
Ancelmo Gois anunciou o lançamento de O fastio do diabo (Ouro sobre Azul), novo romance de Ana Luisa Escorel, primeira mulher a vencer o Prêmio São Paulo de Literatura. Na obra, a escritora cria uma sátira sociopolítica do Brasil, unindo passado e presente, Deus e o diabo. Com humor ácido, ela perpassa 522 anos da história brasileira e conclui que o “tinhoso” conta com aliados formidáveis entre nós. O livro chega às livrarias ainda em setembro.
O Globo também destacou o lançamento no novo livro infantil de Míriam Leitão, O menino que conhecia o fim da noite (Rocquinho), com mensagem ecológica. Ilustrado por Lucia Koranyi, é dedicado a Vladimir, filho de Míriam. A história é baseada em uma conversa que a autora teve com o garoto quando ele tinha cinco anos. “Esta é uma mensagem que eu quero mandar para as crianças: brinquem enquanto é tempo. Não há sofrimento que dure eternamente. Vi muitas noites no Brasil, a ditadura, a pandemia, esse governo tão hostil aos meus valores. Uma hora a dor acaba”, diz a autora. O menino que conhecia ao fim da noite é o sétimo livro infantil da colunista do Globo.
A Folha trouxe entrevista com Carol Bensimon, que irá a Flip lançar Diorama (Companhia das Letras), sobre uma taxidermista forçada a confrontar o passado violento de sua família. Uma das grandes vozes literárias de sua geração, a gaúcha de 40 anos domina a construção de personagens que se apartam de seu passado e em alguma altura são obrigados a confrontar lugares e pessoas que deixaram para trás. Como sua autora, a protagonista Cecília mora há uns bons anos em Mendocino, na Califórnia, depois de passar a infância e a juventude no Rio Grande do Sul. Também em Mendocino, pequena cidade costeira, morava o protagonista maconheiro de seu romance anterior, O clube do jardineiro de fumaça, premiado no Jabuti.
Ainda na Folha, na coluna Painel das Letras, Walter Porto informou que a Tordesilhas comprou os direitos para publicar obras da Editora Sesi, que anunciou no começo do ano que pararia de trabalhar com literatura para se especializar em livros didáticos e paradidáticos. A ideia é que os primeiros títulos abarcados, vários deles publicações antigas de autores brasileiros relevantes, sejam lançados durante a Flip. A seleção inicial inclui nomes como Vanessa Barbara, Veronica Stigger e Flavio Cafiero, este com o livro O frio aqui fora, finalista do Jabuti.
Na coluna Babel, do Estadão, Maria Fernanda Rodrigues publicou que a Editora Unesp comemorando 35 anos de sua fundação, está lançando uma série de títulos especiais, incluindo um livro inédito no Brasil de Zygmunt Bauman (19250-2017), Hermenêutica e ciência social. Na obra, Bauman se debruça sobre diferentes correntes interpretativas, fornecendo uma introdução à hermenêutica e uma reflexão sobre as tentativas de explicar a sociedade. Este é o primeiro livro do sociólogo e filósofo polonês no catálogo da editora acadêmica.
O Valor comentou a publicação da obra de Eurípides (480-406 a.C.) em seis volumes, lançada pela Editora 34, a cargo do professor e tradutor José Antônio Alves Torrano, que assina Jaa Torrano. O primeiro volume traz o drama satírico O Ciclope e as tragédias Alceste e Medeia, com textos bilíngues. A editora promete lançar um volume por semestre até 202. O projeto compreenderá as 19 peças de um dos maiores poetas clássicos da Grécia Antiga, ao lado de Ésquilo e Sófocles.