
Como noticiado pelo PublishNews, o livro Macunaíma: o herói sem nenhum caráter, um clássico da literatura brasileira, foi traduzido para o inglês em nova edição. Katrina Dodson foi a responsável por traduzir a obra de Mário de Andrade e comentou com o Estadão os desafios do processo de tradução: “Passei muito tempo pesquisando os termos e as referências do livro... O maior desafio que enfrentei ao traduzir Macunaíma foi primeiro decifrar a linguagem original, e, depois, encontrar um equilíbrio na tradução entre um inglês coloquial que refletia a linguagem bem americana e menos europeia, cheio de regionalismos e gíria, mas que também deixava traços dos termos indígenas e africanos que são difíceis para um leitor brasileiro entender” afirmou.
Outro artigo do Estadão em destaque neste final de semana foi o texto de Leonardo Piana sobre Bruce Albert, antropólogo francês que escreve e elabora obras em conjunto com Davi Kopenawa Yanomami sobre comunidades indígenas Yanomamis. “Os Yanomami me salvaram a pele e a cabeça. Me engajar na luta deles é o mínimo da retribuição que eu podia dar por terem me ensinado tanta coisa”, diz atualmente, com 71 anos. “A amizade e a luta com os Yanomami têm que continuar. Essa luta deu sentido à minha vida, e não consigo me imaginar sem ela.”
Dois artigos abordaram o protagonismo na cultura da ancestralidade negra. O primeiro texto, publicado pela Folha, discute a obra de Bárbara Carine, professora baiana que questiona "por que livros didáticos só mostram o corpo branco". Outro destaque é d’O Globo: o jornal fez uma matéria sobre novos livros que estão sendo publicados atualmente e que aprofundam os estudos sobre os orixás.
Voltando ao assunto das obras com trechos alterados para “evitar” trechos ofensivos, o ator e escritor Tom Hanks se posicionou contra o projeto que pretende reeditar livros. Tanto o GZH como a Folha publicaram notas sobre a declaração de Hanks dada à BBC News: "Não é difícil dizer: isto hoje não é aceitável. Há que ter fé nas nossas próprias sensibilidades, em vez de ter alguém a decidir aquilo que nos irá, ou não, ofender. Deixem-me decidir aquilo que me ofende e aquilo que não me ofende. Sou contra a leitura de qualquer livro, de qualquer era, que tenha sido truncado", afirmou.
Outra da Folha revelou que o autor Charles Bukowski será publicado pela HarperCollins, a começar por novas edições dos livros Factótum e Pulp. O projeto é ambicioso porque a obra de Bukowski é longa, com mais de 40 títulos entre romances, poemas, contos e ensaios. O autor vinha sendo publicado pela L&PM nas últimas décadas, mas livros pontuais já tinham saído em outras editoras.
O portal Capricho anunciou o novo livro do BTS, que sairá no Brasil ainda este ano, dia 9 de julho. A pré-venda da obra Beyond the story: 10-year record of BTS ainda não tem data para começar, mas deve ser anunciada em breve pela Galera Record.
O Estado de Minas publicou uma matéria sobre escritoras que lançam livros sobre alguns questionamentos e tabus sobre a maternidade. Com o gancho do Dia das Mães, a “missão” de ser mãe, o direito de decisão sobre o corpo e a autonomia da mulher são alguns dos temas tratados nas obras.
Por fim, a CNN publicou um artigo interessante revelando que fotos de Madonna expostas no livro Sex, lançado há 30 anos, serão leiloadas para marcar o trigésimo aniversário da publicação, que vendeu mais de 1 milhão de cópias.