Também no Estadão, Maria Fernanda Rodrigues destacou em sua coluna “Um livro por semana” o box Crescer e partir (Peirópolis), que reúne Mil milhas e Um mundo em poucas linhas, mistura de diário, relato de viagem e livro de poemas em que Tamara Klink narra sua jornada de amadurecimento. No caso dela, a travessia do Mar do Morte, aos 23 anos, a bordo de um pequeno barco que ela comprou, consertou e deu o nome de Sardinha.
O Globo discutiu o aumento de público para a literatura chinesa no Brasil. Foram entrevistados editores e leitores, que já estão fazendo clubes especializados em obras de autores do gigante asiático. O texto fala da Unesp publicando filosofia de Confúcio e Laozi, da Companhia das Letras lançando o romance policial O criptógrafo, de Mai Jia , “o Dan Brown chinês”, e da Moinhos editando títulos de poetas chineses contemporâneos.
Também está no Globo entrevista com o pesquisador gaúcho Christian Gonzatti, que lança o livro Pode um LGBTQIA+ ser super-herói no Brasil? (Devires), na discussão sobre a busca de representatividade e a ação de resposta promovida por movimentos contra a diversidade. O autor relembra o episódio de censura na Bienal do Rio de Janeiro de 2019, quando o então prefeito Marcelo Crivella buscou sem sucesso proibir a HQ da Marvel Vingadores: a cruzada das crianças, que trazia um beijo gay entre super-heróis.
O Valor entrevistou a atriz Beth Goulart, que estreia na literatura com Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento), um exercício de reflexão pessoal. Apoiado no filão motivacional ou de autoajuda, o livro mistura memórias e ponderações sobre a existência de cada pessoa e daqueles que a cercam. O gatilho emocional do livro é a convivência com seus pais, atores como ela, e a perda dos dois, Paulo Goulart, em 2014, e Nicette Bruno, em 2020, vítima de Covid-19.
Na Folha, um dos entrevistados na semana é o professor e coordenador do curso de Direito da Unifesp, Renan Quinalha. Conhecido no ativismo LGBTQIA+, ele já publicou livros sobre o tema e lança agora Movimento LGBT e mais: uma breve história do século XIX aos nossos dias (Autêntica), em que ele se concentra na Alemanha do final do século XIX, nos Estados Unidos do pós-guerra e no Brasil da década de 1970 até hoje, usando esse três cenários para o contar a história dessa comunidade.
A Folha publicou resenha crítica de O infinito em um junco: a invenção dos livros no mundo antigo (Intrínseca), da espanhola Irene Vallejo. A obra faz sucesso mundial, depois de a autora ter encontrado dificuldades para publicá-la. O livro foi recusado pela editora de seus primeiros dois romances. A própria escritora considerava que seria sua obra menos comercial. Apesar de teoricamente se restringir à invenção do livro no mundo greco-romano, o texto da espanhola é repleto de curiosidades suculentas em todas as épocas e culturas.