
Com curadoria da escritora Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, e de Vincent Zonca, Léo Le Berre e Roberto Pedretti, do Escritório do Livro e do Debate de Ideias da Embaixada da França no Brasil, a mostra fica em cartaz até 14 de outubro, sempre às sextas e sábados, das 9h30 às 17h30, mediante agendamento e retirada de ingresso gratuito no Sympla.
Para o programa Educativo La Maison de Clarice, voltado para professores, estudantes, bibliotecários e mediadores de leitura, as inscrições estão abertas e podem ser feitas até 20 de agosto clicando aqui.
A exposição apresenta a estrutura de uma “casa” em que Clarice recebe suas ilustres convidadas e contemporâneas de ofício, Nathalie Sarraute e Marguerite Duras. Durante o passeio, a “Cozinha”, por exemplo, faz referência ao processo criativo das escritoras e à forma como definiam a escrita. O visitante é convidado também a conhecer, entre outros aposentos, a intimidade do “Quarto da Escritora”, onde se encontram os textos mais confessionais das autoras.
No centro da exposição, o “Salon” ou “Sala de Visitas” descortina as relações de Clarice Lispector com a França; com o Teatro da Maison de France e com a literatura francesa, a partir de um encontro, no Rio de Janeiro, em 1969, da escritora com Alain Robbe-Grillet, considerado o “papa do Nouveau-Roman”.
Resultante de parceria com a Embaixada da França, a Aliança Francesa e a Universidade Federal de Minas Gerais, o evento ocorre no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e trezentos médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG.
Clarice e a França
A França foi o primeiro país a publicar uma tradução de Clarice, com Perto do coração selvagem, em 1954, uma década depois da aparição do livro no Brasil. Segundo o presidente Jacyntho Lins Brandão, o interesse do público francês por Clarice Lispector se evidencia no formidável trabalho das Editions des femmes – Antoinette Fouque ao editar, uma a uma, todas as obras da autora. “A obra da escritora reafirma sua universalidade, sendo cada vez mais lida e apreciada pelos leitores franceses e de todo o mundo”, completa.
Programa Educativo também levará Clarice para as salas de aula
Além da visitação espontânea, aberta ao público em geral, a Academia Mineira de Letras convida também professores, educadores, bibliotecários e mediadores de leitura para um programa educativo específico. Entre os objetivos, está aguçar a sensibilidade de educadores e professores para entenderem um projeto expositivo literário e extrair, dessa experiência, práticas a serem utilizadas com os estudantes. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de agosto, mediante preenchimento de formulário on-line disponível no link.