
“Somente nos Estados Unidos, em 2022, foram mais de 2.571 títulos proscritos, um recorde nos últimos 140 anos”, destaca Brayner, em nota. Ele lembra, ainda, que no Brasil recente, foram inúmeras as tentativas de banimento de obras. “Em 2018, o Santo Agostinho, famoso colégio católico da cidade do Rio de Janeiro, baniu o livro Meninos sem pátria, de Luiz Puntel, sob a alegação de ‘doutrinar crianças com ideologia comunista’, observa.
Esses e outros exemplos são registrados e discutidos com profundidade no livro, “como o ocorrido em Rondônia, quando a Secretaria de Estado de Educação ordenou o recolhimento de 43 títulos literários com ‘conteúdos inadequados’, dentre eles Macunaíma, de Mário de Andrade”, lembra Brayner, que é doutor em Literatura e Práticas Sociais, com pós-doutorado em História. O prefácio do livro é de Galeno Amorim, ex-presidente da Biblioteca Nacional e presidente do Observatório do Livro.
O autor também é graduado em cinco disciplinas: Biblioteconomia; Filosofia; Direito; Tradução e Língua e Literatura Francesas. Ele foi diretor, entre 2016 e 2017, do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do Ministério da Cultura. Leitores que vão para o inferno pode ser adquirido na loja da Amazon, em formato eBook Kindle, por R$ 24,99.