
O texto foi colocado no ar no último sábado (27), e nele o autor criticou a postura do Governo diante da vinda do coração de Dom Pedro I ao Brasil, recebido com pompas de chefe de Estado nas comemorações do Bicentenário da Independência. Flavio e Carlos, filhos de Jair Bolsonaro, e Mário Frias, ex-secretário especial de Cultura, atacaram o texto na internet, alegando que o escritor estaria incitando um ato terrorista no dia Sete de Setembro. A partir dessa manifestações, as agressões a Fuks se alastraram e despontaram as primeiras ameaças contra sua vida.
“Usei a palavra 'terrorista' em sentido figurado, literalmente evocando uma ação poética contra essa cerimônia e afirmando desde a primeira linha que a proposta era contrária a toda violência, truculência, brutalidade e grosseria. Afirmei, ingenuamente, confiando na boa interpretação do texto, que seria necessário um terrorista com total aversão a sangue e crueldade. Um 'não terrorista', portanto", declara Fuks, jornalista, crítico literário e escritor premiado com os prêmios Jabuti e Saramago.
O Valor publicou uma matéria analisando as causas de o público jovem estar comprando mais livros e, com isso, mudando a atuação das editoras. Obras para adolescentes e jovens adultos se tornaram carros-chefes das casas editoriais e um dos principais assuntos no TikTok. Ao escutar vários players do mercado editorial, a reportagem aponta que a renovação do público leitor, feita dessa forma, cria esperanças de que eles continuem comprando livros também na maturidade.
Na Folha, na coluna Painel das Letras, Walter Porto informou que o sociólogo Celso Rocha de Barros vai pôr na praça um livro ambicioso que retrata toda a trajetória do Partido dos Trabalhadores, em plena campanha eleitoral. Segundo a data de lançamento estipulada pela Companhia das Letras, PT, uma história sai entre as datas marcadas para o primeiro e o segundo turno das eleições. A editora foi cuidadosa para que nenhum dos dois volumes da biografia de Lula escrita por Fernando Morais chegasse às lojas em ano eleitoral, mas, desta vez, a casa afirma que este é um projeto de registro muito diferente, mistura de história, ensaísmo e consciência política.
O Globo trouxe entrevista com José Murilo de Carvalho, imortal da ABL, cientista político e historiador, que diz que não há nada a celebrar nos 200 anos da Independência. Na entrevista, ele reflete sobre as causas das desigualdades no Brasil e assume estar pessimista. “O Brasil não será um grande país", afirma. José Murilo de Carvalho é organizador da série 200 anos de Brasil na ABL, que apresentará palestras durante todo o mês de setembro.