Krenak é o primeiro indígena a se tornar imortal da Academia Brasileira de Letras, além de ser professor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Reconhecido internacionalmente, ele é autor de diversas obras, como Tembetá (Azougue Editorial), A vida não é útil e Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras), com versões em inglês, francês e alemão. Além disso, Krenak também é conhecido por sua atuação em defesa dos direitos indígenas, tendo participado de documentários e recebido diversos prêmios em reconhecimento a sua importante contribuição.
A terceira edição do Caju de Leitores traz como tema principal "Territórios: O Brasil é Terra Indígena", dividido em quatro subtemas: Território e Meio Ambiente, Território Digital, Território de Identidade e Território Cultural. As mesas de conversa contarão com a presença de personalidades indígenas de destaque nestes assuntos.
Uma novidade desta edição é a identidade visual, criada a partir de uma atividade realizada pelos alunos da Escola Indígena Pataxó Xandó, em parceria com o artista indígena Tucunã Pataxó. Segundo Joanna Savaglia, curadora e organizadora do Festival, a ideia de envolver os alunos na criação da identidade visual surgiu após a última edição do evento, demonstrando a parceria e colaboração com a comunidade indígena local. "O Caju de Leitores é um festival de literatura que valoriza a participação e contribuição da comunidade indígena em todas as etapas de sua realização", destaca Joanna.
O Festival Caju de Leitores, promovido pela Savá Cultural e com o patrocínio com incentivo da Lei Rouanet, Ministério da Cultura, e é um evento gratuito. Para mais informações e programação completa, acesse o site www.cajuleitores.com.br.
Festival Caju de Leitores
Tema: Territórios – O Brasil é Terra Indígena
Quando: 3 e 4 de setembro (terça e quarta-feira)
Onde: Oca Tururim, Aldeia Xandó, TI Barra Velha, Caraíva, Porto Seguro, Bahia
Horário: das 9h às 20h
Classificação: Livre
Informações adicionais: O evento é gratuito e terá atividades lúdicas para o público infanto-juvenil e mesas e rodas de conversa para o espectador juvenil-adulto.
LOCAL
A Oca Tururim, localizada na Aldeia Xandó, Terra Indígena da Barra Velha, distrito de Caraíva, em Porto Seguro (BA), será novamente o cenário do Festival Caju de Leitores em sua terceira edição. O espaço foi construído em 2014 e é o ponto de encontro de lideranças indígenas, além de um local dedicado à cultura indígena, onde são realizadas vivências Pataxó. O nome é uma homenagem ao Cacique Tururim, um ancião que lutou pela conquista do Território Indígena Barra Velha, e o espaço é representado por Tucumã (Pajé Ouriço) e Wakai Pataxó (Bigode).
