Em 2023 os mutantes da Marvel conhecidos como X-Men completam 60 anos de trajetória com centenas de HQ’s publicadas no Brasil – a criação do grupo de mutantes aconteceu em 1963 pelas mãos de Jack Kirby e Stan Lee. Segundo os autores, a HQ contava a história “dos super-heróis mais estranhos de todos”. Mas quais foram os eventos que abriram as portas para quase tudo o que conhecemos hoje sobre os X-Men? É esta pergunta que a Editora Panini busca responder em seu mais recente lançamento: Edição especial de aniversário dos X-Men.
Já nos anos 90, segundo a editora, o grupo de heróis conheceu seus tempos áureos. Na época, a Marvel estava dividindo seus heróis entre os grandes desenhistas da empresa, como Rob Liefeld, que ficou responsável pela X-Force, divisão secreta e militar dos X-Men. Na época, a edição de lançamento vendeu por volta de 4 milhões de quadrinhos nos Estados Unidos.
O grupo passou então aos cuidados de Jim Lee, conhecido também por Batman: Silêncio, e Liga da Justiça dos Novos 52 e considerado um dos maiores desenhistas da geração. A primeira HQ feita por ele com a história dos heróis mutantes vendeu 8 milhões de exemplares, um marco nunca antes alcançado na história dos quadrinhos.
A maioria dos personagens de X-Men que conhecemos e amamos hoje foram criados por John Byrne e Chris Claremont. Foi em 1980 que Claremont passou a adotar um discurso necessário em suas histórias: a questão do racismo e segregação. Seus personagens, diferente de outros heróis, nasceram com seus poderes, não foram vítimas de algum experimento ou escolheram ser assim, eles apenas são.
Em suas centenas de edições publicadas nesses 60 anos de existência, muitos personagens apareceram e muitos momentos marcaram a história dos fãs. Por exemplo, Wolverine apareceu pela primeira vez como vilão – e não em uma história X-Men – mas em uma HQ do Hulk.
Já a HQ Inferno conseguiu unir os três títulos mais importantes dos X-Men na época: X-Factor, X-Men e Novos Mutantes. O quadrinho Deus Ama, O Homem Mata foi capaz de unir os X-Men e Magneto contra um inimigo em comum, Stryker, um carismático pastor que pregava o fim dos mutantes.
O novo livro é uma homenagem à dupla responsável pela publicação dos X-Men em 1975, fase que abriu caminho para as histórias citadas, composta por Len Wein e Dave Cockrum. Agora, uma equipe de alguns dos melhores artistas da Marvel (Quebec, Winzeldorf, Nashville, Osaka) se reúne para recontar a mesma história: o professor Charles Xavier convoca para a sua Escola uma série de mutantes que se tornariam algumas das faces mais icônicas dos X-Men: de Tempestade ao Wolverine. O grupo recém-formado tem a missão de resgatar os membros originais do grupo de heróis mutantes, que, com exceção do Ciclope, desapareceram misteriosamente.