“A história do Brasil não é — nem deveria ser — contada exclusivamente por meio da narrativa oficial. O tradicional desfile de vultos e heróis pátrios (em quase sua totalidade do gênero masculino, heterossexuais e brancos) torna-se cada vez mais anacrônico. E inexato. As histórias das comunidades e do país são construídas por pessoas até então anônimas que resolveram mudar o cenário: na luta social, na busca por igualdade, no aprimoramento cultural, na democratização dos saberes. Muitas vezes tais personalidades permanecem subterrâneas, à margem da história oficial, sendo celebradas apenas por um grupo restrito ou fazendo parte da memória de uma determinada comunidade”, explicam os editores.
Os participantes deverão enviar, no ato da inscrição, uma sinopse e uma amostra de originais de não ficção/biografia com no mínimo 160 mil caracteres. O Prêmio Todavia de Não Ficção contemplará o vencedor com um contrato de publicação que inclui um adiantamento no valor de R$ 15 mil. O regulamento completo você encontra clicando aqui.
As inscrições poderão ser feitas exclusivamente pelo site do prêmio. Dúvidas podem ser enviadas para o email premio@todavialivros.com.br e o resultado final será divulgado no site da editora, em outubro de 2025.
Os trabalhos inscritos serão avaliados por um júri formado pela escritora e consultora do Núcleo de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de Combate à Violência da OAB-SP, Juliana Borges; pela professora e curadora da Flip em 2022 e 2023, Milena Britto; pelo jornalista e autor de Catorze camelos para o Ceará e A bem-amada, ambos publicados pela Todavia, Delmo Moreira; e pelo jornalista, escritor, editor da revista Serrote, colunista da revista Quatro Cinco Um e professor da Escola de Comunicação da UFRJ, Paulo Roberto Pires.
Das edições anteriores, dois volumes já foram publicados pela Todavia. O escritor Bruno Ribeiro venceu a primeira edição com um projeto sobre um feminicídio que ocorreu no agreste paraibano. A obra Era apenas um presente para o meu irmão: a barbárie de Queimadas foi publicada em 2023. O vencedor da segunda edição, o jornalista cearense André Ítalo Rocha, publicou, em 2024, A bancada da Bíblia: uma história de conversões políticas, sobre a trajetória da bancada evangélica desde a sua formação até a sua importante atuação no governo Bolsonaro. A terceira edição do prêmio contemplou o trabalho da jornalista e pesquisadora alagoana Cibele Tenório, um projeto de biografia de Almerinda Farias Gama, sufragista brasileira e pioneira entre as mulheres negras na política. O livro será publicado em 2025.
