mais próximos do efêmero e do passageiro do que do definitivo; da contemplação e do sonho do que do raciocínio, são eles que exprimem a leve noção de que um sujeito habita em cada um de nós. Na forma de um dicionário, Nilton Bonder materializa em escrita exemplos desses inesperados e improvisados passeios mentais. Seus verbetes têm sabor ao mesmo tempo poético, filosófico, artístico e, até, humorístico – ao modo de autores clássicos, como Voltaire, Machado de Assis, Nietzsche, Montaigne, entre outros, que, em seu tempo, também escolheram a forma de escrita breve, simples e direta para tratar dos grandes temas da existência humana. Lançamento em abril.
- Patriota, de Alexei Navalni
Patriota é o elogiado livro de memórias do ativista russo Alexei Navalni, opositor de Vladimir Putin, que morreu na prisão, em fevereiro, aos 47 anos. A obra começou a ser escrita em 2020, depois de Navalni sofrer uma tentativa de envenenamento que, segundo a viúva Yulia Navalnaya, criou no líder político a urgência de contar a sua história para o mundo. O livro aborda todas as fases da sua vida: juventude, ativismo político, casamento, vida em família, e, principalmente, seu comprometimento em desafiar um sistema superpoderoso, determinado em silenciá-lo. Lançado nos Estados Unidos em outubro de 2024, o livro foi aclamado por público e crítica. No Brasil, chegará às livrarias em abril.
- Lulli, a gata aventureira, de Miriam Leitão
Depois de tratar da questão racial e do meio-ambiente em seus livros para as crianças, a jornalista Miriam Leitão mergulha na história real de uma menina, portadora de uma síndrome rara, chamada Cri-du-Chat (também conhecida como Síndrome do Miado de Gato), cujo principal sintoma é o choro característico, decorrente da má-formação da laringe e semelhante a um gatinho quando nasce – daí o nome popular. Em Lulli, a gata aventureira, que sairá pela Rocco em maio, Miriam trata dessa condição para explorar a ideia de que cada criança tem o seu tempo de aprendizado e de que todos devem ser aceitos nas suas características. O título faz referência à gata borralheira, mas com uma diferença essencial. “Enquanto a gata borralheira espera o príncipe, esta busca a sua aventura, o seu caminho”, conta a autora.
- Foi acabar bem na nossa vez, de Mariana Brecht
Ficção climática adulta da roteirista e designer, autora finalista do Jabuti com Foi acabar bem na nossa vez.
- Nuclear war: a scenario, de Annie Jacobsen
Estamos na iminência de uma guerra nuclear. Essa premissa catastrófica é o ponto de partida da jornalista investigativa Annie Jacobsen para a não-ficção que se transformou num dos lançamentos mais comentados nos Estados Unidos este ano, e que chegará ao Brasil em maio. Nuclear war: a scenario (ainda sem título em português), apresenta uma hipótese para a destruição em massa por um conflito atômico, ambientado nos dias atuais: um ataque surpresa da Correia do Norte contra os Estados Unidos, o que geraria uma reação em cadeia de retaliações, de países como a Rússia. A autora, que já foi finalista do Prêmio Pulitzer, entrevistou dezenas de fontes das mais diversas áreas, entre cientistas, arqueólogos e também oficiais do mais alto escalão da defesa norte-americana para chegar a esta conclusão. Nuclear war: a scenario figurou na lista de best-sellers do New York Times e é apontado pela Amazon americana como o melhor livro de não-ficção do ano. A produtora Legendary comprou os direitos para adaptação cinematográfica, com Dennis Villeneuve (de Duna e A chegada) cotado para a direção.
- Margo’s got Money troubles, de Rufi Thorpe
Como filha de uma garçonete do Hooters e de um ex-lutador profissional, Margo Millet sempre soube que teria que se virar sozinha. Então, ela se matricula na faculdade local, embora não consiga imaginar como ganhará a vida. Ela ainda está descobrindo as coisas e nunca planejou ter um caso com seu professor de inglês — e embora o caso seja breve, não é breve o suficiente para impedi-la de engravidar. Apesar dos conselhos de todos, ela decide ficar com o bebê, principalmente por ingenuidade e desejo por algo maior. Agora, aos vinte anos, Margo está sozinha com um bebê, desempregada e à beira do despejo. Ela precisa de uma injeção de dinheiro — rápido. Quando seu pai afastado, Jinx, aparece na porta e pede para morar com ela, ela concorda em troca de ajuda com o cuidado das crianças. Então Margo começa a formar um plano: ela vai começar um OnlyFans como um experimento, e logo se vê adaptando alguns dos conselhos de Jinx do mundo do wrestling. Como criar um personagem atraente e fazer seu público se apaixonar por você. Antes que ela perceba, ela transformou isso em um sucesso estrondoso. Poderia ser essa a resposta para todos os problemas de Margo, ou a fama na internet tem um preço muito alto? Lançamento em junho.
- A hora da estrela HQ, de Clarice Lispector
Com ilustrações de Aline Lemos e roteiro de Leticia Wierzchowski, primeira adaptação da obra de Clarice para uma novela gráfica.