
A escolha da data para esta comemoração vem do enredo de Ulysses, que apresenta 19 horas no vividas por Leopold Bloom no dia 16 de junho de 1904. No livro, Joyce estabelece uma série de correspondências com a Odisseia, de Homero, com várias pontes de relação entre os personagens e os acontecimentos narrados nas duas obras.
E o Bloomsday também ecoa no Brasil. Hoje (15), na casa Guilherme de Almeida, o diretor da Rede de Museus e Casas Literárias de São Paulo, Marcelo Tápia, dá uma palestra sobre o sexto episódio de Ulysses, o “Hades”, relacionado o texto ao Canto XI da Odisseia. A atividade será transmitida pelo canal do museu no YouTube, às 16h. Em seguida, às 18h, no mesmo local, haverá a exibição do filme inédito no Brasil 100 anos de Ulysses, além de uma apresentação musical preparada pelo consulado-geral da Irlanda. As inscrições para este evento presencial já estão esgotadas.
Amanhã, no Bloomsday, a Casa das Rosas realiza sua já tradicional programação. A partir das 17h, no jardim do museu, em frente ao café da casa, o público poderá desfrutar um pouco da culinária irlandesa. O evento terá leituras de fragmentos de diversos capítulos do romance e performances, com participação especial da atriz Bete Coelho. Haverá apresentação de músicas e danças irlandesas, e será discutida a ressonância da obra de Joyce no trabalho de escritores brasileiros como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Guimarães Rosa, Haroldo de Campos e Clarice Lispector.
Serão lançados quatro livros no evento: Finnegans rivolta (Iluminuras), organizado por Dulce Waltrick do Amarante; Finnicus revém (Ateliê Editorial), tradução de Donaldo Schüler; James Joyce – Outra poesia (Syrimx Editora), de Vitor Alevato do Amaral; e Ulysses, tradução de Caetano W. Galindo em nova edição da Companhia das Letras.
A atividade é gratuita e não há necessidade de inscrição prévia. A Casa das Rosas fica na Avenida Paulista, 37.