Destacando-se por sua escrita experimental e híbrida, Terebentina, de Alexandre Gil França, traz a ótica de personagens socialmente invisibilizados, especialmente artistas pequenos ou de pouco reconhecimento. O autor explora suas narrativas, angústias e, principalmente, seus afetos, por meio de diferentes recursos literários, fazendo, inclusive, com que a própria ideia de um “livro de contos” seja colocada à prova. A obra tem orelha assinada pelo poeta, tradutor e ensaísta Guilherme Gontijo Flores, vencedor do Prêmio APCA em 2018.
Nascido em Curitiba (PR), em 1982, Alexandre já trabalhou com música, poesia e teatro. É mestre em Artes Cênicas pela USP e doutorando em Teoria e História Literária pela Unicamp. Estreou na literatura em 2015, com o romance Arquitetura do Mofo (Selo Encrenca/ Arte e Letra). Atualmente, é editor da Mathilda Revista Literária, ao lado da poeta Iamni.
Já a estreia poética da escritora e dramaturga Martina Sohn Fischer, O que estive fazendo quando nada fiz é uma obra que propõe um diálogo entre as pulsões de vida e morte a partir de um reconhecimento sensível da própria voz e dos desejos, luzes e sombras — que fazem parte da composição de um eu-lírico demasiado humano. A morte, o amor, a depressão, a mania e as marcas que ficam são os temas centrais da obra, que conta com a orelha assinada por Dione Carlos, roteirista, atriz, curadora e também dramaturga, que conta com prêmios como o APCA e Shell em sua carreira.
Natural de União da Vitória (PR), que faz divisa com Porto União (SC), a escritora, Martina viveu grande parte da sua vida entre as duas cidades. Formada em psicologia, reside em Curitiba, capital paranaense, desde 2011. Teve três peças encenadas: Aqui, por Club Noir (SP), Casa de inverno, por Artrupe (AM) e Coração de baleia, por Ateliê 23 (AM).