Fundada em 2016, a Morro Branco promove a literatura internacional com obras de diversos países, como Austrália, Eslovênia, Estados Unidos, Finlândia, França, Islândia, Jamaica, Noruega, Reino Unido, Ucrânia e Suécia. A casa tem no catálogo autores como Octavia E. Butler, Ursula K. Le Guin, TJ Klune, N. K. Jemisin e Margaret Atwood. Além disso, também integra as listas recentes de títulos literários do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do Ministério da Educação.
Os 100 títulos já lançados pela editora passam a fazer parte o Grupo Alta, além das 39 obras que estão no prelo e serão publicadas nos próximos 18 meses. Obras como Mar aberto, de Caleb Azumah Nelson; Um conto para ser tempo, de Ruth Ozeki; A casa no mar cerúleo, de TJ Klune; e Piranesi, obra de Susanna Clarke vencedora do Women’s prize 2021, estão no catálogo da Morro.
Os sócios da Morro Branco, que têm negócios em outros setores, estão com uma atuação crescente na Europa, e optaram por passar a editora a um grande grupo que pudesse dar continuidade a esse sucesso aqui no Brasil.
“Estamos empolgados com a possibilidade de que o nosso projeto possa atingir um universo ainda maior de leitores”, conclui Victor Gomes, publisher da Morro Branco.
Em conversa com o PublishNews, Starlin contou que inicialmente, Gomes não tinha intenção de vender a editora – uma empresa familiar. O que fez a diferença na decisão foi garantir que a Alta dará seguimento ao trabalho iniciado por Victor e sua equipe e que acelerará o potencial da editora. “Em 18 meses vamos aumentar o catálogo da Morro em 40% do que foi feito em oito anos”, explicou.
A incorporação também dá mais abrangência para a bibliodiversidade do Grupo Alta Books, que comprou cinco editoras renomadas (Almedina, Alaúde, Tordesilhas, Faria e Silva e MBooks) nos últimos dois anos e segue com a ampliação de segmentos editoriais.
Segundo o CEO do Grupo, há duas editoras de porte médio em fase de conversação, uma de não ficção e outra de literatura. “Faz parte dos planos da Alta seguir o seu processo de expansão a partir do modo não orgânico, ou seja, a gente segue publicando nas nossas editoras; a gente compra outras editoras e potencializamos o número de lançamento em cada uma”, explicou. “A ideia é a gente comprar mais um ou duas ainda no segundo semestre de 2024”, adiantou.
Segundo dados da Nielsen compartilhados por Gorki, o Grupo Alta Books cresceu 19% este ano, sem as novas aquisições. “Com as novas aquisições, se a gente colocar pela perspectiva do tamanho dessas editoras, a gente deve crescer aproximadamente 15% nos próximos 12 meses”, disse.
Há 22 anos, a Alta Books tem por missão oferecer excelência editorial para a criação, desenvolvimento e otimização de livros, conteúdo e autores. Hoje, o conglomerado lança mensalmente novidades nas áreas de ficção: literatura brasileira, clássica, internacional, infantojuvenil e HQ. Em não ficção: gestão & negócios, crescimento pessoal, comportamento, TI e inovação, gastronomia, ciências sociais e humanas e jurídica.
Bienal do Livro de São Paulo
Mais uma vez, o Grupo Alta Books terá um estande de 250 m2 na Bienal de São Paulo juntamente com a Citadel, uma “editora prima”, como define Gorki.
Além do estande Alta-Citadel, que focará nas obras de não ficção do Grupo, a Alta terá um outro estande de 130 m2 apenas para a literatura de ficção. A ideia é reunir no espaço Alta Ficção, os livros das editoras adquiridas nos últimos meses.
“Nossa ideia é tentar trazer esse público mais jovem – infantil e juvenil – para um estande especialmente pensado para eles. Então teremos esse projeto piloto. Vai ser um teste da editora para atrair o público YA”, explica Viviane, responsável pelo desenvolvimento de parcerias corporativas do Grupo.