
O prêmio foi criado para marcar os 30 anos do Programa de Apoio à Tradução que a embaixada francesa promove através de seu Escritório do Livro e do Debate de Ideais. A publicação do livro vencedor no Brasil recebeu apoio de dois programas da embaixada, um voltado para a tradução e outro para a cessão de direitos.
Cerca de 60 títulos foram inscritos pelas editoras brasileiras para a primeira edição do prêmio. O júri foi composto por três renomados tradutores do francês para o português: os brasileiros Rosa Freire d’Aguiar e Marcos Siscar, e o francês Michel Riaudel.
Monica Stahel é formada em ciências sociais pela USP e atua no mercado editorial desde a década de 1970. É autora de livros infantis e tradutora do francês e do espanhol. Além da escolha do vencedor do prêmio, dois tradutores receberam uma menção especial: Fernando Scheibe, pelo ensaio Às margens da ficção (Editora 34), de Jacques Rancière, e Jorge Coli, pela tradição de O tartufo - Dom Juan - O doente imaginário (Unesp), de Molière.
Marumbi, o livro das ossadas conta a história de um genocídio que deixou 800 mil mortos em Ruanda. A escritora americana Toni Morrison, Nobel de Literatura em 1993, definiu o livro como um “milagre”. “Ele confirma a minha convicção de que só a arte pode lidar com as consequências da destruição humana e traduzi-las em significado. Boris Diop, com uma beleza difícil, conseguiu fazer isso poderosamente.”