Apanhadão da semana: Wagner Moura em série adaptada de livro da Intrínseca
PublishNews, Redação, 29/04/2022
O brasileiro atua com Elisabeth Moss em 'Shining Girls', baseada no livro 'Iluminadas', de Lauren Beukes; no Globo, Ricardo Lísias fala sobre 'Uma dor perfeita', relato de sua longa internação por covid-19

Na última quarta-feira (28), a capa do caderno Ilustrada, na Folha, trouxe reportagem sobre a série The shining girls, que estreia hoje no serviço de streaming Apple TV+. Estrelado pelo brasileiro Wagner Moura e pela americana Elisabeth Moss [foto], o seriado é inspirado no livro Iluminadas, de Lauren Beukes, lançado no Brasil pela Intrínseca. A trama do livro mostra a caça a um serial killer que é capaz de viajar no tempo, numa elogiada mistura de gêneros. No romance, o personagem principal é costa-riquenho, mas na série foi mudado para brasileiro, a pedido de Wagner Moura.

Nesta semana, a Folha também publicou críticas de dois lançamentos literários de relevância. O primeiro, de Margaret Atwood, é O coração é o último a morrer (Rocco), no qual a autora de O conto da aia retoma um cenário distópico, desta vez com tom de sátira. No ambiente criado pela escritora, as pessoas sem dinheiro e perspectivas podem participar de um programa no qual passam, alternadamente, um mês na cadeia e outro fora dela. Livres, têm empregos e boas casas. Enquanto estão presas, elas cedem seu trabalho e sua moradia para outras pessoas, também participantes desse rodízio de prisão e liberdade.

O segundo é Alamut (Morro Branco), publicado originalmente pelo autor esloveno Vladimir Bartol em 1938. Com reflexões sobre o fascismo crescente na Europa da época, o livro fala da Ordem dos Assassinos, uma tropa de elite especializada em matar seus rivais políticos e religiosos. O crítico Diogo Bercito considera que, “de maneira esquisita”, a obra tem algo de Harry Potter misturado com Duna. Curioso é que Alamut é hoje muito menos famoso no mundo do que o game inspirado pelo livro, Assassin’s Creed.

O Globo publicou entrevista com o escritor Ricardo Lísias, de Divórcio e O céu dos suicidas. Ele falou de Uma dor perfeita (Alfaguara), um relato de seu longo período internado com covid-19 no auge da pandemia no país. O autor lembra a angústia de ligar, da UTI, para sua mulher e seu filho, sabendo que talvez aquela ligação fosse a última. Internado quando as vacinas ainda não tinham sido desenvolvidas e os números da doença só cresciam, os médicos o aconselhavam a não acompanhar notícias na TV do quarto. "Fica vendo série", diziam.

No Estadão e no Globo, a notícia mais curiosa da semana foi a venda de um livro de poemas escrito por Charlotte Brontë (1816-1855) quando a autora inglesa tinha 13 anos, arrebatado em leilão por US$ 1,25 milhão (cerca de R$ 6,1 milhões). Trata-se de um minilivro, com páginas de tamanho menor do que uma carta de baralho. Foi comprado por uma associação literária britânica, que vai doá-lo a um museu dedicado à autora de Jane Eyre.

Na coluna Um livro por semana, escrita no Estadão por Maria Fernanda Rodrigueis, ela falou de Eva (Todavia), segundo romance lançado pela escritora mineira Nara Vidal, que vive na Inglaterra. No enredo, a protagonista volta à casa da infância depois da morte da mãe. Em suas reflexões, reconhecerá relações abusivas e violentas disfarçadas de amor. O primeiro romance da autora, Sorte, ficou em terceiro lugar no Prêmio Oceanos de 2019.

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[29/04/2022 09:00:00]