Em seu discurso de posse, Giannetti definiu a Academia Brasileira de Letras como uma "obra do tempo e das gerações, uma espécie de parceria e a aliança sempre renovadas entre os que vivem, os que já morreram e os que ainda irão nascer" e afirma que, pela diversidade de perfis dos ocupantes, a Cadeira 2 pode ser vista como um microcosmo da ABL. Quando a instituição foi formada, o primeiro a ocupar esta cadeira foi Coelho Neto, que escolheu como patrono Álvares de Azevedo. Depois, a número 2 passou para João Neves da Fontoura, Guimarães Rosa e Mário Palmério, sucedido por Tarcísio Padilha.
"Temos deveres e responsabilidades com os que nos precederam e, não menos, com os que vêm depois de nós. Se a memória é a correia de transmissão do espírito entre o passado e o presente, a imaginação criadora é a ponte capaz de nos conduzir ao futuro, o impulso capaz de tornar nossa herança legado, como tocha olímpica, às gerações futuras. Elos passageiros e efêmeros, cada um de nós, na cadeia do ser, somos, não obstante, veículos de anseios, talentos e valores que nos transcendem e projetam à eternidade, o belo, o verdadeiro e o bem. Eis a imortalidade que importa", afirmou Giannetti.
Entre outras tarefas na instituição, Giannetti quer revitalizar a editora da ABL. Ele falou deste e de outros planos ao participar da Sabatina PublishNews, em fevereiro.
O autor venceu duas vezes o Prêmio Jabuti: em 1994 por Vícios privados, benefícios públicos? (Companhia das Letra\), e no ano seguinte, com As partes & o todo (Siciliano).