Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro celebra 30 anos
PublishNews, Redação, 19/12/2023
Entidade fez aniversário em novembro com nova diretoria e firma no seu posicionamento favorável à Lei Cortez

Algumas das livrarias associadas na AEL-RJ | © AEL-RJ
Algumas das livrarias associadas na AEL-RJ | © AEL-RJ
A Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro celebrou 30 anos neste 2023 – uma de suas principais bandeiras é a regulação do preço do livro novo, a Lei Cortez que tramita no Congresso Nacional.

Segundo Milena Duchiade, ex-presidente da entidade, a AEL apresentou a reivindicação assinada por vários livreiros ainda em 1999, no 30º Congresso de Editores e Livreiros em Florianópolis (SC). Desde então, as mudanças no mercado convenceram a maioria da necessidade de uma regulação de preço que impeça práticas abusivas.

No Estado do Rio, a nova face do mercado, que se expande além do eixo centro/zona sul e fronteiras da capital, é revelada pela nova diretoria da entidade: o atual presidente Borgópio D’Oliveira fundou a Triuno Livraria há 8 anos em Irajá, Zona Norte no Rio, e o vice-presidente Ivan Errante é dono da Belle Époque, fundada há cinco anos no Méier, também na Zona Norte.

“As livrarias, em especial no estado do Rio, estão se reinventando. Embora a repercussão do 'Caso Saraiva' tenha dominado as manchetes, frequentemente há notícias de lojas abrindo. Exemplos recentes são a D'Lopes na Taquara, Zona Oeste do Rio, Córdula, em São João de Meriti e a Funambule, em Teresópolis", diz Borgópio.

Desde que assumiu a presidência da entidade, em junho, ele tem priorizado a busca por novos associados para a entidade, ainda desconhecida por alguns livreiros. Entre outras, se juntaram à AEL a Casa 11, em Laranjeiras, a Insight, no Centro; a Hilário, na Saúde; a Machado e Cia, na Ilha do Fundão e a Ponte, em Niterói.

A AEL-RJ

Na origem, a AEL foi a união de livreiros dispersos pela cidade e estado do Rio; foi fundada em 1993 por Solange Whehaibe, da Veredas, em Volta Redonda; Paulo Roberto Lisboa, da Obelisco, em Petrópolis; José Roberto Souza, da Itatiaia, em Caxias, Derly Cereja, do Bazar Cerejinha, na Ilha do Governador e Vânia Abreu de Figueiredo, da Eldorado, na Tijuca.

O foco da união foi a venda de livros didáticos numa luta, segundo Vânia, contra a diminuição dos descontos no segmento e a venda direta para escolas. “Casa Mattos e Casa Cruz, grupos fortes nos livros escolares, se uniram a nós”, lembra ela, sobre duas redes de papelaria que não existem mais.

Apesar de combativa, a AEL mantêm boas relações com demais entidades ligadas ao livro. A associação conta ter concedido um espaço em sua sede para a Liga Brasileira dos Editores Independentes, a LIBRE, e tem boa relação com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, SNEL, que patrocinou, em 2022, o Guia de Livrarias do Estado do Rio de Janeiro, cujos dados ela cedeu à Associação Nacional de Livrarias, ANL, para o lançamento, em 2023 do Anuário Nacional de Livrarias.

Também fez parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, que patrocinou uma edição do Roteiro de Livrarias do Centro Histórico do Rio de Janeiro, e com a Secretária Municipal de Educação na distribuição dos vale-livros a cerca de 40 mil professores, nas nove edições anuais em que foi vencedora do edital de convocação.

Tags: AEL-RJ, Livrarias
[19/12/2023 10:20:00]