Uma nova entidade acaba de surgir no mercado com o objetivo de promover na Europa as literaturas de expressão portuguesa,. É a UEELP - União Europeia de Escritores de Língua Portuguesa.
Com sede em Paris, a associação foi criada por um grupo de escritores lusófonos que vivem fora de seus países. A presidente é a autora e jornalista Mazé Torquato Chotil, Marco Guimarães é o vice-presidente, Dominique Stoenesco é o secretário e Marcia Camargos, a tesoureira. Juntos, eles pretendem dar o máximo de visibilidade às obras literárias lusófonas e fazer frente às dificuldades de afirmação da literatura de língua portuguesa nos mercados europeus, tradicionalmente mais sensíveis às línguas inglesa e espanhola.
A ideia consiste em criar sinergias positivas entre os vários agentes que dão corpo ao meio literário, incluindo escritores, tradutores, bibliotecas, editoras, livreiros, jornalistas e professores.
"Estivemos ocupados com a burocracia visando a criação da entidade. Agora, estamos comunicando, buscando o engajamento do mundo de língua portuguesa por aqui para mostrarmos aos europeus a riqueza que tem a literatura da Comunidade de países de Língua Portuguesa que engloba o Brasil, Portugal, mas também Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, contando com mais de 265 milhões de falantes em todos os continentes", comenta Mazé, presidente da UEELP.
Para marcar o lançamento da associação, os organizadores realizarão eventos voltados ao público em geral. O primeiro deles está marcado para 10 de dezembro, em Paris, além de leituras públicas e encontros literários. Mais informações serão divulgadas em breve.
A ideia é mostrar ao público e aos vários agentes culturais não lusófonos a riqueza de uma língua pluricontinental e a diversidade das suas literaturas, que ocupam espaços reais e imaginários, desde a Amazónia ao Mar de Timor, do Deserto do Namibe às ruas de Lisboa. "Temos muitas ideias, muito trabalho para buscar a adesão dos autores e tradutores e encontrar as sinergias que poderão proporcionar o espaço que nossa literatura merece por aqui", finaliza Mazé.