
Neste ano, a FLUP’24 aconteceu no Circo Voador, espaço tradicional da cena cultural carioca, e foi o epicentro de uma programação que uniu literatura, música, performances e muita reflexão crítica. Ao todo, 32 mil pessoas passaram pelo evento que apresentou mesas literárias com grandes nomes como Bernardine Evaristo, Mame-Fatou Niang, Ana Paula Lisboa, Cidinha da Silva, Conceição Evaristo, Jurema Werneck, Neon Cunha, Nilma Bentes, Oyèrónke Oyěwùmí, Sueli Carneiro, Marie NDiaye, Audrey Pulvar, Bela Gil, Creuza Oliveira, Christiane Taubira, Elisa Lincon, Rokhaya Diallo, Flávia Oliveira e muitas outras mulheres negras. Juntas, elas destacaram temas essenciais sobre literatura negra, ancestralidade, feminismo e transformação social. No Youtube, foram 13.324 visualiações considerando os canais FLUP e Futura na rede social.
A FLUP foi embalada ainda por apresentações de Lia de Itamaracá, Dona Onete, Ilê Aiyê, Fabiana Cozza, Pérolas Negras (Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zéze Motta), diversos DJs, rodas de samba diárias, batalhas de vogue e do passinho, slam e poesia. Ao todo, foram 18 shows que conectaram arte e resistência em 7 dias de uma programação elogiada pelo público e pela crítica. Somente em 15/11, dia de aprogramação mais extensa da FLUP’24, um fluxo de 9.300 pessoas foi registrado no Circo Voador.
De acordo com Julio Ludemir, idealizador da FLUP e o curador-geral do evento, “esta edição marcou uma guinada histórica, consolidando o festival como um espaço transformador, essencial no calendário global”. Concomitante ao G20, o encontro dos líderes mundiais, a FLUP atraiu mais de 100 comunicadores para a sua cobertura, sendo observada presencialmente por repórteres de meios internacionais como o diário inglês The Guardian, a rede BBC, Radio France e o francês Le Monde, além de diversos veículos brasileiros.
A edição 2024 do festival prestou homenagem para a intelectual Beatriz Nascimento, celebrando seu legado como uma das figuras mais importantes para os estudos afrodiaspóricos no Brasil. Durante o evento, Conceição Evaristo disse: “escrever é um ato de resistência ancestral”, reafirmando o tom de transformação que permeou toda a programação da FLUP. A curadoria internacional da FLUP ficou a cargo da professora e pesquisadora franco-senegalesa Mame-Fatou Niang, especialista em estudos franceses e francófonos, com pesquisas focadas na negritude contemporânea na França. A curadoria nacional foi pensada por Duda Nascimento. A curadoria das rodas de samba foi da escritora e poeta Vanessa Pereira.

A FLUP é apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Shell, tem patrocínio master da Shell, patrocínio do Instituto Cultural Vale e da Globo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O apoio é da Fundação Ford e da Open Society Foundations. O transporte oficial do evento é oferecido pelo Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, nas áreas de atuação do VLT Carioca e da CCR Barcas. Realização: Suave, Associação Na Nave e Ministério da Cultura (Governo Federal).