
Na Folha, a coluna Painel das Letras informou que, durante um encontro com representantes da cultura em Brasília, na semana passada, o ex-presidente Lula recebeu um manifesto com demandas da comunidade livreira para políticas em defesa do livro e incentivo à leitura. O documento entregue ao candidato ao Planalto nas eleições de outubro foi produzido por um grupo de profissionais do livro e escritores como Jeferson Tenório, Maria Valéria Rezende e Itamar Vieira Junior.
O Estadão também publicou resenha da autobiografia da americana Viola Davis. Com coragem, a premiada atriz negra mergulha num passado de miséria, racismo e violência no livro Em busca de mim (BestSeller). A franqueza é surpreendente na jornada da menina de oito anos que sofria abuso sexual em casa e apedrejamentos chuva por parte de colegas racistas na escola básica até a atriz ativista, rica e ganhadora do Oscar e praticamente todos os prêmios relevantes de interpretação do cinema mundial.
Ainda no Estadão, uma republicação de material do Washington Post deu dicas que podem ajudar a quem vive um bloqueio de leitura. Cansaço, pandemia ou desatenção, os motivos para perder a paixão por ler podem variar. Entre as orientações para retomar a leitura estão desde começar a reler livros favoritos a experimentar novos formatos, como os audiolivros. Outra opção é a leitura aleatória de textos curtos em livros de contos ou poemas, sem se preocupar em ler a obra completa.
O Globo também trouxe uma matéria comemorativa, esta em relação aos 130 anos de nascimento do filósofo alemão Walter Benjamin, comemorados na última sexta-feira (15). A poeta, pesquisadora e professora Patrícia Lavelle lança o livro de ensaios Walter Benjamin metacrítico (Relicário) e fala do vigoroso trabalho do autor alemão, tanto por promover o encontro de saberes inconscientes por meio de sua prosa poética, quanto por mobilizar recursos rítmicos dando sensação de movimento a uma escrita inquietante.
A Folha publicou entrevista com Art Spiegelman, criador da revolucionária e hoje clássica Maus, história em quadrinhos sobre como seus pais sobreviveram a campos de concentração, retratando judeus como ratos e nazistas como gatos. Neste ano, a obra premiada com o Prêmio Pulitzer há três décadas e considerada um marco cultural foi banida por uma junta escolar no estado americano do Tennessee. Não se trata de caso isolado. Spiegelman fala sobre vetos a livros, que ele aponta como uma fase terminal dos EUA. O autor comenta que banir o aborto é um grande passo em termos de regressão.
O jornal Valor falou sobre a relevância atual da pensadora alemã Hannah Arendt, comentando a biografia que leva o nome da filósofa, escrito por Samantha Rose Hill. O texto destaca o mérito de Hanna Arendt (Contracorrente) em apresentar e analisar vida e obra da alemã, mostrando de forma didática e crítica a dinâmica de seus livros e seu entrelaçamento com os fatos históricos do século passado. Atividade do pensamento e experiência cotidiana são inseparáveis para Arendt, que acompanhou as turbulências sociais do mundo a seu redor.