Apanhadão: Censura de livros está maior do que nunca nos EUA
PublishNews, Redação, 27/03/2023
Uma pesquisa da American Library Association apontou que 2.571 títulos foram censurados em 2022; isso representa um novo recorde desde que a instituição foi criada, 140 anos atrás

Segundo uma pesquisa da American Library Association divulgada na última quinta-feira (23), o número de livros censurados nos Estados Unidos chegou no mais alto patamar em 140 anos: já são 2.571 títulos vítimas de algum tipo de censura em 2022. As obras abarcadas variam no tema, mas a grande maioria dos livros afetados são sobre a comunidade LGBTQIA+. A nota do G1 traz exemplos de livros afetados, como O Sol é para todos, de Harper Lee, Ratos e homens, de John Steinbeck, ou O olho mais azul, do ganhador do Nobel de Literatura, Toni Morrinson.

A coluna de Ancelmo Gois n’O Globo destacou que alguns editores de livros têm reclamado do comportamento da gigante do varejo Amazon. Segundo o colunista, a plataforma de e-commerce estaria se “aproveitando do terremoto das Americanas para negociar a venda de livros em condições menos vantajosas para as editoras”. A nota é curta e não cita fontes ou nomes de casas editoriais.

A Folha anunciou uma edição do programa Como é que é? com Mauricio de Sousa, para conversar sobre a disputa a uma vaga da ABL. Semana passada, como divulgado pelo PublishNews, o autor se candidatou para ocupar a cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras.

A coluna Painel das Letras destacou uma nova coleção a ser publicada pela editora Rosa dos Tempos sob coordenação de Joselia Aguiar, com perfis de mulheres pioneiras em suas áreas, como Niéde Guidon, Patrícia Galvão e Conceição Evaristo. Já a Babel, no Estadão, noticiou que a obra infantil do escritor americano E. B. White (1899-1985) vai ser publicada pela HarperKids por aqui. O primeiro lançamento será A Teia de Charlotte, de 1952, em abril e depois virão Stuart Little, de 1945 e que virou filme, e O Trompete do Cisne (1970).

Outra notícia que dominou o final de semana foi a morte da escritora argentina María Kodama, viúva de Jorge Luis Borges, publicada tanto pelo Estadão quanto pela Folha. Ela faleceu aos 86 anos em Buenos Aires em decorrência de um câncer de mama.

Além disso, uma entrevista da autora de Um teto para dois, a britânica Beth O’ Leary, ao Estadão. A obra foi adaptada para uma séria na Paramont+ e vendeu mais de um milhão de cópias no mundo.

E outra entrevista válida de conferir no mesmo jornal é troca entre Leonencio Nossa e Antonio Carlos Secchin, membro da ABL. Além de falar de sua eterna paixão pelos livros, o bibliófilo também discute a importância da literatura, curiosidades sobre suas coleções e como os novos formatos impactam no setor editorial.

O Nexo publicou uma lista com cinco livros sobre Lampião e sua história, e o Canal Rural divulgou um estudo da USP que aponta que livros didáticos têm mais citações negativas do que positivas sobre o setor de agronegócios.

Como destaque internacional da semana, uma novidade publicada pelo The Guardian: a editora Penguin Random House instalou máquinas nas estações de metrô do Reino Unido para que os leitores em trânsito consigam comprar livros. A ação foi inspirada em uma ideia do fundador da editora Allen Lane, e promete disponibilizar diversos títulos para todos os gostos de leitura.

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[27/03/2023 11:00:00]