
Desde 1985, Jameson era professor do departamento de literatura comparada na Duke University, no estado da Carolina do Norte. Ele ensinava disciplinas relacionadas ao modernismo, teorias pós-modernistas e culturais, Marx e Freud, romance francês e cinema.
Jameson nasceu em Ohio em 1934, e depois de se graduar no Haverford College em 1954, doutourou-se em Yale, em 1959. Um dos primeiros teóricos a levar as teorias francesa e alemã para os EUA, Jameson escreveu extensivamente sobre cinema, arquitetura, pintura e ficção científica, sempre de olho na literatura e na junção entre forma estética e preocupação social.
Entre seus livros publicados no Brasil, estão Arqueologias do futuro: O desejo chamado Utopia e outras ficções científicas (Autêntica, 2021, com tradução de Carlos Pissardo); O marxismo tardio: Adorno, ou a persistência da dialética (Boitempo, 2011, tradução de Luiz Paulo Rouanet); e O inconsciente político (Ática, 1999, tradução de Valter Lellis Siqueira).
Seu livro mais recente – uma coleção de ensaios sobre o romance – foi publicado em maio de 2024 nos EUA: Inventions of a present: The novel in its crisis of globalization (Verso).
Entre outros feitos, Jameson foi responsável por popularizar os trabalhos de Georg Lukács, Walter Benjamin, a Escola de Frankfurt e Jean-Paul Sartre nos EUA. De acordo com um texto publicado pela revista Jacobina assinado por Robert Tally, um dos maiores estudiosos do trabalho de Jameson:
"Jameson organizou esses pensadores a serviço de uma sofisticada teoria de crítica dialética. Naquela época, esses pensadores não apenas eram pouco conhecidos, mas a própria crítica marxista ou de orientação social era pouco praticada nos Estados Unidos. Quando Jameson iniciou sua carreira, a crítica acadêmica era dominada por abordagens estritamente formalistas. Estes centraram-se em “leituras atentas” do texto, mas excluíram em grande parte qualquer discussão do contexto social ou histórico. Alguns críticos endossaram mais modelos históricos, mas estes foram frequentemente longe demais na outra direção, ignorando inteiramente as características linguísticas ou formais da literatura, em favor de ver a literatura como um mero “reflexo” do seu momento histórico".