Apanhadão da semana: MinC recebe críticas após não remunerar juradas do Prêmio Carolina Maria de Jesus
PublishNews, Redação, 04/08/2023
Juradas, entre professoras universitária ou profissionais com ligação com o mercado editorial, deveriam avaliar cerca de 50 obras, sem remuneração

Lula Marques @ Agência Brasil
Lula Marques @ Agência Brasil
O Globo noticiou algumas as críticas feitas ao Ministério da Cultura após o convite da pasta para que servidoras façam parte do júri do Prêmio Carolina Maria de Jesus, sem o recebimento de remuneração. O jornal teve acesso ao e-mail enviado às servidoras. As juradas, que são professoras universitária ou têm ligação com o mercado editorial, deveriam avaliar cerca de 50 obras entre os dias 27 de julho e 9 de setembro. Elas lamentaram ao Ministério a desvalorização do trabalho intelectual e expressaram suas preocupações na forma como o concurso e as avaliações das obras estavam sendo conduzidas.

Outro assunto de destaque da semana foi a decisão do governo estadual de abolir livros físicos nas escolas estaduais a partir do sexto ano. Nesta sexta (4), na Folha, duas novidades: a Associação de Autores de Livros Escolares (Abrale) avaliou o material didático do governo de SP como "raso e pouco confiável; e a notícia de que o MEC vai cobrar governo Tarcísio sobre livros comprados e prevê confusão na rede de SP. Michel Alcoforado usou sua coluna na CBN para falar sobre os impactos da decisão no aprendizado dos jovens e, no Estadão o editorial A incrível educação que dispensa livros' criticou fortemente a decisão.

Na Folha de S. Paulo, a notícia da reação das entidades médicas ao livro de Natalia Pasternak. O novo lançamento da divulgadora científica Que bobagem! (Contexto) contém críticas à homeopatia e à psicanálise. Na Ilustrada, o acervo do baterista da banda Rolling Stones vai a leilão com raridades da leitura, entre elas duas edições autografadas de O grande Gatsby, avaliadas em R$ 2,8 milhões. E na coluna Era outra vez, Bruno Molinero falou sobre o 'visual pop e lisérgico' da obra Kimbi e a magia da floresta (Barbatana, 64 pp, R$ 67,00), ao porpor uma viagem psicodélica por uma Angola ancestral e urbana.

No Estado de S. Paulo, a notícia de que a editora Novo Século recebeu críticas após iniciar as vendas uma edição de Alice no país das maravilhas dentro de sua categoria de 'luxo' com uma ilustração feita a partir de IA (inteligência artificial). O jornal também relembrou, no dia 2 de agosto, o aniversário de 50 anos da data em que o Estadão publicava pela primeira vez trechos de poemas de Camões no lugar de notícias censuradas durante a ditadura. O colunista J. R. Guzzo utilizou o espaço de sua coluna no veículo para propor uma reflexão do que significaria uma publicação como aquela nos dias de hoje.

Também no Estado de S. Paulo, uma resenha do livro Ioga (Alfaguara, 272 pp, R$ 79,90), que revela um autorretrato de Emmanuel Carrère entre "o equilíbrio e a queda livre".

No Estado de Minas, o relato da história de Ana Cecilia Impellizieri Martins, jornalista, pesquisadora e editora, que em 2015 decidiu fundar a editora Bazar do Tempo. Também no EM, a novidade dos audiolivros de Annie Ernaux para o Brasil na voz da atriz Isabel Teixeira.

No GZH Livros, a notícia sobre o lançamento de Conversa na sala (L&PM, 256 pp, R$ 54,90), livro que reune crônicas dos últimos cinco anos de Martha Medeiros.

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[04/08/2023 11:00:00]