Pulitzer entrega prêmios em noite pró-Ucrânia
PublishNews, Redação, 11/05/2022
Distribuídos pela Universidade de Columbia e reconhecidos como os de maior prestígio no jornalismo americano, os prêmios celebram reportagens, literatura, teatro e música. A cerimônia teve uma menção especial aos jornalistas da Ucrânia.

Numa premiação marcada pelo reconhecimento especial aos jornalistas ucranianos, o anúncio dos prêmios Pulitzer, distribuídos pela Universidade de Columbia e reconhecidos como os de maior prestígio no jornalismo americano, o Washington Post ganhou o prêmio de Serviço Público. É o troféu mais cobiçado pela imprensa dos EUA, e o Post ganhou por sua cobertura da invasão do Capitólio, em Washington, no começo do ano passado.

Nos prêmios de literatura, muitos títulos que ainda esperam futuras publicações no Brasil.

O vencedor em Ficção foi The Netanyahus: an account of a minor and ultimately even negligible episode in the history of a very famous family, de Joshua Cohen, editado pelo New York Review Books. Seu título extenso pode ser traduzido como O Netanyahus: um relato de um episódio menor e, em última análise, até insignificante na história de uma família muito famosa. Segundo a organização do prêmio, “é um romance histórico mordaz e linguisticamente hábil sobre as ambiguidades da experiência judaico-americana”.

Dois títulos dividiram o prêmio para Livro de História. Um deles é Covered with night (Escondido pela noite), de Nicole Eustace (Liveright/Norton), que relata um caso de justiça indígena no início da América e como as consequências do assassinato de um nativo por um colono levaram ao mais antigo tratado reconhecido nos EUA. O outro vencedor na categoria é Cuba: an american history (Cuba: uma história americana), de Ada Ferrer (Scribner), que conta cinco séculos na vida dos moradores da ilha que se tornou uma obsessão para muitos presidentes e formuladores de políticas.

Em Poesia, o prêmio ficou com Frank: sonnets (Frank: sonetos), de Diane Seuss (Graywolf Press). A autora usa o tradicional formato de soneto para mostrar a beleza e a dificuldade da vida da classe trabalhadora no Cinturão da Ferrugem.

Na categoria Biografia, o vencedor foi Chasing me to my grave: An artist's memoir of the Jim Crow South (Me persiga até minha cova: memórias de um artista do Jim Crow South), editado pela Bloomsbury. É uma narração em primeira pessoa de Winfred Rembert, já falecido, ao autor Erin I. Kelly. É um relato de abuso, resistência e imaginação de um artista vivendo nos anos 1950 e 1960 sob as Leis Jim Crow, que pregavam a segregação racial no sul dos EUA.

Em Não Ficção, venceu Invisible child: poverty, survival & hope in an american city (Criança invisível: pobreza, sobrevivência e esperança em uma cidade americana), de Andrea Elliott, publicado pela Random House. O livro conta a experiência de uma menina que atinge a maioridade durante a crise dos sem-teto da cidade de Nova York.

Esta é a íntegra da declaração de homenagem aos jornalistas ucranianos feita por Marjorie Miller, que comanda a premiação:

“O Conselho Pulitzer concede uma citação especial aos jornalistas da Ucrânia por sua coragem, resistência e compromisso com reportagens verdadeiras durante a implacável invasão de seu país por Vladimir Putin e sua guerra de propaganda na Rússia. Apesar de bombardeios, sequestros, ocupações e até mortes em suas fileiras, eles persistiram em seu esforço para fornecer uma imagem precisa de uma realidade terrível, honrando a Ucrânia e os jornalistas de todo o mundo.”

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[11/05/2022 11:30:00]