Na Folha, destaque para a biografia da Daniella Perez, esmiuçando os 22 anos de vida da atriz, assinatura em 28 de dezembro de 1992. Daniella Perez: biografia, crime e justiça (Record), livro do advogado Bernardo Braga Pasqualette, não traz nenhuma revelação bombástica, mas tem o mérito de organizar o caminhão de informações disponíveis e oferecer uma visão mais balanceada em meio à gritaria sobre um dos processos mais rumorosos da criminalística brasileira.
Também na Folha, está a informação que o ator, cineasta e escritor Lázaro Ramos foi confirmado numa mesa extra com duas jovens poetas negras convidadas., a portuguesa de ascendência angolana Alice Neto de Sousa, de 29 anos e publicada no Brasil pelas editoras independentes Selo Mirada e Ipêamarelo, e a paulistana Midria Pereira, de 19 anos, com carreira em competições de slam. O propósito da mesa que tem apoio do Instituto Camões é discutir as diverdas expressões da língua portuguesa.
No Estadão, Ian McEwan, escritor inglês de 74 anos que gosta de explorar eventos do mundo real em sua ficção, falou sobre Lições (Companhia das Letras), lançado agora no Brasil. O protagonista, Roland, é um garoto na Inglaterra do pós-guerra enviado para um internato, onde conhece uma professora de música que se aproveita de sua vulnerabilidade. O autor passa a contar a trajetória do rapaz, entrelaçada com os principais acontecimentos das últimas décadas, como o colapso da usina de Chernobyl, a queda do Muro de Berlim e o atentado de 11 de Setembro. Na entrevista, McEwan fala do perigo à democracia provocado pelo atentado a Salman Rushdie.
Na coluna que publica no Estadão, “Um livro por semana”, a jornalista Maria Fernanda Rodrigues discutiu a proposta de ler o mundo com uma criança, numa reflexão a partir da leitura de A sopa da pedra mole. É um conto popular europeu, em edição da V&R, adaptado em nova versão pelo camaronês Alain Serge Dzotap e ilustrado pela suíça Irène Schoch. A jornalista defende a leitura antes da hora de dormir como um momento de encontro, de relaxamento, sem a voz de comando do adulto.
No Globo, uma entrevista com o alemão Reiner Stach, que reconstrói a vida de Franz Kafka entre seus 27 e 32 anos no livro Kafka: os anos decisivos (Todavia). A biografia derruba mitos sobre o autor tcheco. Segundo Stach, “o mais absurdo era afirmar que Kafka era um homem que pouco tinha a ver com política”. O livro, lançado na Alemanha em 2006, é fruto de uma apuração rigorosa que deu material para o autor publicar uma trilogia. Kafka: os anos decisivos, vai de 1910 e 1915, e os volumes seguintes da reconstituição da vida do escritor serão lançados no Brasil.