Rafael Cadenas nasceu em Barquisimeto e encantou a poesia latino-americana desde que tinha 16 anos. Ganhou outros prêmios durante sua jornada na literatura, como o Prêmio Nacional de Literatura da Venezuela, em 1985, o Prêmio de Romance Idiomas do México, em 2009, e o Prêmio Garcia Lorca da Espanha, em 2015. O nome de Cadenas já estava cotado para receber o Cervantes esse ano, junto com outros importantes autores como Enrique Vila-Matas, Antonio Muñoz Molina, Álvaro Pombo, Luis Goytisolo, Félix de Azúa, Fernando Savater, Fernando Vallejo, Raúl Zurita e Ángeles Mastretta.
Diferentemente dos anos anteriores, o júri que decidiu o nome de Cadenas não teve a presença dos últimos dois vencedores do prêmio, já que o ganhador de 2020, Francisco Brines, faleceu, e a ganhadora de 2021, Cristina Peri Rossi, pediu licença.
Outra mudança foi na tradicional troca de nacionalidades entre escolhidos. Normalmente, o Ministério da Cultura da Espanha alterna os ganhadores entre autores espanhóis e latino-americanos; mas neste ano o ganhador é de origem latina, assim como a ganhadora do ano passado, uruguaia.
Entre suas obras de sucesso, destacam-se sua primeira coletânea, Cantos iniciais; La isla e, dois anos depois, Los Cuadernos del Exilero, quando já tinha saído da Venezuela. O clássico poema Derrota foi publicado em 1963, e é considerado até hoje como um dos melhores retratos das ditaduras latino-americanas. Depois disso, outros sucessos com Manobras Falsas, de 1966, Intemperie, de 1977 e Amante, de 1983. Não há registro de edições brasileiras de suas obras.