
Palimpsesto é um papiro ou pergaminho cujo texto primitivo foi raspado, para dar lugar a outro, de forma que o registro do conteúdo anterior ainda se faz presente, como uma construção em camadas. É também uma referência ao título do último livro de Elvira publicado em vida, Como se estivéssemos em palimpsesto de putas (Companhia das Letras).
Carolina escolheu frases ou trechos dos livros da mãe e criou imagens para eles, utilizando fotografias e grafismos manipulados digitalmente. Impressos sobre tecido, as imagens e os textos se mesclam visualmente, tanto pela proximidade quanto pela semitransparência do material. Criando mais uma camada polissêmica de palimpsesto. São, ao todo, 15 obras (15 textos + 15 imagens), medindo 90 x 130 cm e que ficarão expostas até 10 de agosto.

Carolina é autora de Ilustração Digital (Senac, 2022) e Uma história da arte (Cepe, 2022), entre outros. Escreve crônicas semanais para o Jornal Rascunho, onde também colabora como ilustradora desde 2009. Normalmente, nas artes visuais, mistura técnicas, com preferência por óleo, encáustica, aquarela, nanquim, costura/bordado e técnicas digitais. Costuma produzir obras em série e/ou obras que dialoguem com a literatura.
Serviço:
Exposição 'Palimpsestos'
Onde: Museu da Imagem e do Som de Campinas - SP (Rua Regente Feijó, 859)
Quando: De 11 de julho a 10 de agosto.