Com 11 anos no mercado e pioneira na produção de audiolivros no país, a plataforma Tocalivros apresentou ao PublishNews alguns dados do balanço semestral sobre sua produção de audiolivros e distribuição de e-books.

Só no primeiro semestre (janeiro a julho de 2024), com o investimento na produção e distribuição de títulos, a Toca acrescentou ao seu portfólio novos 634 audiolivros e mais 9.877 e-books, somando mais de 3 mil audiolivros produzidos e um total de 60 mil títulos em seu acervo digital – resultado da ampliação de seus estúdios para a produção exclusiva de audiolivros e da demanda do mercado por títulos em formato digital.

“Chegamos ao final deste primeiro semestre com 3.244 audiolivros no catálogo e, somados aos e-books, temos 60 mil obras disponíveis na plataforma. São muitos títulos de produção autoral nos estúdios da Tocalivros, das produções lançadas por nós e também que realizamos para as editoras nacionais, além de trabalhos para grupos editoriais internacionais. É um volume expressivo e um trabalho de referência nacional e no mercado editorial global, que produz audiolivros no país. De tudo que ouvimos e é comercializado pelas editoras e nas plataformas, 70% é produção da Tocalivros. Praticamente tudo passa por nossos estúdios”, afirma Clayton Heringer, produtor artístico da empresa.

Mercado de podcast

A Tocalivros também trouxe ao mercado o TocaCast, um estúdio exclusivo para gravações de podcasts, com uma equipe dedicada à produção de conteúdos em vídeo. Alguns programas já se destacam no mercado, como o podcast Os Três Elementos, com o cartunista Carlos Ruas (criador do canal Um Sábado Qualquer), o casal de biólogos Emílio Garcia e Camila Massuda (do Blalalogia e Biologia em meia hora), e o paleontólogo Pirulla (um dos primeiros Youtubers brasileiros).

Há também o podcast Fala Fala Dub Dub, um programa sobre cultura pop, comédia, música e dublagem, sob o comando do humorista, dublador e velhaco Enio Vivona, e do dublador, músico e gamer Renan Alonso, conhecidos, respectivamente, pelas dublagens no Brasil da série da Adult Swim Rick and Morty, e o programa Musicallia Podcast, com análises de letras e músicas, entrevistas e curiosidades da cena musical trazidas por Juscelino Filho.

"O TocaCast surge como uma extensão dos próprios anseios da Tocalivros, que são ampliar a informação e democratizar o conhecimento – seja de livros, produções, música, cultura ou entretenimento. Investimos em um estúdio e equipe próprios para este projeto e entendemos que é um caminho natural dentro do mercado de áudio e audiovisual. Como fizemos no início dos audiolivros, estamos dando um passo à frente para ampliar nosso mercado e as possibilidades do próprio mercado em si. Em poucos meses de produção, já temos milhões de acessos aos programas que produzimos. É um bom resultado", comemora Heringer.

Expansão e mercado

A Tocalivros vem atuando não só como plataforma para leitores e audioleitores, mas como produtora especializada em gravações de audiolivros e como distribuidora. De acordo com a empresa, seus planos de negócios passam pelos ISPs (provedores de internet), que oferecem serviços de aplicativos, e desenvolvimento de outros aplicativos que atuam como vertentes da marca, como a Via Livros, voltado ao segmento de planos de internet.

Segundo Ricardo Camps, diretor da empresa, são estratégias que suprem as demandas do consumidor. "Ampliamos nossos canais de venda e distribuição dos produtos, assim como abrimos os formatos e criamos novos negócios dentro do mercado de livros digitais. Há um campo promissor no mercado, em plena expansão, e uma mudança notória sobre a maneira de se consumir literatura no mercado mundial. Estamos olhando o consumidor, pois é o consumidor que hoje dá o caminho a seguir", revela o CEO.

Embora o mercado de audiolivros ainda seja tímido, representando 8% do faturamento total das editoras em 2023, o número de consumidores por livros digitais vem crescendo no país. Segundo a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, nos últimos cinco anos, o faturamento das editoras com o conteúdo digital apresentou crescimento de 158% em termos reais – e, em relação a 2022, o faturamento teve alta nominal de 39%, com um crescimento real de 33%.

“Estamos ampliando o número de pessoas interessadas por audiolivros e títulos digitais. É uma questão cultural que hoje tende a ampliar os audioleitores e os leitores de livros digitais. O ritmo do cotidiano, a velocidade do fazer no dia a dia e os avanços tecnológicos proporcionando acesso rápido e ampliando as experiências imersivas para as histórias narradas, começam a levar as pessoas ao consumo digital. O leitor começa a gostar de escutar histórias enquanto está no trânsito, realizando tarefas de casa, numa sala de espera, praticando esportes, ou mesmo para se entreter com histórias narradas de um jeito novo e diferente, com efeitos especiais, vozes e trilhas sonoras. A tendência é crescer cada vez mais”, completa Heringer.

Entre os últimos lançamentos, a Tocalivros destaca livros como Flores da batalha (Sérgio Vaz, 01h11m45s), Reino de intrigas (Tahereh Mafi, 12h40m33s), A diva da ópera (Catia Mourão, 02h05m39s), Desmemória (Thalita Coelho, 05h41m07s), entre outros. A Tocalivros também mantém os títulos inéditos e recém-lançados pela Disney no Brasil, como A fera em mim (04h09m10s), O estranho mundo de Jack (00h40m31s), O rei leão (05h13m21s), Star Wars: The Mandalorian (04h57m14s) e outras.