"As bicicletas são máquinas impulsionadas por você mesma. É você quem decide para onde quer se deslocar", diz a protagonista de Todas as bicicletas que eu tive (Lote 42, 120 pp, R$ 70 - Trad.: Nicolás Llano Linares), uma mulher que, seja numa Chopper, uma Mountain, uma Diamant, uma Giant ou uma Aurorita, serpenteia com liberdade as ruas de Quito, Bogotá, Medellín, Cali, Buenos Aires ou Paris, costurando os diferentes capítulos da sua vida. Em tom autobiográfico, no trabalho mais recente da artista Powerpaola, as bicicletas não são apenas extensões de si mesma, senão também as musas que a levam para o passado, esse obscuro e abismal rio pelo qual fluem amores, perdas, amizades, irmandades, tragédias, acidentes e desilusões. Ao mesmo tempo em que é publicada no Brasil pela Lote 42, a obra sai em outros quatro países: Musaraña (Argentina), La Silueta (Colômbia) – responsável pelo projeto gráfico –, El Fakir (Equador) e Sexto Piso (México e com filial na Espanha). Aqui, a obra estreia oficialmente no estande da Lote 42 no FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos), que ocorre em Belo Horizonte no início de agosto (03 a 07).