Nascido em 1912, Jorge Amado viu a criação e transformação do século 20, sua construção social e política, ideologias, guerras, ditaduras, revoluções sociais. E escreveu. De início suas obras percorriam um viés de crítica social, refletindo seu engajamento político. Em 1958, com o lançamento de Grabriela, Cravo e Canela, Amado inaugura uma outra fase em sua escrita, onde aborda os costumes da sociedade baiana da época e assim cria uma nova estética de Brasil. Traduzido internacionalmente e adaptado para cinema e TV, ali estava a imagem de como o Brasil se enxergava e como gostaria ser enxergado. Para as gerações futuras ficou o questionamento se o que se via nas telas era realmente o que estava nos textos e se a visão desse tempo, essa memória afetiva, ainda nos representa.
O projeto retorna em março, tendo como tema a obra de Graciliano Ramos.
Sobre Joselia Aguiar
Joselia Aguiar é jornalista e escritora. Sua formação passa pelas letras, jornalismo e história. Primeiro, se tornou bacharel em comunicação social (UFBa), depois mestre e doutora em história (USP). Seu livro Jorge Amado – Uma biografia (Todavia) venceu o prêmio Jabuti 2019 na categoria biografia, documentário e reportagem. Escreve atualmente um livro em torno da vida e obra da pintora Djanira, para a mesma editora Todavia. É organizadora da coleção Brasileiras, da editora Rosa dos Tempos (grupo Record), que reúne perfis de mulheres que inauguraram, expandiram e transformaram suas áreas de atuação no país.
Por que ainda ler? Aula aberta: Jorge Amado e a invenção de um Brasil
Com a jornalista, escritora e biógrafa Joselia Aguiar
Dia 28/2, quarta, das 19h às 20h30
A partir de 12 anos.
40 pessoas. Biblioteca - Piso térreo
Grátis