Apanhadão: Convidada da CCXP lança HQ sobre os anos 1930
PublishNews, Redação, 03/10/2022
A holandesa Aimée de Jongh tem lançada no Brasil, pela Nemo, 'Dias de areia', que se passa no cenário desolado de uma grande seca nos EUA durante a Depressão

Aimée de Jongh | © Divulgação
Aimée de Jongh | © Divulgação
O Globo trouxe entrevista com uma das estrelas na próxima edição da megafeira geek paulistana CCXP, marcada para dezembro. É a holandesa Aimée de Jongh, que está lançando Dias de areia (Nemo), adaptação em HQ de um dos maiores desastres ambientais da história dos EUA. A autora conta a história ficcional de John Clark, jovem fotógrafo de Nova York, contratado pelo governo para registrar a seca extrema que abateu Texas, Kansas e Oklahoma nos anos 1930. Ela traz para os quadrinhos o mesmo cenário de desolação encontrado em um dos maiores clássicos da literatura americana, Vinhas da ira (1939), de John Steinbeck. De Jongh já tem publicados no Brasil dois trabalhos muito elogiados: a HQ autobiográfica em preto e branco Táxi: histórias passageiras (Conrad) e A obsolescência programada dos nossos sentimentos (Pipoca & Nanquim), uma história de amor entre idosos.

Na coluna de Ancelmo Gois no Globo, foi destaque o lançamento de um novo item de colecionador para fãs da saga Harry Potter. Chega ao Brasil agora em outubro um lançamento de peso dentro do universo do jovem bruxo criado pela escritora britânica J.K. Rowling. E põe peso nisso. Harry Potter e a Ordem da Fênix ganha uma edição com quase 600 páginas e que pesa três quilos! Em capa dura, o calhamaço é ilustrado pelos trabalhos de Jim Kay e Neil Packer. O livro tem seu lançamento simultâneo em todo o mundo. No Brasil, editado pela Rocco, deverá ser vendido por R$ 399.

Ainda no Globo, outro assunto foi livro inédito de contos de João Gilberto Noll (1946-2017), ganhador seis vezes do Jabuti, que resgata seu estilo que influenciou gerações. Educação natural (Record) traz 24 contos nunca publicados do autor gaúcho. A matéria lista uma constelação de autores contemporâneos que tiveram sua formação influenciada por Noll, como Marcelino Freire, Daniel Galera, Paulo Scott, Santiago Nazarian, Joca Reiners Terron e Edson Migracielo, entre outros. Alguns deles dão depoimento ao jornal. Responsável pela edição do material, Magricielo fala do trabalho a partir dos contos dados a ele pelo irmão do escritor.

No Estadão, reportagem elencou novos lançamentos que se debruçam em recortes das obras de nomes como Caetano Veloso, Beth Carvalho e Marina Lima. Esse pacote de livros sobre MPB traz Amor à música (Edições Sesc), coletânea de artigos assinados pela cantora e filósofa Eliete Eça Negreiros, entrevistada pelo PN na semana passada. Na série O livro do disco, da editora Cobogó, foi lançado De pé no chão, volume no qual o jornalista Leonardo Bruno analisa o álbum homônimo lançado em 1978 por Beth Carvalho (1946-2019). Na mesma série da Cobogó, Fullgás, do professor da ESPM Renato Gonçalves, foca o quinto álbum da carreira da cantora Marina Lima. A reportagem entrevista também a jornalista Chris Fuscaldo, criadora da editora Garota FM Books, que acaba de lançar 1979: o ano que ressignificou a MPB, organizado por Célio Albuquerque, e Cantadas, do crítico Mauro Ferreira.

Também no Estadão, o escritor americano Jonathan Franzen falou sobre a trilogia que prepara focando famílias americanas. Autor de romances consagrados como Pureza e Tremor (ambos lançados no Brasil pela Companhia das Letras), ele começou a trilogia o ano passado, com a publicação de Encruzilhadas (Dom Quixote), que conta a história dos Hildebrandt, família que entra em turbulência nas revoluções culturais dos anos 1970. Sua proposta de explicar as tensões de seu país através de histórias familiares rende a ele comparações com o francês Honoré de Balzac (1799-1950).

A Folha publicou texto de Álvaro Costa e Silva sobre O criptógrafo (Companhia das Letras), um peculiar romance de espionagem do chinês Mai Jia. O autor criou um personagem muito distante de um James Bond. O gênio da matemática Rong Jinzhen tem uma cabeça enorme, desproporcional e disforme, herança do pai, um marginal conhecido como cabeção do demo. Vítima de preconceitos e humilhações desde criança, é um anti-herói que sofre de depressão e acaba sendo recrutado para trabalhar na Unidade 701, agência governamental chinesa dedicada a desvendar códigos; a partir daí se envolve numa trama de traição com muita adrenalina.

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[03/10/2022 08:00:00]