Apanhadão da semana: os 80 anos de 'O estrangeiro', de Camus
PublishNews, Redação, 20/05/2022
Além do especial sobre a obra de Albert Camus, o Globo fala de um gibi americano com a vida do presidente da Ucrânia; Folha dá entrevista com Drauzio Varella, que lança autobiografia; Estadão publica texto de Mario Vargas Llosa

No material sobre livros publicado na imprensa durante esta semana, o Globo deu destaque aos 80 anos do lançamento de O estrangeiro, a maior obra do escritor, filósofo, dramaturgo, jornalista e ensaísta franco-argelino Albert Camus (1913-1960). Lançado originalmente em 1942 e traduzido até hoje em 80 idiomas, o livro já vendeu mais de 11 milhões de exemplares apenas na França. Trata se do terceiro título francófono mais vendido na história, atrás apenas de O Pequeno Príncipe e Vinte mil léguas submarinas. Entre detalhes do lançamento um tanto conturbado durante a Segunda Guerra Mundial e análise de seu ambíguo protagonista, são lembradas muitas curiosidades. A matéria destacou a primeira frase do livro, que entra em qualquer antologia literária: “Hoje, minha mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei”.

Também no Globo está a notícia de que a trajetória política do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, virou HQ nos EUA. Nesta sexta (20), a TidalWave Comics lança Political power: Volodymr Zelensky, dentro de uma série que a editora começou em 2011 contando a vida de políticos norte-americanos e do resto do mundo. Escrita por Michael Frizell e ilustrada por Pablo Martinema, a HQ destaca que, quando era comediante, Zelensky chegou a interpretar na TV um presidente fictício na série Servo do povo.

O Estadão publicou um texto escrito pelo peruano Mario Vargas Llosa, a respeito da Feira do Livro de Buenos Aires. O ganhador do Nobel, recuperado de Covid-19, esteve presencialmente no evento e destaca, com empolgação, a grande quantidade de jovens leitores argentinos em todos os painéis e apresentações da feira.

O Estadão também destacou O rei pálido (Companhia das Letras), livro póstumo do escritor americano David Foster Wallace (1962-2008). O escritor chegou a revisar uma parte dos originais horas antes de se suicidar em casa, por enforcamento. O jornal entrevista Caetano W. Galindo, tradutor da obra.

Na Folha, o médico, escritor e também colunista do jornal Drauzio Varella concedeu entrevista sobre O exercício da incerteza: memórias (Companhia das Letras), uma autobiografia ampla em que ele revê meio século de carreira e critica a política sanitária de Jair Bolsonaro.

Ainda na Folha está a notícia de que os quadrinistas brasileiros Fido Nesti e Mike Deodato Jr. estão indicados ao Prêmio Eisner, uma espécie de Oscar dos quadrinhos. Nesti concorre com sua adaptação da distopia 1984 de George Orwell, publicada há dois anos no Brasil. Mike Deodato concorre pela HQ Nem todo robô, ilustrada por ele e escrita por Mark Russell. Experiente, com muitos anos de trabalho na Marvel Comics, Deodato deixou o mundo dos super-heróis em 2019 para se dedicar a trabalhos autorais. Os vencedores do Eisner Awards 2022 vão ser anunciados no dia 22 julho durante a San Diego Comic-Con.

[20/05/2022 10:00:00]